Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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PereiraMarques

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Re: CAS
« Responder #585 em: Setembro 19, 2023, 09:21:27 pm »
Os nossos Alpha Jet já tinham muitas horas de voo na Luftwaffe. Acho que sem reforço estrutural não iam lá.
 

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Pescador

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Re: CAS
« Responder #586 em: Setembro 19, 2023, 09:34:34 pm »
A questão dos submarinos, mesmo havendo outras mais obscuras, creio que foi o facto de o modelo a concursos ser o 209 e, já durante  a fase, é vislumbrada a opção do 214, que teve de se chamar 209 PN por causa de estar fora do concurso e calar os franciús.
Também por isso os valores subiram pois obviamente o 214 é muito diferente do 209.

Mas sendo assim, no fundo ainda bem
 

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mafets

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Re: CAS
« Responder #587 em: Setembro 20, 2023, 02:58:01 pm »
Os nossos Alpha Jet já tinham muitas horas de voo na Luftwaffe. Acho que sem reforço estrutural não iam lá.

A Nigéria foi buscar vários A ao mercado civil. São usados em combate e vão ser modernizados pela SOFEMA.

Citar
In 2015, Nigeria ordered four additional aircraft from the United States; these aircraft had been de-militarized and prepared for civilian operations, however Nigeria had reportedly returned two of these to an unspecified armed configuration by early 2016.

https://en.wikipedia.org/wiki/Dassault/Dornier_Alpha_Jet

https://www.military.africa/2023/07/sofema-to-modernize-nigerias-venerable-alpha-jets/

A Top Aces comprou 25 unidades B aos Belgas.

https://airrecognition.com/index.php/news/defense-aviation-news/2020/july/6412-canadian-company-top-aces-buys-all-25-belgian-alpha-jets.html



Por incrível que pareça, os subs. em termos de luvas totalizaram por volta de 100 milhões. Os Nh90 com o fim do contrato custaram 120 milenas.

https://visao.pt/atualidade/politica/2015-01-13-os-milhoes-que-voaramf806357/ 

Citar
Portugal já gastou mais de 120 milhões com helicópteros que nunca receberá. Saiba tudo sobre este tema e conheça a história com 24 anos atribulados

Saudações
« Última modificação: Setembro 20, 2023, 03:25:57 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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dc

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Re: CAS
« Responder #588 em: Setembro 20, 2023, 03:39:42 pm »
Ou então tínhamos feito como os espanhóis, que em vez de gastar 200 milhões em 12 aeronaves para "CAS", pegaram nesses 200/220 milhões, e compraram o dobro dos PC-21. E como nós nem sequer precisamos do dobro, bastando 12 aeronaves pelos vistos, conseguia-se substituir os Alpha Jet por uma verba entre os 120-160 milhões. A diferença de valores neste caso podia ser usada noutros programas onde faz falta.

Mas é isto que acontece quando se atira pela janela qualquer racionalidade, e se inventa um critério (CAS) para tentar justificar a compra de um meio que é mais caro que a concorrência, e cuja vertente diferenciadora (CAS) pode ser feita por outros meios que já é previsível adquirir (helicópteros).
 
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Pescador

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Re: CAS
« Responder #589 em: Setembro 20, 2023, 03:55:52 pm »
Sinto falta dos vendedores da embraer aqui.  c56x1
 
 

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #590 em: Setembro 20, 2023, 05:55:47 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Drecas

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Re: CAS
« Responder #591 em: Setembro 20, 2023, 06:31:11 pm »
Bom é sem dúvida um avião muito melhor, mas tenho ideia de já ter acabado a linha de produção
 

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Red Baron

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Re: CAS
« Responder #592 em: Setembro 20, 2023, 07:38:07 pm »
Os nossos Alpha Jet já tinham muitas horas de voo na Luftwaffe. Acho que sem reforço estrutural não iam lá.

E tínhamos grande dificuldade em encontrar peças para os motores. O custo de hora de voo era demasiado.
 
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dc

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Re: CAS
« Responder #593 em: Setembro 21, 2023, 01:44:26 am »
Por falar em CAS... respirem fundo antes de começarem a ler.

 :arrow: https://www.thedrive.com/the-war-zone/a-10-pilots-compelling-case-for-replacing-warthogs-with-super-hornets

De notar que cada vez mais a missão FAC(A), será desempenhada por drones de vários tipos. Francamente não me parece prático, contra um adversário minimamente bem equipado com MANPADS, ter um caça tripulado, monolugar, a fazer essa missão. Até deve ser mais fácil ter alguém numa secretária, com um monitor de alta definição, e que não tem que se preocupar se está debaixo de fogo, a passar essas informações (provenientes de um drone) para as aeronaves de combate (e também para a artilharia) que é suposto atacar posições em terra.

Concordo que é preciso manter o know-how, mas nem é preciso irem tão longe ao ponto de adquirirem um caça novo. Podiam muito bem modernizar uma centena/centena e meia de A-10, para os tornar mais capazes no ataque a alvos de superfície (nomeadamente marítimos), e assim dar-lhes um novo tipo de missão, mantendo-os relevantes até num conflito contra a China (onde terão milhares de pequenas embarcações com que lidar), sem que percam a capacidade original para CAS.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #594 em: Setembro 21, 2023, 09:29:08 am »
Bom é sem dúvida um avião muito melhor, mas tenho ideia de já ter acabado a linha de produção

 :arrow: https://www.defensenews.com/naval/2023/02/23/boeing-will-close-super-hornet-production-line-in-2025/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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mafets

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dc

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Re: CAS
« Responder #596 em: Setembro 21, 2023, 02:28:34 pm »
Citar
O primeiro papel do FAC é conhecer a situação em terra em detalhe, incluindo a intenção do comandante em terra e os objetivos no dia. Tem que identificar alvo para evitar fratricídio e civis. O trabalho do FAC(A) é difícil tendo que julgar dados de vários fontes, usar mapas na cabina, usar recursos táticos, manter a consciência da situação, voar a aeronave, tudo isso com muita demanda. Antes de decolar o FAC(A) estuda a área do alvo, as aeronaves que irá controlar e armas disponíveis.

E a mim parece-me que essa missão irá ser absorvida pelos drones. Já o vemos na Ucrânia, drones de vigilância a observar o alvo enquanto um drone kamikaze ou artilharia ou o que seja ataca o dito alvo. Também vemos drones diversos a fazer o "damage assessment", reconhecimento diurno e noturno, etc. O risco é mínimo, e permite que esta capacidade exista, sem estar dependente de uma pista nas proximidades (para operar a aeronave tripulada para FAC(A)), podendo os drones ser lançados a uma distância relativamente curta da linha da frente.

Em Portugal, o AR3 talvez fosse o drone português mais adequado para esta função.

Quanto à substituição dos A-10 por Super Hornet, como proposto no artigo, porque não o Strike Eagle? O F-15E deverá perder missões, com a entrada ao serviço do F-35, não me surpreendia que a USAF eventualmente começasse a dar baixa de parte da frota.

Apesar de ainda achar que, se a ideia é manter o know-how até haver um substituto dedicado, a solução passaria por modernizar e manter parte dos A-10C (A-10E depois de modernizados  :mrgreen:), melhorar a sua capacidade ar-superfície para ter uso no Pacífico. Algo a rondar as 100 aeronaves, não deverá sair muito caro (para eles), e toda a gente fica contente.
 

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mafets

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Re: CAS
« Responder #597 em: Setembro 21, 2023, 03:12:02 pm »
Os Drones já tinham sido usados no kosovo, com algumas questões a corrigir: http://sistemasdearmas.com.br/ca/fac07kosovo.html

Citar
Os UAV Predator voavam mais baixo que as aeronaves e os operadores chamavam os A-10 para coordenar os ataques aos alvos detectados. A atuação com o Predator mostrou que os operadores tinham dificuldade de descrever o alvo para os outros os caças. As imagens dos sensores de TV ou IIR era estreito e muito mais difícil para ter um visão geral como a dos pilotos. O conflito mostrou que os operadores têm que ter experiência de FAC(A) para operar o UAV. Por exemplo, um operador cita um carro de combate perto de uma floresta perto de uma estrada por ser a única coisa que vê. Já um FAC(A) veria varias florestas e estradas. A instalação de um designador laser no Predator facilitou e os FAC(A) podiam ver a indicação do alvo com o laser no HUD apoiado pelo Pave Penny.

Inicialmente os pilotos achavam que alguns alvos foram passados por Forças Especiais em terra ou tropas do KLA com rádio de satélite pois foram mandados atacar por ABCCC e não respeitavam as regras de engajamento como prédio com ônibus branco perto, ou prédios onde foi dito ter vários blindados. Depois descobriram que era o Predator passando coordenadas e com as imagens sendo vistas pelo CAOC.

O Predator podia enviar as imagens direto para o CAOC na Itália. O ABCCC tentava enviar só os FAC(A) para destruir os alvos como carros de combate. Os operadores dos Predator não conseguem fazer "talk-on" devido ao pequeno campo de visão e precisava passar a coordenada exata do alvo. Em uma ocasião um Predator encontrou um lançador de mísseis SA-6 e chamou os A-10. O A-10 lançou foguetes para servir de referência para passar a posição e destruir o alvo.

Os UAV franceses estavam disponíveis e os FAC(A) não sabiam. Tinham capacidade de passar imagem em tempo real com imagem infravermelha e eletro-ótica com os CL-289 e Crecerelle que voavam a noite. Os franceses sabiam as posições completas dos sérvios, mas os dados eram enviados para os serviços de inteligência francesas apenas e não eram disseminados para a OTAN.

Quatro drones franceses, um americano e três alemães foram derrubados até o dia 27 de maio em Kosovo. Apenas o USMC perdeu seis UAV Hunter incluindo alguns que atingiram montanhas e dois confirmados como derrubados pela defesa aérea. Os UAV detectavam alvos e chamavam os FAC(A) para controlar os ataques.

A melhor fonte de aquisição de alvos ainda foi os olhos dos FAC(A) ajudados por binóculo ou 80% dos alvos detectados. Depois podiam chamar o F-14 com o casulo LTS que tinha boa resolução e para fazer reconhecimento da área. Era o método primário de detecção e identificação e a inteligência de outros meios não ajudava muito devido a falta de organização. O próprio pessoal do CAOC o apelidou de "caos". As instalações não estavam preparadas para a gigantesca demanda de imagens táticas de que os pilotos necessitavam. A construção de uma célula de seleção flexível de alvos no CAOC melhorou um pouco a situação.


Não percebo muito bem a vinda do Super Hornet para a USAF, quando o F16 foi usado desde o Golfo como Fast FAC. 

Citar
F-16 FAC(A)

Mais dois esquadrões de F-16CG operando em Aviano e dois esquadrões de F-14B/D do USS Theodore Roosevelt também fizeram FAC(A). Estas aeronaves usavam casulos LANTIRN para indicar alvos. Durante a Guerra do Golfo a USAF voltou a usar os Fast FAC quando os F-16CG do 4th Tactical Fighter Squadron iniciaram as missões "killer scout". Tiveram pouco treino formal em FAC(A) mas operaram com sucesso mostrando que o F-16 podia ser usado para FAC(A).

A experiência dos F-16 com FAC(A) na região iniciou bem antes. Os esquadrões de caça 510 e 555 voaram FAC(A) na Bósnia em 1995 com apoio dos casulos LANTIRN. Graças a tecnologia um esquadrão com FAC(A) podia reagir mais rápido para missões contra alvos críticos em relação ao tempo (Time Critical Target).

Em fevereiro de 1995, 17 pilotos de F-16 foram para o Arizona para serem qualificados como FAC(A) junto com os OA-10. Os primeiros eram instrutores experientes e alguns eram graduados na Escola de Armas de Caças (FWS). Todos eram voluntários.

Os instrutores dos OA-10 acharam engraçado a idéia de fazer FAC(A) a média altitude com uma aeronave rápida e em uma cabine apertada como a do F-16, mas FAC(A) é uma missão e não uma aeronave específica. O trabalho iniciou com 17 horas de aulas teóricas. Tiveram apenas que modificar o treinamento com foguetes. Primeiro treinaram nos F-16D biposto com o instrutor do OA-10 no banco de trás. Os instrutores acharam difícil manter o alvo a vista, com menor tempo de espera e espaço na cabine insuficiente para colocar tudo necessário.

Os pilotos tiveram que aproveitar as capacidades do F-16 como melhores aviônicos e a disponibilidade do LANTIRN. O F-16 podia desacelerar e acelerar rápido e tem potência até para subir na vertical. Voar alto e rápido era a melhor proteção. Voavam a 400 nós abaixo de 10 mil pés e 350 nós acima. Era uma velocidade adequada para reação defensiva e contramedidas e ainda era lento o suficiente para localizar e identificar alvos.

O LANTIRN permitia ver alvos do alto e o GPS ajudava a determinar as coordenadas exatas. O radar também era útil. Um FAC(A) tem que encontrar alvos e o OA-10 só tinha os olhos. Os F-16 encontravam instantaneamente com boa consciência da situação. Com os pilotos ficando experientes em FAC(A) passaram a usar menos o pós-combustor e economizam combustível para aumentar a autonomia.

Os tripulantes tiveram que se organizar para usar bem o pouco espaço na cabine. Os mapas diminuíram de tamanho para diminuir a quantidade de papel. O mais difícil foi achar um local para guardar o binóculos e tiveram que remover o descanso do pulso direito. Usavam muito velcro e até no HUD para guardar as fichas de checagem. Os FAC(A) usam muitas anotações e geralmente escrevem no canopy. Isso era proibido no F-16 e tiveram que levar mais pranchas nas coxas. Fizeram a mesma missão dos OA-10, mas de forma diferente. Com o tempo os instrutores passaram a ser pilotos de F-16 qualificados como FAC(A). Ensinar também faz aprender mais e melhorou ainda mais o desempenho.

No caso do Kosovo, os OA10C nem chegaram a um dúzia (salvo erro eram 15). Mesmo tosco e a  voar missões de risco, não se perdeu nenhum e 2 foram atingidos.

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Re: CAS
« Responder #598 em: Setembro 21, 2023, 05:05:25 pm »
Atenção que nos States nem sempre o melhor avião fica ao serviço. Há muita concorrência entree Estados com fábricas para continuar a produção de X, Y ou Z. Depende tbm muito do peso político dos congressistas e senadores.
 

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mafets

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Re: CAS
« Responder #599 em: Outubro 04, 2023, 11:15:14 am »
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