A conversa agora do estado dos F16 pode ser é um belo embuste.
Quanto a motores, o MLU para V carecia de os mudar. Então não estou a ver o problema se a questão for essa
Estive aqui a analisar o upgrade viper, e não vi que haja grande mudança de peso significativo do F-16AM para o F-16AM(V), e de fecto continuaria a ser bem mais leve que o block 70/72 novo de fabrica (sem espinha dorsal ou tanques conformais entre outros equipamentos). Logo salvo grande falta de peças e custos de manutenção do F100-PW-220E, não haveria razão para trocar de motor para o F100-PW-229 (embora fosse um bónus claro, a razão peso potencia seria fantástica). Mas que eu saiba o surplus do F100-PW-220E ainda é gigantesco pelo que a necessidade de troca de motor a meu ver não seria economicamente eficaz. Era espetar o radar SABR, mais pod's IR, novos jammers, contramedidas, AIM-120D, J-SOW, SDB's e estava feito.
Contudo, na minha opinião o que era mais eficaz operacionalmente e economicamente era fazer logo o salto para a 5ª geração, eventualmente com acordo de aluguer de um outro caça interinamente (algo que contratualmente nunca pudesse ser definitivo ou estavamos fdd's)
O problema com os motores não é o peso da nova versão, é a energia necessária para alimentar os sistemas da versão V.
Quanto às células PA I e II, apesar das II serem mais antigas que as I, têm atualmente praticamente a mesma carga de esforço todas, dado que as PA I estiveram sempre a voar desde 1994, enquanto as PA II estiveram paradas 10 a 15 anos.
O programa MLU começou pelas PA II, mas a certo ponto do programa priorizaram-se as PA I, tendo sido intercaladas e acabado o programa a finalizar as PA II.
Estruturalmente as PA I já vinham de fábrica com o reforço estrutural Falcon Star que proporciona uma vida útil de 8000 horas. As PA II receberam esses reforços com o programa MLU, pelo que estão todas para 8000 horas.
O upgrade V permite estender a vida útil das células até 12.000 horas, embora opcional.
Não tenho informação de problemas estruturais generalizados na frota portuguesa, o que não significa que não possa estar a ocorrer. A informação que tenho é de problemas pontuais, decorrentes do uso operacional e que normalmente são resolvidos na OGMA caso a caso.
Há algumas células que estão encostadas já há bastante tempo, mas do que sei nenhuma tem relação com problemas estruturais e/ou corrosão geral.
As células do dito PA III ( adquiridos ou modernizadas para reposição das vendas adicionais à Roménia) são da mesma geração das PA II - algumas pertenceram na verdade ao PA II, mas serão eventualmente as que mais potencial ainda possuem, dado terem sido "mothballed" com cerca de 3000 de voo e não voaram desde então (meados da década de 1990).
As PA I e II estão pelas 5000 em média. Há contudo a convicção de que as PA I são melhores, dado serem de construção mais recente.