https://aeroin.net/ex-oficial-da-cia-acredita-que-cacas-f-16-da-ucrania-nao-vao-durar-dois-dias-na-guerra-contra-a-russia/?amp
A questão nem seria o suposto funcionário da CIA falar sobre um assunto que nada tem a ver com a CIA.
A CIA não é uma agência militar.
A questão é o canal em que foram publicadas as supostas declarações:
https://www.youtube.com/@dialogueworks01É um dos muitos canais pro-russos pagos para difundir propaganda russa nos Estados Unidos.
O site brasileiro que publica a suposta notícia, não faz nenhuma referência ao facto.
Estamos continuamente a encontrar noticias deste tipo, e na maior parte das vezes caimos.
Entre os destaques deste canal, estão os comentários do já famoso pedófilo americano Scott Ritter.

A menina está sempre a aparecer

Para lá da propaganda pro-russa que corre a jorros na América, no intuito de justificar o bloqueio da ajuda à Ucrânia, sabemos agora que o speaker (ou o presidente do congresso de deputados) da camara baixa americana, foi subsidiado por dinheiro russo ...
https://www.newsweek.com/who-konstantin-nikolaev-money-mike-johnson-1870600
Mas voltando à vaca fria:Ninguém que entenda minimamente como funcionam as coisas num ambiente de guerra, vai pensar que os aviões F-16 vão resolver o problema da Ucrânia.
Não vão, nem poderiam resolver, mas não por serem antiquados.
Os F-16 MLU que a Ucrânia vai receber, não são exactamente último tipo,, mas estão pelo menos a par com o que os russos possuem de melhor.
Nada a apontar por aí.
O problema é outroDesde a década de 1980, que os soviéticos assumiram desde o primeiro momento que teriam a vida muito dificil no mar, onde os submarinos seriam a única coisa que a URSS poderia manter durante a primeira fase (1ª semana) da guerra quente e que a guerra no ar estaria perdida desde o inicio.
Ou seja, os russos sempre assumiram que os seus aviões seriam varridos dos ares porque a aviação soviética não tinha qualquer capacidade de se bater de igual para igual com a aviação da NATO.
Tendo isto em consideração, os russos assumiram que a única forma de reduzir a superioridade aérea dos ocidentais, era desenvolver uma fortíssima capacidade de defesa antiaérea, composta por vários níveis e que permitiria garantir que pontos estratégicos russos não seriam colocados fora de combate pela aviação.
No tempo de Putin, a diferença entre as forças aéreas ocidentais e russa atingiu um ponto tal, em que até o Putin reconheceu isso em conversas privadas com o presidente da França Emanuel Macron.
O que se manteve, foi o investimento russo na capacidade antiaérea.
Os F-16 da Ucrânia. vão ter os mesmos problemas que os F-16 de qualquer país da NATO teria numa eventual guerra com a Russia. E esse problema é uma defesa antiaérea cerrada e extraordináriamente densa.
Os russos possuem milhares de mísseis antiaéreos (dos sistemas S200 e S300) e possuem tantos, que até têm mais que os suficientes para fazerem modificações para os transformarem em mísseis de ataque ao solo, ainda que muito imprecisos.
A má notícia para os russos, é que no ocidente, e especialmente na Ucrânia, eles sabem com o que contam.