O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.
O objectivo quando criei este tópico, era precisamente perceber o que é que temos, que pode ver as suas capacidade aumentadas, e que aquisições de material novo ou em segunda-mão podem ser feitas num prazo relativamente curto.
Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025. Portugal encomendar algumas baterias AA de médio alcance, e conseguir obter a primeira bateria num prazo de 18 meses ou menos, seria um passo bastante relevante nas capacidades do país.
Como este, existem outros equipamentos cujo prazo de entregas pode ser apelativo. Nomeadamente em munições para os F-16/P-3, como munições stand-off.
A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz. Para mim um plano com pés e cabeça, seria:
-adquirir a Van Speijk
-modernizar as então 3 BD, com 1 radar novo e mísseis NSM para substituir os Harpoon
-adquirir ESSM Block I dos stocks da NATO
-trocar um radar das 2 VdG e substituir pelo radar retirado das BD
-instalar na posição atrás do canhão de 100mm o segundo Phalanx, um segundo lançador Mk-29 ou 2 Mk-141 para Harpoon retirados das BD
-etc.
É explorar opções.
Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.
Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. Renovar a totalidade das brigadas será impossível.
O emprego dos M-113 deveria estar limitado a defesa territorial, ou num caso de destacamento lá fora, para unidades de retaguarda.
A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques de drones.
Duvido que seja possível ter blindagem desse género nos Pandur, que seja realmente eficaz. A melhor aposta passa sim por aumentar as capacidade C-UAS do EP. E sim, modificar/modernizar alguns Pandur APC para usarem uma RWS com míssil MANPADS acoplado, e/ou adquirir duas dúzias de Pandur II adicionais com RapidRanger e Skyranger 30 respectivamente seria muito mais eficaz. No prazo de 12 meses, talvez fosse possível obter algumas unidades.
Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações e modernizações.
Pois, também acho que é mais ou menos esse o "prazo" que podemos ter.
Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.
A mim cheira-me que o trunfo deles possa ser a utilização de outros aliados naquele continente, e também a utilização de navios "civis" para abastecer as unidades lá estacionadas e os seus aliados. A estratégia chinesa também poderá passar por isto, tal como do Irão e possivelmente outros aliados daquele Eixo.
Eu não me admirava que a Rússia apoiasse abertamente uma invasão do Sara Ocidental por parte da Argélia. Isto não só permitia controlo por recursos naturais, como permitia a criação de bases aéreas e navais na costa Atlântica. Isto, juntamente com todos os países que hoje já têm influência russa, aumenta e muito as possíveis frentes e ameaças de um conflito à escala mundial.