Mais uma vez sei que muitos não vão gostar, mas se é para ajudarem a Ucrânia com meios aéreos, porque não lhes dão F35's???
Nestas coisas não há “gostos” há apenas argumentos válidos, ou muito válidos ou inválidos. As opiniões, são sempre bem vindas e delas nascem novas ideias.
Como todos sabemos, existe uma grande diferença entre os meios russos / ucranianos e os meios ocidentais.
Normalmente, estes últimos são mais sofisticados, mais caros e tecnologicamente mais complexos e avançados.
Os pilotos ucranianos, já voaram, que eu me lembro de notícias de vários meios de comunicação:
F-16 - Typhoon - F-15 - F-18 - Grippen
Mas terem voado estes meios, não implica que estejam em condições de os utilizar num teatro de conflito, fazendo uso de todas as suas características.
O problema dos F-16 mais recentes (e a Ucrânia pretende aeronaves ao nível dos F-16 AM/BM ou F-16C/D é que possuem uma miriade de sistemas que, para que o avião faça mesmo a diferença, precisam ser utilizados, e muitas vezes conjuntamente com outros meios.
Isto é de uma complexidade enorme.
Podem ser precisas algumas horas para ambientar um piloto de um MiG-29 a um F-16. Voar o avião, não é exatamente a coisa mais dificil.
É o suficiente para ele entender que o F-16 não lhe permite fazer a celebre cobra de Pugachev, principalmente porque não vai servir de nada num avião que é suposto abater o inimigo sem o ver.
Aliás, a «cobra de Pugachev» alegadamente será coisa apenas para pilotos de topo, porque se for realizada por pilotos com poucas horas de voo, é normalmente caminho direto para o chão.
Depois são precisas mais uma ou duas semanas, para utilizar os F-16 como bombardeiros básicos e como plataforma para o lançamento de meios como as JDAM.
Depois são precisas ainda mais horas de voo, para utilizar os sistemas de ataque em combate ar-ar, o que implica uma familiaridade com vários sistemas, ao mesmo tempo.
O cérebro tem que se habituar a que um sinal determinado, do radar, pode implicar uma qualquer situação tática ou posição por parte do inimigo.
Isto precisa de meses para se conseguir atingir.
Não é verdade que se tenham inventado prazos diferentes para treino dos pilotos ucranianos.
Quem disse isso, faz provavelmente referencia a coisas diferentes, sistemas diferente e armamentos diferentes.
Quanto aos caças F-35 os números de aviões disponíveis é minimo. Todas as forças aéreas cortaram, nos números e países como Portugal, dificilmente operarão uma duzia de aviões do tipo.
Além de que, a utilização destes meios implica adaptações e a utilização de sistemas de armas e radares ainda mais sofisticados, o que tornaria a adaptação inviável.
Lume brandoQuanto à razão para fornecer novos equipamentos a conta gotas, creio que todos sabemos que os países livres, optaram pela opção de fritar a Rússia em lume brando.
Fornecer as coisas lentamente, lembrando os russos de que há muito mais para fornecer se for necessário, para dar a entender a Putin e aos que o rodeiam, que esta guerra não tem futuro para a Rússia.
Ao mesmo tempo, os fornecimentos em pequenos avanços em termos de capacidades dos equipamentos, permitem neste momento aos países livres ter argumentos para lembrar a Rússia das consequências das suas ações...
Muito se fala, que os ucranianos estão a combater com as mãos atrás das costas, porque os russos podem atacar a Ucrânia, mas a Ucrânia não pode responder com as armas ocidentais.
Alegadamente, um dos avisos que os russos receberam, foi o de que no dia em que atacarem a Ucrânia com uma arma atómica, esse será o dia em que a proibição de utilizar as armas ocidentais fora da Ucrânia acaba.Só de mísseis Stormshadow, considerando que a Grã Bretanha está a iniciar a produção de um sistema mais avançado, poderão ser disponibilizados quase 1000. Sim, um milhar de mísseis (a acreditar nos comentários que se escutam dos analistas militares do The Telegraph, que estão normalmente bem informados).
Esta foi a opção escolhida, para negociar a questão, e ao mesmo tempo justificar os fornecimentos às opiniões públicas. Paises como a Alemanha, têm muita gente que ainda se lembra da RDA e da aliança com os russos. Os franceses têm uma parte da população com especial apreciação pela cultura russa. Em países como Portugal e a Grécia, partidos politicos são indiretamente controlados pelos russos.
As democracias têm que se proteger, o fornecimento gradual, é também um forma de o fazer.
E parece ser o correto...
O Zelenski foi falar diretamente com os árabes. O Bashar tira-olhos (pratica que tem desde pequeno, a de vazar os olhos dos opositores politicos antes de eles se suicidarem com dois tiros na nuca) estava lá, mas isso não tem a mais pequena relevância.
Foi falar como o Modi da India, que agora foi avisado que as empresas indianas vão passar a ser vistoriadas e proibidas de vender petróleo refinado para a Europa, e ao mesmo tempo, deu uma excelente bofetada na cara do comuna brasileiro, que com todo o lixo que tem produzido, só tem o que merece por estar a enterrar a credibilidade internacional do Brasil.
Zelenski nunca teria ído à conferência do G7, se aqueles países não estivessem absolutamente determinados.
Na Ásia central, o lento continuar da guerra, levou a que pela primeira vez, os países da antiga URSS na região, se tenham reunido com a China, sem a presença da Russia.
Provavelmente mais que a presença do Zelensky no G7, foi a cimeira da Ásia central, sem a participação de Putin ou de um seu representante.
Perante todas estas notícias, os russos reclamam o avanço de 200m no resto de um bairro de Bakhmut, reclamando a sua conquista, como se de uma fortaleza medieval se tratasse ...
Muita gente gostaria que isto se resolvesse à pressa, a bruta, e à russa...
Mas não vai ser assim.