Caiu o governo de Santana Lopes

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JLRC

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« Responder #105 em: Dezembro 29, 2004, 04:14:21 pm »
Citação de: "komet"
Aí está tudo o que havia para dizer caro Tiger22...

Daqui a uns anos  provavelmente as nossas refeições serão racionadas, todo e qualquer subsídio será estagnado, e o petróleo estará reservado para fins energéticos e de estado... o futuro não agoira nada de bom


 :shock:  :shock:

Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"
 

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« Responder #106 em: Dezembro 29, 2004, 04:57:07 pm »
:roll:...alguma vez iria ele puxar a brasa á sua Sardinha....

O Cavaco? Esse malandro que falou mal do grande Santana Flopes, agora é persona non-grata...eehehehehe :evil:
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komet

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« Responder #107 em: Dezembro 29, 2004, 05:34:43 pm »
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Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"


Só preciso que me aponte a luz ao fundo do túnel. Porque ou sou mesmo parvo de todo, e não vejo maneira de isto vir a melhorar, ou então tenho q começar a ter uma prespectiva de vida "deixa-andar".
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« Responder #108 em: Dezembro 29, 2004, 09:08:13 pm »
Caro Komet,

Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...


Elucide então algumas dessas melhoras...e não a nivel de reequipamento das FAs please...pronto, aí até eu (um safardana) dou razão aqueles que acham que ele mostrou serviço...sempre prefiro uma OHP ferrugenta a uma JB toda brilhante... :oops:
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komet

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« Responder #109 em: Dezembro 29, 2004, 09:53:32 pm »
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Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...


Não é esse o caso, muito pelo contrário. Eu estou aqui a queixar-me mas é do futuro próspero que não existe, posso vir a ter que comprar casa daqui a dois anos e não sei como o vou fazer, estou numa altura em que me vou lançar à vida finalmente e as prespectivas são muito más, a vontade de emigrar é muita, mas acho no fundo que não era capaz de deixar esta terra, por mais males que tenha.

Veja se percebe, eu olho e oiço a classe política destes últimos anos e só consigo ver as colheres de pau em suas mãos prontinhas a rapar o tacho.
Depois há a velha história, ora vota PS, ora vota PSD, ora vota PS... já cansa...

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papatango

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« Responder #110 em: Dezembro 30, 2004, 04:28:56 pm »
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E esta é para o caro amigo papatango, então que tem a dizer da co-incineração na Arrábida, aprovada e já a ser realizada, em SEGREDO, pelos belos nossos (ainda) governantes, hummmmmm...


As minhas criticas são por definição apartidárias. Portanto, evidentemente, as opções (diga-se mal explicadas) do actual ministério, mandando co-incinerar lixo, como combustível, sem se saber, é criticável.

Mas segundo parece, as noticias vindas a lume na imprensa, eram mentira.

No entanto, esclareço uma questão, para que não haja dúvidas.

A minha oposição á co-incineração é, evidentemente decorrente do facto de viver a apenas alguns quilometros da Sécil, e do parque natural da Arrábida.

No entanto, e embora em Setubal, estejamos sobrecarregados de industrias poluentes, e no resto do país haja a tendência a achar que como já estamos habituados á poluição - infectados por infectados, os setubalenses já não notam - tanto faz mais uma fábrica a queimar e intoxicar as pessoas, eu não sou fundamentalista.

Mesmo sendo a situação a que é, eu não sou contra a co-incineração apenas por ser.

Temos que fazer alguma coisa aos residuos. E se a queima for a solução, então que se queimem, mesmo que seja na Arrábida, no meio de um parque natural, por muito absurdo que isso seja, e nos transforme na chacota de meio mundo, por termos parques naturais e áreas reservadas, onde queimamos residuos.

O problema é outro.

O problema é a forma criminosa como o ministério do ambiente do Sr. José Sócrates, tratou a questão da co-incineração, mentindo despudoradamente aos portugueses sobre a questão, misturando os tipos de residuos a queimar, e transformando vários problemas num só, para esconder a M#$%& que Sócrates aprovou.

Há vários tipos de resíduos, com diferentes tipos de toxicidade. Há residuos tóxicos que até podem, ser incinerados, mas há outros, que levantam problemas terríveis.

Segundo relatórios das organizações ambientais - NÃO CONTESTADOS -   vários tipos de dioxinas por exemplo., não são destruidas pelo fogo, são apenas espalhadas pela atmosfera. A co-incineração não resolve o problema, apenas o esconde, dissolvendo-o no ar.

Toda a gente ouviu falar nos famosos "Filtros de manga" que é suposto evitarem a passagem desses resíduos para a atmosfera.

Foi criada uma comissão de "Sábios" para determinar onde se faría essa co-incineração dos residuos de maior tóxicidade. A comissão de Sábios decidiu que sería em Setubal.

Sabe porquê em Setubal?

Por causa de uma certificação ISO da fábrica da Sécil no Outão.

Sabe o que é que faz a fábrica ter essa certificação ISO?

Um sistema documental de controle de qualidade, que permite em caso de acidente ou de erro na producção, encontrar a fonte de erro e evitar que o problema ocorra novamente.

OS NOSSOS SÁBIOS DISSERAM QUE EM CASO DE ACIDENTE, SE SETUBAL FOR INFECTADA POR DIOXINAS, A SÉCIL PODE EVITAR QUE O ACIDENTE OCORRA UMA SEGUNDA VEZ POR CAUSA DA CERTIFICAÇÃO ISO.

Do meu ponto de vista, o ministro do ambiente, José Sócrates, é um mentiroso. Mentiu-me a mim, cidadão de Setubal, que estava disposto a ver mais poluição na minha terra, porque o lixo tem que ser tratado em algum lado, e não podemos pura e simplesmente fechar os olhos e desejar que o lixo desapareça.

Mas Sócrates mentiu, quando se tratou da questão dos residuos de alta toxicidade. A unica razão de os queimarem em Setubal, foi porque a fábrica estava documentalmente preparada, com um sistema de controlo de qualidade certificado, que não evita os problemas, apenas consegue detectar a razão das falhas quando elas ocorrem.

PERANTE QUE TRIBUNAL COMPARECERÁ JOSÉ SOCRATES QUANDO AS PESSOAS COMEÇAREM A MORRER?

A SÉCIL VAI RECONHECER O PROBLEMA, SE ISSO IMPLICAR TER QUE PARAR A FÁBRICA E COMPROMETER ENCOMENDAS?

QUANTOS ANOS VÃO PASSAR ATÉ QUE AS CRIANÇAS MALFORMADAS SEJAM DADAS COMO VITIMAS DA POLÍTICA DE JOSÉ SOCRATES?

QUANDO OS NOSSOS TRIBUNAIS, COM O NOSSO EFICIENTE SISTEMA JUDICIAL CHEGAREM A UMA CONCLUSÃO, AS VITIMAS ESTARÃO MORTAS E O RESPONSÁVEL - JOSÉ SOCRATES - JÁ NÃO SERÁ MINISTRO DE COISA NENHUMA, E DIRÁ QUE O GOVERNO DO MOMENTO É QUE É RESPONSÁVEL.

A cidade de Setubal, por razões geográficas, decorrentes de estar "ensanduichada" entre o parque natural da Arrábida e a reserva natural do estuário do Sado, é uma das mais densamente povoadas do país. Ou seja, o numero de habitantes por quilometro quadrado é muito grande. Só em Lisboa e no Porto, se encontram esses níveis de densidade.

As áreas mais densamente povoadas (16.000 a 20.000 pessoas por Km/2) encontram-se a 3 quilometros em linha recta das chaminés da fábrica da Sécil. Quanto maior for a concentração populacional e menor a distância da fonte de poluição (que implica muito maior concentração de resíduos) maior é a probabilidade de ocorrerem problemas.


COMO CIDADÃO, TENHO O DIREITO DE CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES.

Como cidadão e residente em Setúbal, considero-me pessoalmente enganado pelo Sr. José Sócrates. Esse senhor mentiu-me, enganou-me, e eu tenho o direito de ficar indignado, e de dizer com todas as letras do alfabeto e da lingua portuguesa:

Para mim, cidadão de Setubal, o Sr. José Sócrates, é um mentiroso !

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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komet

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« Responder #111 em: Dezembro 31, 2004, 04:55:26 pm »
Citação de: "komet"
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Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"

Só preciso que me aponte a luz ao fundo do túnel. Porque ou sou mesmo parvo de todo, e não vejo maneira de isto vir a melhorar, ou então tenho q começar a ter uma prespectiva de vida "deixa-andar".


Passado tanto tempo sem resposta, só me ocorre um... "bem me parecia"  :wink:
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« Responder #112 em: Dezembro 31, 2004, 06:14:24 pm »
Citação de: "komet"
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Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...

Não é esse o caso, muito pelo contrário. Eu estou aqui a queixar-me mas é do futuro próspero que não existe, posso vir a ter que comprar casa daqui a dois anos e não sei como o vou fazer, estou numa altura em que me vou lançar à vida finalmente e as prespectivas são muito más, a vontade de emigrar é muita, mas acho no fundo que não era capaz de deixar esta terra, por mais males que tenha.

Veja se percebe, eu olho e oiço a classe política destes últimos anos e só consigo ver as colheres de pau em suas mãos prontinhas a rapar o tacho.
Depois há a velha história, ora vota PS, ora vota PSD, ora vota PS... já cansa...

Só um desabafo.


caro Komet,

Acredite que sei o que é isso, pois pago casa do meu bolso desde 1996. E cada vez está pior...

Em relação á classe politica estou 100% de acordo consigo. Já não se trata de escolher entre o bom e o mau, mas entre o MAU e o PÉSSIMO!

Cumprimentos,
E votos de um BOM ANO NOVO!!! :wink:
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JoseMFernandes

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« Responder #113 em: Dezembro 31, 2004, 07:52:42 pm »
A saida possivel da crise, apenas podera passar, na minha modesta opiniao, pelo tao execrado Bloco Central.
O PR aparentemente vai defender um acordo entre os principais partidos (um 'compromisso politico e partidario alargado' segundo o Expresso de hoje) com a finalidade de "resolver os problemas do pais, como a crise das finanças publicas ou o défice de competitividade", para o qual se dispoe a prestar o seu contributo.Compreendo a sua preocupaçao, mas nao acredito(sera que ele intimamente acredita?) na soluçao proposta, tanto mais que  esses problemas "nao se resolvem com medidas pontuais ou num so mandato de Governo".
Abstraindo que o actual PR nao sera pelas razoes bem conhecidas, uma personalidade verdadeiramente independente ou equidistante para propor e mediar esse compromisso, o que Sampaio pretende  implica custos politicos extraordinariamente gravosos para o Governo(e seu partido), pois correspondem a medidas muito duras e com consequencias directas e pesadas na sociedade;  adaptaçao das leis do trabalho e investimento ( com planos plurianuais) as novas realidades economicas(uma tentativa quase inocua de  alteraçao da lei de Arrendamento, parece ja estar condenada pelo PS), limitaçao rigorosa da despesa publica ( nova despesa obrigatoriamente coberta por  nova receita), reforma efectiva da administraçao publica (inevitavelmente incluindo os serviços sociais e plafonamento de pensoes, reorganizaçao completa e de base de boa parte dos serviços),  etc, etc...  ( aceito que rever e alterar todo o nosso sistema autarquico, acabando de vez com as freguesias e integrando os nossos concelhos em novas e eficientes estruturas regionais, como no resto da Europa,... seria sonhar demais !!!).

Logico que, nao sendo medidas de circunstancia, mas que se prolongariam para la de uma legislatura, nao acredito que o compromisso defendido pelo Presidente viesse a ser respeitado pelos partidos (sejam eles quais forem) que ficarem na oposiçao, tanto mais que existem outras eleiçoes no futuro proximo, que levam  o(s) partido(s) no poder a atribuir aos anteriores a responsabilidade directa pela 'pilula amarga' que se obrigaram a infligir aos portugueses.Logo, esse compromisso, a ser assinado, o que ja seria bem dificil, em breve  caducaria, devido a durissima  luta politica que se seguiria.
Basta reparar que so para fazer uma  analise com diagnostico preciso da nossa (triste) situaçao, ja sera dificil haver consenso...imaginemos agora o que nao custaria encontrar soluçoes...
Repito, mesmo que eu proprio nao tenha ilusoes, so um Bloco Central(nao seria inédito, entramos na entao CEE, nos anos 80 com um governo PS-PSD, e temos ai  Ernani Lopes para o recordar), com os principais partidos dentro do Governo(ao menos por uma legislatura) e assumindo em comum os custos politicos  perante o eleitorado,
tendo acordo de principio dos varios  parceiros sociais e moderaçao da Presidencia da Republica, com  informaçao o mais aberta e concreta possivel para os portugueses, calendarizaçao das diversas medidas (re)estruturantes) nos poderia levar no bom caminho (que como referem os textos sagrados, é sempre mais estreito e sinuoso que o outro) da recuperaçao economica e estabilizaçao social.
Mas sinto, que para esta soluçao tao idealista, talvez precisemos de outros politicos  (e quem sabe... de outro tipo de eleitores também).
 

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Paisano

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« Responder #114 em: Janeiro 27, 2005, 09:55:34 pm »
Líder histórico da direita portuguesa anuncia voto em socialista

Fonte: O Globo

Citar
MADRI - Diogo Freitas do Amaral, líder histórico da direita portuguesa e fundador do conservador Partido Popular, anunciou nesta quinta-feira que votará no Partido Socialista nas eleições gerais do dia 20 de fevereiro para que os socialistas tenha maioria absoluta. Freitas do Amaral, que hoje não milita em qualquer partido, foi um adversário das políticas liberais do ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso e de seu polêmico sucessor, Pedro Santana Lopes.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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« Responder #115 em: Janeiro 27, 2005, 10:12:28 pm »
Bloco Central?
Que Bloco Central?
O Bloco Central já não existe, sob a forma das duas facções que o formam: o PS e o PSD?

O que me parece é que as opções razoáveis tendem a diminuir rápidamente com o tempo. Deixo aqui o alerta às pessoas que lêem estas linhas e que podem fazer alguma coisa. Há talento e boa vontade para mudar as coisas desde que DE FACTO se DÊ O EXEMPLO.

Caso contrário a solução passará inevitavelmente pela violência.
Porque a paciência e a razoabilidade esgota-se.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #116 em: Janeiro 27, 2005, 10:21:57 pm »
Citação de: "Paisano"
Líder histórico da direita portuguesa anuncia voto em socialista

Fonte: O Globo

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MADRI - Diogo Freitas do Amaral, líder histórico da direita portuguesa e fundador do conservador Partido Popular, anunciou nesta quinta-feira que votará no Partido Socialista nas eleições gerais do dia 20 de fevereiro para que os socialistas tenha maioria absoluta. Freitas do Amaral, que hoje não milita em qualquer partido, foi um adversário das políticas liberais do ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso e de seu polêmico sucessor, Pedro Santana Lopes.



Da Grande Loja...

"Confesso que cada vez menos tenho ilusões, se algumas vez as tive, muito menos heróis. É concerteza da idade e dos cabelos brancos. Alguma direita escandalizou-se, ou talvez, não com o apoio do Prof. Freitas do Amaral ao PS e o seu apelo a uma maioria absoluta do Eng. Sócrates. Confesso que o assunto não me atrai, afinal o homem só vale um voto. Não me interessa pois saber que o Prof. Freitas apoie desinteressadamente o Eng. Sócrates, é mais um, mas já me interessa, e muito, em nome da clarificação, saber se o PS, depois de ganhar as eleições e formar governo, vai apoiar, sem mais, o Prof. Freitas, ou melhor os interesses que o Prof. Freitas representa como front-end da Petrocontrol, na luta pelo controlo da GALP, agora que tudo pode, ou não, voltar à estaca zero. Sou um cínico, já sei."
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« Responder #117 em: Janeiro 27, 2005, 10:26:45 pm »
Citação de: "zezoca"
Mas sinto, que para esta soluçao tao idealista, talvez precisemos de outros politicos  (e quem sabe... de outro tipo de eleitores também).


http://online.expresso.clix.pt/opiniao/ ... d=24749198

"Vai por aí um coro de queixumes sobre as alternativas políticas que se oferecem para as legislativas de 20 de Fevereiro que até leva a crer que os portugueses despertaram, subitamente, e não reconhecem o país onde vivem. É tal a onda de sobranceria face à qualidade dos políticos e de desdém pela campanha eleitoral que até chega a parecer que a sociedade civil portuguesa se tornou, de repente, a mais culta, exigente e desenvolvida da chamada civilização ocidental.
 
A lamúria atingiu níveis nunca vistos, em todos os quadrantes profissionais, ideológicos ou residenciais. E, no nicho de mercado dos comentadores jornalísticos e televisivos, atingiu os píncaros. Que os líderes partidários são produtos mediáticos vazios de conteúdo. Que só falam entre si e para si mesmos. Que o discurso é sempre igual e só se ocupam de «faits-divers» como a questiúncula dos debates. Que não apresentam ideias para o país nem galvanizam os eleitores. Que se vai votar com o mesmo entusiasmo com que se vai a um funeral. Que a abstenção ou o voto branco é o que eles merecem. Que, que, que… O comentário sobranceiro e depreciativo sobre os políticos e as eleições tornou-se a moda mais «in» neste início de 2005.
 
Ora, a verdade é que este avassalador coro de críticos pouco se interessa (nem está interessado em saber) sobre as implicações ou a exequibilidade da proposta do PS em reduzir em 75 mil o número de funcionários públicos nos próximos quatro anos, sobre a viabilidade empresarial da proposta do PSD em subir o peso das exportações no PIB de 30% para 40%, sobre as consequências a médio prazo das medidas avançadas pelo CDS para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social, sobre os efeitos de um aumento do consumo como pede o PCP ou da sua rejeição do Código de Trabalho ou sobre o programa do BE tão glosado por Mário Soares.
 
A maioria dos portugueses (e dos que falam de alto e com desprezo dos políticos e das eleições) prefere ler «A Bola» ou a revista «Maria» (as tiragens são de centenas de milhares por semana) ao enorme esforço mental de se informar sobre um ou dois programas eleitorais. Prefere ver uma telenovela, uns palermas do riso ou uma qualquer quinta de nulidades à cansativa tarefa de seguir durante mais de dez minutos um debate sobre questões sociais ou políticas (os «shares» são esmagadoramente esclarecedores).
 
A maioria dos portugueses (e dos que tanto deploram o «oportunismo» dos políticos) queixa-se muito da fraude e evasão fiscais mas recusa (ou não pede) facturas por sistema e fecha convenientemente os olhos ao amigo que declara falências fraudulentas e ao familiar que não declara o grosso dos seus rendimentos aos impostos. Queixa-se muito da burocracia e do mau serviço do funcionalismo público, mas não resiste a meter umas «cunhas» aos conhecidos do partido, quando os governos e as autarquias mudam de cor, para darem emprego a mais uns quantos e encherem a Administração Pública de clientelas partidárias.
 
A história do bom povo e dos maus políticos é uma ficção. Para tranquilizar os espíritos mais fracos e afagar o ego de uma sociedade pouco exigente. Que prefere os expedientes à organização, pouco estudiosa e com péssimos índices de escolaridade, má trabalhadora e com baixas taxas de produtividade, com uma classe empresarial pouco instruída e habituada a viver de falcatruas, com uma escola de gestores cujo estatuto e vencimentos são muito superiores à qualidade do seu desempenho ou à sua capacidade de iniciativa. Uma sociedade que raramente se mobiliza para as grandes questões cívicas, pouco ou nada participativa na vida política e partidária.
 
É certo que a qualidade dos dirigentes políticos não é comparável à dos primeiros anos pós-25 de Abril. Nem se esperaria que fosse, pois havia o desígnio de construção de uma jovem democracia e da sua consolidação que mobilizou os melhores economistas, juristas, advogados, professores e representantes de todas as profissões e sectores sociais para a actividade política e governativa. A partir da revisão constitucional de 1982 e da estabilização do regime, outros valores e interesses se levantaram.
 
É certo, ainda, que a degradação do funcionamento das forças partidárias, em circuito fechado, e até do prestígio e remuneração das funções políticas tem afastado muitos valores qualificados e empobrecido a competência e o nível de conhecimentos médios dos dirigentes partidários. Mas isso é, também, o reflexo do desinteresse, da falta de participação e da pouca exigência dos portugueses, nesta como noutras matérias. Matérias que reclamam esforço, motivação cívica, disponibilidade, empenho, disciplina e, muitas vezes, estudo. Coisas a que os portugueses não são muito dados.
 
Os partidos políticos e os seus principais responsáveis são, obviamente, um espelho do país e do seu nível de desenvolvimento. Ainda assim (e ressalvando alguns epifenómenos), muitos deles situam-se bem acima da média, quer do ponto de vista de conhecimentos e de formação quer da capacidade e das horas de trabalho que dedicam à esfera pública.
 
O bom povo e os maus políticos é uma ficção, porventura reconfortante. Não é, seguramente, o caso português."
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komet

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« Responder #118 em: Janeiro 27, 2005, 11:27:31 pm »
Excelente artigo, muito verdadeiro  :Palmas:
"History is always written by who wins the war..."
 

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Tiger22

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« Responder #119 em: Fevereiro 12, 2005, 03:19:41 am »
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Nada disto aconteceu


por NUNO ROGEIRO COMENTADOR POLÍTICO

Dado que o passado foi chamado à campanha eleitoral, devemos responder, puxando da memória. Os desvarios do poder do PSD-PP, nos últimos três anos, são conhecidos. Quanto à experiência de poder do PS, desde a queda do cavaquismo, em 1995-96, até 2002, existe uma espécie de amnésia.

A verdade, se calhar, é que nada do que a seguir se enumera alguma vez existiu.

A saber

- Acumulação de défice excessivo nas contas públicas, originando o despertar da repressão de Bruxelas, para além de incentivo irresponsável ao gasto individual e desprezo pelos apelos à moderação e à poupança.

- Saída de Sousa Franco do Executivo, depois de as linhas mestras das suas políticas de saneamento da conta pública se terem tornado inviáveis, ou politicamente indesejáveis.

- Análise negra do estado da economia portuguesa, por parte de Cavaco Silva, numa entrevista famosa de Julho de 2000.

- Alegações de políticos, empresários e governantes, segundo os quais a banca portuguesa estava a ser vendida ao desbarato ao estrangeiro.

- Anunciados planos de combate à evasão fiscal, anunciados falhanços dos mesmos planos, anunciada continuação da dita.

- Ligações perversas da política ao futebol, com o cortejo conhecido de enxovalhos, confusões e negócios.

- Insistência na política de co-incineração como única via possível de tratamento de resíduos perigosos, apesar da divisão dos especialistas e da oposição do "homem da rua", certamente manipulado por caciques e envenenado pela Comunicação Social privada.

- Episódio dito do "queijo Limiano", ou a cedência da alma em troco de votos no Parlamento.

- Quedas sucessivas de ministros da Defesa, conflitos entre titulares e primeiro-ministro, queixas de falta de meios, espectáculo de parca mobilização de recursos para tarefas externas, divulgação pública de listas de agentes "secretos", novelo de escândalos em torno da aquisição de armamento e fardamento, cenas de estalada entre chefes políticos e chefes da "comunidade de informações".

- Tragédia da ponte de Entre-os-Rios, originando a demissão de Jorge Coelho, e suspeita geral sobre o estado das obras públicas.

- Inundação do túnel do metro em Santa Apolónia, e alegação de que o mesmo foi ali feito com grande risco, sem as precauções devidas e não levando até ao fim estudos exaustivos sobre as características do subsolo.

- Escândalos na JAE, corrupio de acusações e alegações, e declarações crípticas do engenheiro Cravinho, dizendo que Guterres havia sido derrotado pelos "grandes interesses" e pelos lobbies (Janeiro de 2000).

- Colapso na gestão das grandes cidades, que levou a uma maré de rejeição, em 2001, e à passagem da era PS para a era PSD, em Lisboa, Coimbra, Porto, Sintra, etc..

- Fantasmas desastrosos, como o espectáculo de "Porto, Capital da Cultura", com obras a juncar a vida do cidadão comum, turistas perdidos e desiludidos, projectos inacabados, escândalos financeiros e "mistérios" como os da Casa da Música.

- Escândalo em torno da Fundação para a Segurança, levando à saída "apocalíptica" de Fernando Gomes do barco do guterrismo, e a sugestões de conspirações no seio do poder, com o primeiro-ministro a saber tudo e a calar ainda mais.

- Filosofia de miséria na RTP, levando o serviço público à pré-morte, depois de anos de insanidade financeira, extravagâncias de programação, guerras civis de chefias e tentativas infantis de controlo político, dos telejornais às entrelinhas.

- Desinteresse pela política por parte dos cidadãos mais de um terço decidiu não votar nas legislativas de Outubro de 1999, mesmo depois de Guterres ter dito que o seu pior inimigo era a abstenção.

- Estado geral de guerra civil dentro do Governo e da maioria quase-absoluta, levando António Guterres a bater com a porta, clamando que o país se encontrava num pântano.

Enfim, foi tudo um sonho. Pode-se votar no regresso de um sonho?

Nuno Rogeiro escreve no JN, semanalmente, às sextas-feiras


Penso, logo existo" René Descartes (1596-1650) filósofo e matemático francês


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"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-