Quando se espera um ataque por parte do inimigo, é normal dispor de reservas moveis.
Reservas moveis pesadas, são a melhor forma de opor um avanço ucraniano.
Especialistas militares britânicos afirmam que a Ucrânia formou três brigadas blindadas, seis brigadas mecanizadas e ainda cinco brigadas motorizadas, que poderão servir como reserva.
Estas forças podem abrir uma brecha de 50km em qualquer ponto da frente. O problema, é quantos quilometros poderiam avançar.
É cada vez mais óbvio que o avanço mais lógico é para sul, e é aparentemente aí que os russos colocaram o grosso das suas tropas, para resistir a um ataque ucraniano.
Bakhmut é apenas uma diversão. Ainda agora, o anuncio da retirada de tropas e a sua substituição (uma operação de grande complexidade) é dificil de entender.
Esse Prigozhin não pode ser assim tão estúpido. Por isso se levantam dúvidas sobre qual é a sua verdadeira função nesta história.
Os ucranianos têm de atingir o mar de Azov. Se o fizerem, depois é só desabilitar a ponte de Kerch de forma mais definitiva. A Crimeia ficará isolada.
Mas ou os ucranianos denvolvem uma forma qualquer de enganar os russos, ou as perdas poderão ser incomportáveis.
Aqui há quatro ou cinco meses, havia analistas britânicos a afirmar que não viam como é que a Ucrânia poderia resistir à ofensiva russa de inverno. Depois não entendiam como é que os ucranianos poderiam resistir à ofensiva russa da primavera [1].
Agora discute-se se os ucranianos terão capacidade para romper as linhas russas ao mesmo tempo que controlam as perdas de homens e material.
Os russos foram obrigados a enviar forças para Belgorod depois das incursões de rebeldes russos apoiados pela Ucrânia. Pelo menos uma brigada foi deslocada, ainda que isso não seja significativo.
Serão necessárias mais algumas operações deste tipo, com combates e escaramuças, para tentar confirmar no terreno, o que a espionagem electronica e os drones conseguem identificar.
[1] - Tudo baseado nos fatos indiscutiveis de que a Russia está a produzir 125 tanques por mês ...
As estimativas mais realistas dizem que poderá recuperar vinte carros de combate T-72 por mês, no máximo, e mesmo assim com recurso a sistemas desenhados há 20 ou 30 anos.