Preparar as FA para um conflito no curto prazo

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dc

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #90 em: Dezembro 14, 2024, 05:11:25 pm »
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O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

O objectivo quando criei este tópico, era precisamente perceber o que é que temos, que pode ver as suas capacidade aumentadas, e que aquisições de material novo ou em segunda-mão podem ser feitas num prazo relativamente curto.

Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025. Portugal encomendar algumas baterias AA de médio alcance, e conseguir obter a primeira bateria num prazo de 18 meses ou menos, seria um passo bastante relevante nas capacidades do país.

Como este, existem outros equipamentos cujo prazo de entregas pode ser apelativo. Nomeadamente em munições para os F-16/P-3, como munições stand-off.

A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz. Para mim um plano com pés e cabeça, seria:
-adquirir a Van Speijk
-modernizar as então 3 BD, com 1 radar novo e mísseis NSM para substituir os Harpoon
-adquirir ESSM Block I dos stocks da NATO
-trocar um radar das 2 VdG e substituir pelo radar retirado das BD
-instalar na posição atrás do canhão de 100mm o segundo Phalanx, um segundo lançador Mk-29 ou 2 Mk-141 para Harpoon retirados das BD
-etc.

É explorar opções.

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Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. Renovar a totalidade das brigadas será impossível.

O emprego dos M-113 deveria estar limitado a defesa territorial, ou num caso de destacamento lá fora, para unidades de retaguarda.

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A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques  de drones.

Duvido que seja possível ter blindagem desse género nos Pandur, que seja realmente eficaz. A melhor aposta passa sim por aumentar as capacidade C-UAS do EP. E sim, modificar/modernizar alguns Pandur APC para usarem uma RWS com míssil MANPADS acoplado, e/ou adquirir duas dúzias de Pandur II adicionais com RapidRanger e Skyranger 30 respectivamente seria muito mais eficaz. No prazo de 12 meses, talvez fosse possível obter algumas unidades.

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Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações  e modernizações.

Pois, também acho que é mais ou menos esse o "prazo" que podemos ter.

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Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.

A mim cheira-me que o trunfo deles possa ser a utilização de outros aliados naquele continente, e também a utilização de navios "civis" para abastecer as unidades lá estacionadas e os seus aliados. A estratégia chinesa também poderá passar por isto, tal como do Irão e possivelmente outros aliados daquele Eixo.

Eu não me admirava que a Rússia apoiasse abertamente uma invasão do Sara Ocidental por parte da Argélia. Isto não só permitia controlo por recursos naturais, como permitia a criação de bases aéreas e navais na costa Atlântica. Isto, juntamente com todos os países que hoje já têm influência russa, aumenta e muito as possíveis frentes e ameaças de um conflito à escala mundial.
 

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sivispacem

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #91 em: Dezembro 14, 2024, 10:40:19 pm »
Citação de: dc
Bom, a manutenção da tralha obsoleta que temos, é financeiramente insignificante. A parte difícil é adquirir material moderno e útil para um eventual conflito de alta intensidade, esse sim é caro e exige aumentos de despesa significativos.

Gastar uns milhões a colocar as 3 VdG em estado operacional, é inconsequente do ponto de vista da capacidade de combate da Marinha, dada a sua obsolescência. O mesmo para os M-113, e outro material de segunda.

O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

O problema nesta caso, é que nós não produzimos motores nem produzimos grande parte dos componentes que seriam necessários para nacionalizar uma qualquer modernização mesmo que parcial das viaturas.
A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques  de drones.

Caso a guerra na Ucrânia seja congelada,  os russos já avisaram que vão continuar a aumentar o seu exército até 1.5 milhões, o que implica mais tanques, viaturas blindadas e acima de tudo drones anti-pessoal e anti-viaturas.
Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações  e modernizações.

Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.

Os russos controlam direta ou indiretamente o Sudão, o Chad, o Niger e o Mali.
É evidente que o próximo alvo se chama Mauritânia. E a Mauritânia fica a poucos quilometros de Cabo Verde e das Canárias.
Os russos durante o periodo de acalmia antes de voltarem à carga, vão querer tomar a Mauritânia e utilizar as poucas instalações navais do país, para dessa forma facilitarem abastecimentos.

Para fazer isto tudo, os russos vão ter inevitavelmente que manter uma economia de guerra. Não há volta atrás para Putin, como não havia volta atrás para Hitler.


Nós aparentemente nem somos capazes de meter as barbas de molho.


-
Resumindo: está tudo à espera que o Putin bata a bota (e não seja substituído por um igual ou pior) e/ou a economia russa entre em colapso. O que segundo alguns autores acontecerá no média prazo.
Mas até lá ainda há muito tempo para virar o mundo ao contrário....
Cumprimentos,
 

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papatango

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #92 em: Dezembro 15, 2024, 07:14:24 pm »
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Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025

Eu não discordo, mas creio que neste momento, a industria de Israel também está assoberbada com pedidos.
Os pedidos não têm recebido publicidade, por receio de reações adversas por parte da opinião pública.
Além disto, considerando as necessidades europeias, eu acho que aquisições de material novo, só farão sentido dentro de um programa como o do Covid-19 para a defesa. Frandes encomendas, que garantam aos fabricantes retorno nos investimentos em infraestruturas.


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A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz.
A simples substituição dos radares é uma coisa complexa, nomeadamente em termos da cablagem.
Se as Vasco da Gama pudessem ser utilizadas apenas como plataforma anti-submarina isso já seria muito bom. Seriam grandes patrulhas e não fragatas.
Dar-lhes mais capacidades que ASW, do meu ponto de vista é deitar dinheiro fora. Como fragatas multiusos as Vasco da Gama chegaram ao fim da linha.

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Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. 

Eu estava mais a pensar numa necessidade de emergência.
O M113 é um VBTP e é muito mais simples que o Bradley que é um VCI.
A introdução de um novo veículo é complicada, uma nova doutrina é ainda mais e ao mesmo tempo, teriamos que continuar com a linha de manutenção para o M113.

O M113 é uma velharia, é verdade. Mas aqui o problema, é que nem sequer motores produzimos para tentarmos adapta-los  (há bastantes anos atrás, o Brasil modernizou todos os seus M113, colocando-lhes componentes de fabrico local, desde motores a bombas de combustivel e lagartas. Nós não temos industria para o fazer, mas para uma modernização mais simples, o mercado europeu é muito grande)
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Duvido que seja possível ter blindagem desse género nos Pandur, que seja realmente eficaz.

Blindagem eficaz, creio que todos concluimos que não existe nem para os tanques.
Eu estava especificamente a pensar na blindagem tipo grelha para pre-detonação.
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #93 em: Dezembro 15, 2024, 07:22:59 pm »
Citação de: sivispacem
Resumindo: está tudo à espera que o Putin bata a bota (e não seja substituído por um igual ou pior) e/ou a economia russa entre em colapso. O que segundo alguns autores acontecerá no média prazo.
Mas até lá ainda há muito tempo para virar o mundo ao contrário....

Ou muito me engano, ou o governo de Portugal está à espera do tal programa europeu de compras  conjuntas, que estará no segredo dos deuses.
Um homem chamado Andrius Kubilius da Lituânia é neste momento das pessoas mais referidas em termos de politica europeia de defesa.
A maior parte das pessoas nem sabe que a Europa tem um Comissário de Defesa.

Mas neste caso as aquisições vão ter se ser lentas e isto demorará muito tempo, porque as industrias europeias e os países europeus vão colocar os seus interesses em primeiro lugar.

Logo, o que resta é a possibilidade de ver o que se pode fazer com a prata da casa. Os russos estão a utilizar tanques T-55, os ucranianos estão com M113 e em muitos casos os dois lados utilizam meios com uma idade vetusta. É preferivel algo velho mas que funciona e podemos reparar que uma novidade do último tipo, que quase ninguém sabe utilizar nem manter operacional.
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #94 em: Dezembro 15, 2024, 07:32:04 pm »
Citar
A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz.
A simples substituição dos radares é uma coisa complexa, nomeadamente em termos da cablagem.
Se as Vasco da Gama pudessem ser utilizadas apenas como plataforma anti-submarina isso já seria muito bom. Seriam grandes patrulhas e não fragatas.
Dar-lhes mais capacidades que ASW, do meu ponto de vista é deitar dinheiro fora. Como fragatas multiusos as Vasco da Gama chegaram ao fim da linha.

Isto; o colocar novos radares nas Vasco da Gama e não o ter feito nas Bartolomeu Dias é algo que não percebo.
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dc

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #95 em: Dezembro 16, 2024, 10:35:48 pm »
Obviamente que colocar um radar novo, não é um tuning de 15 minutos. Daí que a minha ideia seria, na próxima grande manutenção a cada navio, aproveitar para fazer estas melhorias pontuais.

Em termos de armamento, adicionar um segundo Mk-29 ao navio, seria mais numa perspectiva aumentar a capacidade de auto-defesa do navio, nomeadamente contra mísseis e drones. 16 mísseis prontos a lançar sempre é melhor do que apenas 8. Em alternativa, o segundo Phalanx fazia sentido também, mas ao colocar lá o segundo Phalanx, deixa de haver disponível para os AORs. Se por sua vez se substituíssem o Harpoon das BD, ao instalar um segundo par de Mk-141 nas VdG, estas ganhariam mais capacidade ASuW.

A nível da capacidade ASW, apesar de interessante, é algo para o qual teríamos de adquirir material novo, nomeadamente o sonar rebocado, ou seja, não havia esta opção de retirar das BD para as VdG. Ficaria ainda a questão do quão barulhentas possam ser as VdG, e que melhoramentos seriam necessários para as viabilizar para ASW.

Ainda na Marinha, não podemos esquecer os 4 NPOs originais. Em cenário de conflito, estes navios serão forçosamente usados por falta de algo melhor, e aqui percebemos que uma Marlin 30mm não chega sequer para auto-defesa.

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Blindagem eficaz, creio que todos concluimos que não existe nem para os tanques.
Eu estava especificamente a pensar na blindagem tipo grelha para pre-detonação.

Ah, "blindagem" dessa teria que ser colocada muito perto da altura do conflito, senão mesmo durante. É que espetar grelhas nos Pandur por exemplo, dificulta a sua aerotransportabilidade com os meios nacionais. É algo que poderá ter que ser feito nas imediações do TO, e não "em casa".

Isto claro fazendo a previsão que, com um conflito de larga escala, poderá não haver tanta facilidade para obter transporte em aeronaves maiores e em navios, já que estes estarão ocupados a transportar material e pessoal dos restantes países (e não vão parar o que estão a fazer para transportar tralha do Exército Obsoleto Português).

Na frente Leste também não me parece que faça sentido ter uma participação relevante. Existem muito exércitos da NATO que já vão canalizar as suas forças para aqueles lados. Portugal, Espanha e possivelmente mais uns quantos países, poderão ter que participar numa frente em África, caso a presença russa/chinesa/iraniana assim o obrigue.
Isto poderá suceder-se tanto numa perspectiva de confronto directo, como de prevenção para que aquelas forças não invadam países tipo Cabo Verde, Marrocos, Tunísia, etc.
 

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papatango

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #96 em: Dezembro 17, 2024, 02:07:01 pm »
Relativamente às Vasco da Game, eu estava a pensar no que se poderia fazer para dar às fragatas alguma capacidade ou valor militar num cenário previsível, em que as ameaças são submarinas. A capacidade para afundar navios é importante e provavelmente a mais importante para qualquer navio da marinha portuguesa. Outra coisa importante, é a capacidade para salvamento em alto mar, caso navios civis sejam destruidos.
Numa guerra assimétrica, em que o inimigo só tem submarinos, ele pode até afundar navios civis sem nunca reconhecer que o fez.

Eu estou a pensar em termos do que é possível fazer sem ter que esperar por muita coisa vinda do estrangeiro.

Como sabemos.A ablindagem adicional, não é impenetrável nem nada que o pareça e evidentemente este tipo de proteção não permite o transporte da viatura com a proteção montada.
A proteção é montada sempre à posteriori e precisa ser removida para transporte.
O que eu estava a pensar era em coisas simples, como preparar desde já as viaturas para receber esse tipo de proteção adicional, para lá da proteção que as Pandur-II já possuem e que é aparafusada.

Os caça-tanques alemães derivados dos tanques das séries PzKpfw-III e Pzkpfw-IV tinham uma espécie de ganchos, que já eram colocados na fábrica.
Os ganchos eram standard e as placas de blindagem eram fabricadas à medida e em alguns casos eram intercambiáveis.
Isto é algo que também pode ser feito para outras viaturas como os ST-5 por exemplo.
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #97 em: Janeiro 15, 2025, 12:41:46 pm »
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?
Cumprimentos,
 

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #98 em: Janeiro 15, 2025, 02:55:46 pm »
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?
« Última modificação: Janeiro 15, 2025, 02:58:26 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #99 em: Janeiro 15, 2025, 05:32:20 pm »
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #100 em: Janeiro 15, 2025, 05:40:21 pm »
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?

A FAP tem alguns sistemas, e ficou por comprar 2 em 2023, sendo no entanto adiado para 2024

Possívelemente até mais do que 2 mediante do significado disto: " Revisão do âmbito do projeto em resultado da diminuição dos fundos disponíveis."
 
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #101 em: Janeiro 15, 2025, 05:53:43 pm »
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O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

O objectivo quando criei este tópico, era precisamente perceber o que é que temos, que pode ver as suas capacidade aumentadas, e que aquisições de material novo ou em segunda-mão podem ser feitas num prazo relativamente curto.

Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025. Portugal encomendar algumas baterias AA de médio alcance, e conseguir obter a primeira bateria num prazo de 18 meses ou menos, seria um passo bastante relevante nas capacidades do país.

Com o contrato com a Thales e mais racional seria usar os mesmos radares ou outros iguais, mas com outro sistema de misseis anti-aéreos de médio alcance compatíveis com os sistema já adqurido.

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A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz. Para mim um plano com pés e cabeça, seria:
-adquirir a Van Speijk

Tarde demais, eles já a estão a recuperá-la para coloca-la de novo ao serviço
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-modernizar as então 3 BD, com 1 radar novo e mísseis NSM para substituir os Harpoon

Eu diria mais, usar o programa das VdG e em vez de modernizar as mesmas, usar no novo CMS, radar, etc, para modernizar as duas BD.

Adquirir duas novas Fragatas multifunções de alguma dimensão e poder de fogo, mas de custos controlados tais como:
- PPA evo;
- Type 31 (modificadas para terem TAS e usarem as Phalanx CIWS das VdG em vez dos canhões de 40mm para poupar)

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Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

Citar
Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. Renovar a totalidade das brigadas será impossível.

Neste momento só temos 1 BIMec a Lagartas e o EsqRec, portanto a quantidade de viaturas seria pequena. Acho que neste caso dá ara adquirir algo novo e que dê para segurar as pontas para os próximos 30 anos. As Pandur têm que ser modernizadas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #102 em: Janeiro 15, 2025, 09:35:03 pm »
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?

No mínimo será 3,5 % !
 

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #103 em: Janeiro 15, 2025, 10:27:30 pm »
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?

A FAP tem alguns sistemas, e ficou por comprar 2 em 2023, sendo no entanto adiado para 2024

Possívelemente até mais do que 2 mediante do significado disto: " Revisão do âmbito do projeto em resultado da diminuição dos fundos disponíveis."

Finalmente...
Alguem explique a alguns iluminados que decidem ter os F-16 todos alinhados e seguidos na nova placa este da BA 5, assim como o facto de os portões dos weather shelters dos F-16, são simples portões de correr, não possuindo qualquer resistência a impactos, de um drone por exemplo.
Cps,
 

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #104 em: Janeiro 16, 2025, 07:27:29 am »
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?

No mínimo será 3,5 % !

Nem que tenha que incluir a prossegur e a Securitas

Todos sabemos como funciona a engenharia financeira cá no burgo
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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