Saiu o Euromilhões à Marinha. 
Governo "dá" 20 milhões de euros para a Marinha. "É pouco, é aquilo que é possível"
21 mai, 2017 - 19:36 • Isabel Pacheco com Lusa
Em ano estratégico de alianças com a NATO e com a União Europeia, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, anuncia um reforço orçamental de 20 milhões de euros. O anúncio foi feito em Vila do Conde, durante as comemorações dos 700 anos da Marinha Portuguesa. "É pouco, é aquilo que é hoje possível”, reconhece o ministro.
A assinatura do contrato de construção de duas novas embarcações de salva vidas e a construção em curso de dois navios patrulha oceânicos, previstos para 2018, foram alguns dos novos recursos destacados por Azeredo Lopes. O governante lembrou ainda que o país quer estender a Plataforma Continental e que tal extensão depende "da preservação e melhoria das capacidades de fiscalização e vigilância, de salvamento marítimo e de combate quer aos tráficos ilícitos de vidas humanas, de droga e de armas quer à pirataria".
"É fundamental, por isso, estarmos preparados nas águas deste mar português. É imperativo que sejamos capazes de responder globalmente no quadro das nossas alianças a estes flagelos que constituem uma nova e muito séria ameaça a nível europeu, mas também a nível global", sublinhou.
Azeredo Lopes também classificou de "valor incalculável" o esforço das forças nacionais destacadas, no âmbito de alianças nas Nações Unidas, na União Europeia, na NATO e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. “Nos encontros que tenho tido com os meus congéneres de distintos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é-me muito grato verificar como neste domínio e em relação à Marinha são sempre reconhecidas a Portugal e à Marinha portuguesa competência e capacidades exemplares", acrescentou. As comemorações do Dia da Marinha regressaram este ano ao norte onde reuniu mais de 1.200 militares em terra e no mar, em Vila do Conde.
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Tanto este MDN como as chefias que o deveriam elucidar (e que não o fazem, aparentemente...), continuam a não perceber que o principal problema, não é só os 20 milhões serem pouco, mas sim quererem comprar um abastecedor (mesmo em segunda mão), com a verba em questão (quando muito reservavam com este valor junto dos italianos o ETNA, mas com a certeza que para o adquirir lá para 2019 teriam de abrir os cordões à bolsa).

Quando existem 4 classe Tejo (com a possibilidade de um quinto), extremamente mal equipados, 2 NPO em construção para os quais não se sabe que armamento nem sensores vão levar, em que já que os helicópteros são uma miragem, fazia sentido uns UAV mas que nada está projectado em termos de verbas, é no mínimo ridículo (para não dizer outra coisa), que se venha com a esperteza saloia, de que precisamos de meios para patrulhar uma ZEE, sobre a qual recai um pedido de extensão da mesma na ONU (e como se o que temos tivesse as condições mínimas para o fazer).

Já nem falo em alocar este valor para adquirir algo de novo (embora com o mesmo pouco se possa comprar), e quando existe um Upgrade no mínimo confrangedor às VdG, talvez até a verba devesse ir para as mesmas (sempre dava para o dobro dos ESSM comprados), mas a comprar, volto a dizer que, com os "Bifes" a despacharem os Super Lynx provavelmente os 20 milhões davam para dois, que bem falta faziam.

Os Britânicos também têm alguns dos seus OPV classe River a serem despachados, mas da forma como se faz negócio cá no burgo é melhor não arriscar, não venham eles tipo Tejo, vazios e com a promessa de uma "modernização" que nada mais é que limpeza, pintura e colocar por lá a tralha que existe nos armazéns da marinha (até as bofors dos NPO já devem ter sido vendidos). Enfim, é a miséria cá do burgo (é certo que este MDN ainda vai comprando alguma coisa, face ao anterior verbo de encher que nem estas verbas mendigava , mas mesmo com o pouco que vai disponibilizando, poderia fazer melhor, como neste caso).

Cumprimentos