Estas ideias dos americanos relativamente à Gronelandia, não são novidade nenhuma e nem sequer são de agora.
Os americanos sempre consideraram a possibilidade de comprar partes de países, o que era uma coisa normal no século XIX.
Os americanos, durante a II guerra mundial, por exemplo, não só consideravam invadir os Açores, como o próprio presidente americano achava que os portugueses deveriam vender Timor à Austrália.
Os portugueses quase que nem policia tinham em Timor e os americanos temiam que isso levasse a uma invasão japonesa.
O Salazar, alegadamente ficou verde, quando soube desta ideia americana...
Nos últimos anos, várias regiões pequenas ou com pouca população mas com vantagens comparativas, nomeadamente em termos de recursos naturais, começaram a pensar em guardar para si esses recursos e a melhor maneira de o fazer é declarar a independência.
Estas declarações só fazem sentido num mundo de leis e de ordem, em que toda a gente respeita a independência de toda a gente.
É a esta luz que aparecem os movimentos independentistas da Gronelandia.
É evidente que a Gronelandia não tem como se defender de absolutamente ninguém. O problema é que isso implica que a sua independência será sempre formal - para-inglês-ver - e se a potência protetora quiser, pode explorar os recursos naturais a seu bel-prazer.
Evidentemente que é isso que disseram ao Trump.
O problema agora é que, não é só necessário ter armas para dissuadir os russos, passou a ser preciso ter armas para dissuadir os americanos.
Os dinamarqueses terão por exemplo problemas para utilizar os seus F-35, havendo quem afirme na Dinamarca que, se os americanos quiserem o avião nem sequer sai do chão.
É tecnologia que até as ceifeiras debulhadoras da John Deere roubadas na Ucrânia possuem. Quando se soube os números de série do material roubado, os americanos pura e simplesmente desativaram todos os sistemas electrónicos e as ceifeiras só servem para peças.
Só estou à espera de algum movimento anti-Trump na Europa, que leve a que comecem a arder Teslas ...

(arder por iniciativa de ativistas malucos, não arder porque os Tesla têm esta característica)
