Aparentemente a sobrevivência do próprio avião poderá estar em risco, já que há dentro do futuro governo americano, ou dos setores que apoiam Trump, duas visões muito diferentes sobre o futuro da aeronave.
Por um lado estão os estrategas da Heritage Foundation, que defendem que os E.U.A. devem continuar a possuir uma vantagem em termos de armamento convencional tradicional e confiavel, o que implica mais encomendas, nomeadamente à Lockeed Martin, continuando a encomendar de 60 a 80 F-35 todos os anos, juntamente com mais encomendas para os bombardeiros B-21 Raider.
Do outro lado está o Elon Musk que afirma que o F-35 é demasiado caro e ainda por cima coloca em risco uma vida humana, preferindo que se gaste dinheiro em drones e sistemas completamente autónomos, que além de serem muito mais baratos não colocam em risco vidas humanas.
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A guerra na Ucrânia não é uma guerra de segunda categoria, é o mais próximo de uma guerra a sério que se consegue imaginar. As forças aéreas ocidentais são mais eficazes que a russa, isso parece ser óbvio, mas o facto de não haver um controlo absoluto dos ares na guerra da Ucrânia não tem nada a ver com os combates de aeronaves, tem isso sim, a ver com os sistemas de mísseis.
Na primeira guerra do golfo, quando Saddam Hussein atacou Israel com mísseis Scud, ficou todo o mundo paralizado durante os minutos que os mísseis demoraram a chegar a Israel, porque não se sabia onde poderiam cair e se existiriam muitas vítimas, isto para evitar que Israel respondesse.
Na altura não havia qualquer sistema que pudesse atingir mísseis. A melhor arma era rezar para que não acertassem.
Hoje os sistemas anti-aéreos são vistos como sistemas anti-míssil, mas parece que esquecemos que, sistemas anti-aéreos com uma impressionante capacidade para atacar mísseis, vão ser muito mais eficazes a atacar aviões.
E a única coisa que poderia tornar o F-35 mais eficaz seria a sua capacidade Stealth.
O problema é que isto depende dos sistemas de radar e das suas capacidades e qualidade.
Tudo leva a crer que os israelitas conseguiram atacar eficazmente o Irão, e não perderam nenhuma aeronave.
Mas a Força Aérea de Israel utilizou mais de uma centena de aeronaves e só possui 40 caças F-35.
Mesmo que tivesse utilizado todos os F-35, mesmo assim haveria 60 aviões F-16 e F-15 a participar no ataque.
Se a principal diferença entre F-16 e F-35 é a capacidade Stealth, porque diacho não perderam nenhum F-16 ?
5.500 milhões de Euros são uma quantidade muito grande de dinheiro, para uma arma que equipará uma força aérea que nunca entrou em combate com uma força aérea inimiga, e que nunca esteve em guerra com um país que tivesse força aérea.
Eu até nem sou contra a aquisição deste tipo de aeronave, mas antes, gostaria de ver as cidades e as ilhas protegidas com sistemas de defesa aérea, que como vemos na Ucrânia, são o que efectivamente não permite a nenhum dos lados garantir a superioridade aérea.
E gostaria também de ver o que vai a Dinamarca fazer depois das ameaças do balofo alaranjado, e se dos 1500 milhões que vai gastar adicionalmente para defender a Gronelandia, alguns vão ser para comprar F-35, ao país que indiretamente ameaçou tomar território dinamarquês.
Se alguém se lembra de mostrar ao alaranjado o discurso de Roosevelt em Dezembro de 1940 :https://youtu.be/LPwJIswbDk0?t=280
Então é que vamos mesmo precisar de pensar nos F-35...
Só que não nos nossos ...
