DESASTRE NA ASIA

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Nautilus

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Solidariedade global
« Responder #30 em: Dezembro 31, 2004, 12:56:00 pm »
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A ajuda para as populações sinistradas de todo o Sudeste Asiático começa a chegar do mundo inteiro. Cerca de 60 países estão a ser mobilizados através das organizações humanitárias. As ajudas ascendem a 220 milhões de dólares em dinheiro e centenas de milhões em alimentos, água, medicamentos, tendas e hospitais de campanha. Mas, adverte a Organização das Nações Unidas (ONU), a ajuda às vítimas do maremoto pode demorar. Em alguns locais, a espera pode mesmo demorar mais três dias.

«Levará talvez mais 48 ou 72 horas para que possamos atender às dezenas de milhares de pessoas que gostariam de receber assistência hoje, ou ontem. Eu acredito que a frustração vai crescer nos próximos dias ou semanas», disse o coordenador das operações de ajuda aos países afetados na organização, JanEgeland , citado pela BBC. «Como nós temíamos, a maior devastação ocorreu em Sumatra, e nenhum lugar foi mais atingido que Aceh. Há uma falta total de infra-estruturas, o que dificultou a assistência inicial.»

A ajuda estrangeira já começou a chegar a Banda Aceh, capital da província de Aceh, e no Sul da Índia organizações não-governamentais estão também a distribuir comida, roupas e cobertores.

No Sri Lanka , o cenário não será muito diferente. Segundo o correspondente daquela estação, estão a ser distribuídas bolachas e garrafas de água, mas em quantidades muito abaixo do que seria necessário.

Segundo o coordenador daquela que já é considerada a maior operação de ajuda humanitária da história diz, porém, que o maior desafio é dar abrigo a todos os que perderam as suas casas no desastre.

Segundo Egeland, o problema dos desalojados atinge vilas inteiras que foram destruídas na Somália – «esquecida» nos primeiros dias, nas suas próprias palavras – ao Sri Lanka e a Indonésia, onde a dimensão do problema só aos poucos se vai clarificando.

A Cruz Vermelha Internacional foi a primeira a alertar para a possibilidade do número de mortos na região ultrapassar os 100 mil, a ONU acrescentaria pouco depois que muitas mais pessoas poderiam perder a vida por culpa das mais variadas doenças, se não fossem rapidamente restabelecidos, entre outros, o fornecimento de água potável e o saneamento básico – já que a contaminação dos sistemas de água é tida como uma das maiores ameaças aos sobreviventes. Nos campos de ajuda, aliás, são já muitas as pessoas que apresentam sintomas de cólera e malária, com febres altas e diarreias.

Na Indonésia, relatam as autoridades, ainda há corpos no meio dos destroços, e sobreviventes a vasculhar no lixo, à procura de alimentos. No Sri Lanka, o governo apelou até aos rebeldes do Tamil para se juntarem à coordenação das operações de socorro para que as populações do Norte possam ser ajudadas.

Para além de toda a ajuda que já está na região, mais segue a caminho. Dois navios de guerra americanos com cerca de 15 mil soldados e aviões com suprimentos seguem em direcção às zonas atingidas. O Governo norte-americano prometeu destinar à região cerca de 35 milhões de dólares – 25 milhões de euros – , e lançou ainda o apelo à criação de uma coligação internacional, com a Austrália, Índia e Japão, para coordenar a ajuda. Gerhard Schroeder, o chanceler alemão, deu mais uma achega: a suspensão do pagamento das dívidas externas de alguns países atingidos. A Austrália também prometeu mais de 25 milhões de dólares – 18 milhões de euros – , a maior parte para ajudar a vizinha Indonésia, onde haverá o maior número de vítimas.

Fonte Visão online
"Que o país deixe de ter medo!"
Humberto Delgado

Cumprimentos
Nautilus
 

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Normando

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Os porta-aviões não poderiam ajudar?
« Responder #31 em: Dezembro 31, 2004, 08:01:45 pm »
Hoje à tarde, ao acompanhar as notícias da catástrofe no Índico através dos canais noticiosos, ocorreu-me o seguinte: porque não deslocar porta-aviões e porta-helicópteros para a zona (sei lá, pró Golfo de Bengala) e colocá-los ao serviço das equipas de busca e resgate e das equipas de ajuda humanitária? Seriam uma excelente ferramenta de auxílio, ao largo das zonas mais afectadas. Nomeadamente os helicópteros poderiam partir a qualquer altura para missões de busca e salvamento e encaminhamento de bens de 1ª necessidade para as populações isoladas e carenciadas, designadamente no Sri Lanka e em Sumatra, e fornecimento de combustível aos meios de socorro terrestres. Segundo consta, há pouco hélis disponíveis nos países afectados para cobrir zonas tão vastas de território.
Já sei o que estão a pensar: "Olha este a sonhar acordado!". Eu só acho que seria possível fazer isto. Os EUA têm meios militares que podem acudir às populações civis em caso de catástrofe. O USS Constellation está no Golfo Pérsico, o USS Abraham Lincoln está em trânsito da Austrália para o Golfo Pérsico e o USS Kitty Hawk parece que anda em exercícios ao sul do Japão. Será tão irrealista utilizar estas extraordinárias plataformas flutuantes para levar ajuda, esperança e vida em vez de só servirem para projectar poder militar, destruição e morte?
E o mesmo vale para os navios de assalto anfíbio (LHAs e LHDs) das classes Tarawa e Wasp) que poderiam funcionar igualmente como pistas flutuantes para o envio de ajuda através das dezenas de hélis que transportam a bordo.

Bom ano novo para todos. Sejamos mais solidários em 2005.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Miguel

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Re: Os porta-aviões não poderiam ajudar?
« Responder #32 em: Janeiro 01, 2005, 06:27:51 pm »
Citação de: "Normando"
Hoje à tarde, ao acompanhar as notícias da catástrofe no Índico através dos canais noticiosos, ocorreu-me o seguinte: porque não deslocar porta-aviões e porta-helicópteros para a zona (sei lá, pró Golfo de Bengala) e colocá-los ao serviço das equipas de busca e resgate e das equipas de ajuda humanitária? Seriam uma excelente ferramenta de auxílio, ao largo das zonas mais afectadas. Nomeadamente os helicópteros poderiam partir a qualquer altura para missões de busca e salvamento e encaminhamento de bens de 1ª necessidade para as populações isoladas e carenciadas, designadamente no Sri Lanka e em Sumatra, e fornecimento de combustível aos meios de socorro terrestres. Segundo consta, há pouco hélis disponíveis nos países afectados para cobrir zonas tão vastas de território.
Já sei o que estão a pensar: "Olha este a sonhar acordado!". Eu só acho que seria possível fazer isto. Os EUA têm meios militares que podem acudir às populações civis em caso de catástrofe. O USS Constellation está no Golfo Pérsico, o USS Abraham Lincoln está em trânsito da Austrália para o Golfo Pérsico e o USS Kitty Hawk parece que anda em exercícios ao sul do Japão. Será tão irrealista utilizar estas extraordinárias plataformas flutuantes para levar ajuda, esperança e vida em vez de só servirem para projectar poder militar, destruição e morte?
E o mesmo vale para os navios de assalto anfíbio (LHAs e LHDs) das classes Tarawa e Wasp) que poderiam funcionar igualmente como pistas flutuantes para o envio de ajuda através das dezenas de hélis que transportam a bordo.

Bom ano novo para todos. Sejamos mais solidários em 2005.


Os USA solidàrios :lol:  :lol:
so se houvesse petroleo na zona :lol:

cumprimentos

PS: quem dà sempre mais ajuda é a Europa,
Nota: O Irà não recebeu a promessa de ajuda dos US no ano passado para o terramoto de Bam :evil:
 

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fgomes

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« Responder #33 em: Janeiro 01, 2005, 06:39:15 pm »
Segundo ouvi na TSF, helicópteros do porta-aviões Abraham Lincoln estão a ajudar a socorrer as vítimas na província de Aceh.
 

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fgomes

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« Responder #34 em: Janeiro 01, 2005, 07:23:39 pm »
Antes de bater mais os EUA, convém ver notícias de vários lados. Vejam o que este blog diz sobre a ajuda em Aceh :

http://diplomadic.blogspot.com/

Pelos vistos quem está a fazer alguma coisa são os australianos e os americanos.

O governo indiano, além de recusar qualquer auxílio externo, agora perante as iniciativas sociedade civil indiana de ajuda directa às vítimas, quis que toda a ajuda passasse pelo governo. Felizmente os cidadãos que se mobilizaram para ajudar resolveram ignorar o governo.
Também o governo do Sri Lanka recusou ajuda que Israel ofereceu logo a seguir à catástofre. Sabendo que este último país tem das equipas de resgate mais bem treinadas do mundo é lamentável que para um estado sejam mais importantes os preconceitos de política internacional do que as vidas dos seus cidadãos.
 

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Miguel

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« Responder #35 em: Janeiro 01, 2005, 09:40:44 pm »
:cry: ouvi que a India recusou tambem a ajuda internacional
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #36 em: Janeiro 01, 2005, 09:49:16 pm »
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US to send up to 1,500 marines for Sri Lanka relief work
Sat, Jan 01, 2005

COLOMBO (AFP) - The United States will send up to 1,500 marines with one ship and 20 helicopters to help Sri Lanka's tsunami relief efforts, US Colonel Tom Collins told reporters here.

The first big contingent of 200 marines is expected here later Sunday travelling from their base at Okinawa in Japan, Collins said, adding they would set up the logistics for the US military assistance for the relief efforts.

"It is a fluid situation, we do not know the exact requirements yet, but our initial plan is to have up to 1,500 marines with one offshore platform for helicopters and about 20 helicopters and one hovercraft," Collins said on Saturday.

US ambassador Jeffrey Lunstead said the US military operation was part of a wider humanitarian assistance programme from the United States and civilian personnel too would be deployed with their fixed-wing aircraft and helicopters.

"This is purely humanitarian work and there is no other objective," Lunstead said, adding that the number of US military personnel could change depending on the requirement and priorities set out by the Sri Lankan government.

"The number of marines can increase, but it can also come down depending on what the Sri Lankan officials tell us. The (Sri Lanakan officials) are helping us and telling us what the priorities are," Lunstead said.

The main US military operation will be based off Sri Lanka's southern port of Galle, 112 kilometers (72 miles) south of Colombo.


 :arrow: http://story.news.yahoo.com/news?tmpl=s ... srilankaus
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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Miguel

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« Responder #37 em: Janeiro 01, 2005, 10:02:47 pm »
:Palmas:  :Palmas:
 

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Luso

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« Responder #38 em: Janeiro 01, 2005, 10:05:24 pm »
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The main US military operation will be based off Sri Lanka's southern port of Galle, 112 kilometers (72 miles) south of Colombo.


Dizem que a cidade velha de Galle (portuguesa) ficou em muito mau estado...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Miguel

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« Responder #39 em: Janeiro 01, 2005, 10:11:17 pm »
Luso vi imagems de Galle na TV françesa, aquilo està tudo arrasado
 

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Luso

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« Responder #40 em: Janeiro 01, 2005, 10:16:50 pm »
Ora bolas!
Preocupa-me uma ... "etnia" de pescadores na Malásia que ainda fala o português antigo do Séc. XVII. Mário Soares já lá esteve quando era PR.
Alguém sabe onde é?
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JLRC

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« Responder #41 em: Janeiro 01, 2005, 11:55:33 pm »
Citação de: "Luso"
Ora bolas!
Preocupa-me uma ... "etnia" de pescadores na Malásia que ainda fala o português antigo do Séc. XVII. Mário Soares já lá esteve quando era PR.
Alguém sabe onde é?


Eu julgo que é na cidade de Malaca. Há um grupo de pescadores, gente pobre e humilde, que fala um dialeto derivado do português arcaico.
 

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Paisano

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« Responder #42 em: Janeiro 02, 2005, 12:58:00 am »
Britânico escapou surfando tsunami

Fonte: Jornal do Brasil

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HIKKADUWA - O surfista britânico Martin Markwell sempre sonhou com a onda perfeita, mas quando ela chegou foi um verdadeiro pesadelo. Markwell estava em cima de sua prancha no mar, no domingo, surfando em frente ao complexo turístico da praia de Hikkaduwa, Sudeste do Sri Lanka, quando foi arrastado pelo maremoto, que o lançou dentro do restaurante do hotel.

- Foi horrível porque eu realmente estava surfando numa onda na qual não deveria estar - disse. - Como sou experiente, quando vi a onda percebi que algo estava errado mas não pude escapar porque a prancha estava presa ao calcanhar.

Sua mulher, Vicki, e seu filho, Jake, viram tudo da varanda do hotel. Markwell se manteve sobre a prancha até entrar no prédio. Depois saltou e correu para um lugar seguro, enquanto o oceano se retirava para voltar em seguida com uma tsunami ainda maior.

A família se reuniu e correu terra adentro em direção à floresta, minutos antes que uma gigantesca onda de 10 metros de altura deixasse mais de 28.500 pessoas mortas.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Volta Redonda
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papatango

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« Responder #43 em: Janeiro 02, 2005, 01:36:55 pm »
A fortaleza em Gale, no sul do Sri-lanka, antigo Ceilão, continua lá.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Nautilus

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« Responder #44 em: Janeiro 02, 2005, 11:09:13 pm »
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Tsunami: Mais de 129 mil pessoas dadas como mortas (act.)

Exactamente uma semana após o maremoto que atingiu vários países do sudeste asiático, a ajuda humanitária começa a chegar às áreas isoladas. O número de mortos supera já os 129 mil mas as Nações Unidas alertam que o pode atingir os 150 mil.



Na região mais afectada, a província de Aceh da Indonésia, o número de mortos é de 80.428. Os níveis de destruição estão a dificultar a chegada de ajuda aos sobreviventes.
Milhões de pessoas começaram o Ano Novo sem comida, água potável ou medicamentos.
Fonte Diario Digital


Dizem que talvez so daqui a 10 anos e que as zonas afectadas estarão recuperadas.
"Que o país deixe de ter medo!"
Humberto Delgado

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Nautilus