Sector Energético Nacional

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Re: Sector Energético
« Responder #30 em: Abril 29, 2025, 09:04:22 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Ghidra

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Re: Sector Energético
« Responder #31 em: Abril 29, 2025, 10:40:52 am »

Só para relembrar de como chegámos a este ponto.
Eheh Portugal compra energia a Espanha pk é mais barata que produzir cá... Com as centrais a carvão cá era igual porque é mais caro comprar carvão e produzir energia que comprar essa mesma energia que está em excesso na Espanha... Portugal e Espanha são uma ilha energética e não tem com vender a sua produção pk não estão ligados na rede Europeia porque a França não quer logo isso faz com que os preços nalgumas horas sejam muito baixos... Claro que isso não é falado pk estraga a narrativa...
« Última modificação: Abril 29, 2025, 11:13:33 am por Ghidra »
 

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Re: Sector Energético Nacional
« Responder #32 em: Abril 29, 2025, 11:37:04 am »

Apagão Ibérico: Repsol avisou para “falha elétrica grave” há cinco dias

Cinco dias antes do apagão que paralisou parte das infraestruturas de Portugal e Espanha, a petrolífera espanhola Repsol já tinha reportado uma “falha elétrica grave” ocorrida na sua refinaria de Cartagena, no sudeste de Espanha. A revelação, feita pelo jornal El Mundo, indica que a empresa suspendeu entregas de combustível a partir daquela unidade industrial no dia 24 de abril, invocando “um corte inesperado devido a problemas técnicos com o fornecimento de energia”.

Na comunicação enviada a vários dos seus principais clientes — a que o El Mundo teve acesso — a Repsol descreve o incidente como “alheio à central” e acionou, com base nesse evento, uma cláusula de “força maior”, que permite suspender obrigações contratuais por motivos externos e imprevistos. Esta ocorrência levanta novas questões sobre a robustez da rede elétrica espanhola, especialmente perante a crescente interdependência com sistemas de geração renovável.

A carta da Repsol também faz referência a outro incidente detetado dois dias antes, a 22 de abril. Nessa data, registou-se um “excesso de tensão” que levou ao acionamento automático das proteções elétricas em duas estações da linha ferroviária de alta velocidade espanhola — concretamente entre Madrid (Chamartín) e as Astúrias (Pajares). Esse disparo automático dos sistemas de segurança interrompeu temporariamente a circulação ferroviária.

O episódio foi confirmado pelo ministro dos Transportes espanhol, Óscar Puente, que, através da rede social X (ex-Twitter), explicou que “a sinalização deve ser restaurada” e que “esperamos que o trânsito volte ao normal em breve”. A interrupção deu-se num momento em que Espanha exportava energia para os países vizinhos, incluindo Portugal, França e Marrocos.

Um gráfico divulgado pelo El Mundo, com base em dados de monitorização da rede elétrica, mostra que o pico de tensão registado coincidiu com o período de maior transferência de energia para os países interligados com a Península Ibérica. O caso reaviva o debate sobre a capacidade da rede ibérica em lidar com picos de produção e de exportação, especialmente em dias com elevado aproveitamento da energia solar.

Ainda segundo o jornal, a semana anterior ao apagão foi marcada por um “excesso de geração fotovoltaica”, sempre em faixas horárias semelhantes, com a produção a ultrapassar de forma reiterada a procura interna. A capacidade de resposta da infraestrutura elétrica ibérica — particularmente os sistemas de proteção e regulação — pode estar a ser colocada à prova pelo crescimento acelerado da geração renovável.

O apagão desta segunda-feira (28 de abril), cujas causas técnicas estão ainda a ser investigadas pelas entidades gestoras das redes elétrica e ferroviária, provocou falhas em serviços críticos, incluindo transportes, telecomunicações e fornecimento energético. Esta nova informação vinda da Repsol aponta para sinais prévios de instabilidade no sistema, ainda que não seja possível, para já, estabelecer uma relação direta entre os incidentes relatados nos dias anteriores e o colapso de energia verificado esta semana.


https://executivedigest.sapo.pt/noticias/apagao-iberico-repsol-avisou-para-falha-eletrica-grave-ha-cinco-dias/
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Re: Sector Energético Nacional
« Responder #33 em: Abril 29, 2025, 03:21:33 pm »
Quanto à avaria que aconteceu na rede eléctrica espanhola, ainda não se sabe exactamente o que se passou. Diz-se que durante 5 segundos a rede espanhola teve excedentes enormes de energia, já que estava a vender para Portugal, Marrocos e França, mas em poucos segundos vários geradores pararam de fornecer energia e a produção caíu a pique!......

Até aqui não se coloca o problema de termos mais ou menos energias renováveis em Portugal, até porque ontem toda a rede nacional foi levantada só com a produção de Portugal, que costuma ser sempre excedentário nesta altura!!!!
Mas o problema grave veio depois para a REN (que é privada), que foi fazer o Black Start! Ou arranque do zero!!!!!
Aí é que salta à vista os disparates feitos principalmente no reinado do Costa quando fecharam as centrais a carvão (à altura eram das mais avançadas da Europa! E também a gás). Aliás só sobreviveu a Tapada do Outeiro (a gás), era para encerrar em 2024 e afinal já disse hoje o Montenegro que vai funcionar até 2030!!!!!!
Porque estas alminhas já devem ter percebido ontem pela primeira vez na vida, que centrais disponíveis para fazer Black Start, só há a carvão, a gás, nucleares e as hídricas se tiverem albufeira para turbinar (felizmente não estamos em tempo de seca). Havendo falta de energia, não há nenhuma energia renovável que funcione sem rede, excepto as que enumerei!!!!

Os painéis solares, sem baterias ou alternativa ou a energia eólica, não consegue produzir 1 watt sem rede/energia da rede!!!!! Esta é a realidade!!!!!

Foi necessário ligar a Tapada do Outeiro até à potência máxima e todas as centrais hídricas disponíveis para arrancar com toda a rede nacional!!!!!!! Para além das centenas ou milhares de geradores eléctricos a diesel que ontem passearam pelo país, para levantarem e aguentarem toda a rede. Muitos dos geradores foram emprestados por empressas privadas, assim como aconteceu no meu concelho, em que as empresas industriais e de construção civil (principalmente), emprestaram os seus geradores para manterem a funcionar os lares, Bombeiros, e outros serviços críticos!

Também por esse motivo é que a vinda de energia foi mais rápida no norte e centro, porque é aí que se concentram as centrais produtoras que podem fazer o black start (arranque do zero sem necessidade de energia da rede)!!!!!!

Espero que se venha a aprender alguma coisa!
Para já parece que vão adicionar mais centrais hídricas ao black start, uma delas a do Alqueva!!!!!!! Como tem sempre uma enorme albufeira, vai ser usada para arrancar com a rede eléctrica mais depressa no próximo apagão!!!!
« Última modificação: Abril 29, 2025, 03:31:21 pm por Viajante »
 
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