Vestígios do "pequeno incêndio", vendo-se a ré totalmente calcinada.

10-Abril-1971*escala o porto de António Enes
22-Abril-1971*Um pedido da Base Militar de Nacala obriga o navio a fazer escala em Nacala. Nessa altura a sua carga era composta de:Farinha, açúcar, gasóleo, material de guerra, caixas de material aeronáutico, e de engenharia.
23-Abril-1971*parte de Nacala rumo a Porto Amélia.
26-Abril-1971*às 7.30 horas é encontrado a arder ao largo de Mongicul, pelo petroleiro panamiano Esso Port Dickson. Durante todo esse dia a tripulação do petroleiro combateu o incêndio, que se calculou ter origem numa explosão, cerca de 12 horas antes. O comandante do petroleiro manteve absoluto sigilo acerca do achado (tendo rejeitado ajuda de outros navios) e o Angoche foi abordado pela tripulação, não tendo encontrado vestígios da tripulação. Com base em relógios de pulso achados no navio, calculou-se a hora da explosão entre as 10.45 e as 11.20 horas.
Nesse mesmo dia foi dada ao Com. Naval de Moçambique, a notícia de que o navio não tinha chegado a P. Amélia.
27-Abril-1971*ás 17.00 chega a informação de que tinha sido encontrado pelo Esso Port Dickson, não tendo sido facultada a sua posição.
Nos seis(6) dias seguintes efectuaram buscas a fragata Com. H. Capêlo, a corveta J.Coutinho e aviões militares e civis.
3-Maio-1971* a H. Capêlo avista o petroleiro que tentava passar o cabo de reboque ao salvadego alemão Baltic.
6-Maio-1971* chegam ao porto de Lourenço Marques(Maputo) escoltados pela fragata, iniciando-se as investigações por parte da PIDE/DGS, que duraram meses sem se chegar a qualquer conclusão.
Marcelo Caetano em comunicado tentou explicar que alguns tripulantes tinham morrido na explosão, e os restantes ao se atirarem ao mar, haviam sido comidos por tubarões. Nunca foram encontrados quaisquer corpos.
Artigo de A.A. Morais, publicado na Revista de Marinha em Janeiro de 1996.