Entretanto, uma pequena reflexão sobre a fuga de informação que terá sido passada para uma conta do Telegram, as dúvidas avolumam-se.
Poderá estar aqui um dos truques de uma eventual ofensiva...
A primeira questão que me coloco, é a seguinte :
Se o nosso lado numa guerra, consegue decifrar e obter informações sobre o inimigo e as suas movimentações, a primeira coisa a fazer, é garantir que o outro lado não sabe que nós temos essa informação.
O objetivo será beneficiar da vantagem obtida, não informar o inimigo, mas desenvolver ações no sentido de garantir que as suas ofensivas vão ter oposição, ao mesmo tempo que, conhecendo as intenções do inimigo, desenvolvemos esforços para o atacar onde ele ficou mais vulnerável.
No atual caso, ao que indica, os russos conseguem informação e a primeira coisa que fazem é colocar a informação na internet.
Isto não bate certo.
Alguém está a lançar uma carta valiosa para tentar apanhar um Ás.
Os russos fortificaram várias áreas da frente.
As fortificações russas não são as melhores, mas ainda assim fortificações. A mais estranha de todas é a fortificação de uma área de costa de vários quilometros de praia, receando um desembarque por parte de um país que não tem marinha.
Qualquer vantagem ucraniana, só vai ser atingida com um elevado grau de decepção. Tentar enganar o outro lado, até não ser mais possível.
Os russos fizeram isso com sucesso em Fevereiro de 2022, quando conseguiram enganar os ucranianos, que só entenderam o perigo de um ataque direto contra Kiev, menos de 24 horas antes do ataque começar.
Agora no entanto, a guerra já começou e toda a gente está à espera que o outro lado desenvolva operações de diversão.
O problema nestes casos ( e sempre ) é saber qual das manobras de diversão, é na realidade o verdadeiro ataque.
Até na Normandia em 1944, Hitler achava que o ataque não passava de uma manobra de diversão...
Pagou caro.