A possível chegada dos Leopard 2 pode representar um novo capítulo na guerra. Em vários aspectos não é muito melhor que os T-80 ou T-72 (caso da mobilidade) mas em termos de aquisição de alvo e controlo de tiro está um nível acima da tecnologia russa. Podem ter enorme sucesso numa ofensiva em terreno aberto.
Muito sinceramente não estou a ver como é que a introdução de umas quantas dezenas de Leopard-2 no terreno vai fazer grande efeito neste conflito.
Esta guerra é uma guerra de numeros como todos percebemos já.A Russia fascista tem a vantagem dos números em termos humanos, já que tem três vezes e meia mais população que a Ucrânia e material em deposito, que é de má qualidade, mas é em quantidade.
O problema para o regime russo é que a Ucrânia tem a vantagem de ter como aliados os países mais ricos do mundo, e recursos financeiros maiores...
As forças aéreas neste conflito praticamente não existem. A Força Aérea Russa foi praticamente neutralizada e a ucraniana não existia ainda antes do conflito, quanto mais agora.
Isto decorre da profusa utilização de mísseis anti-aéreos cada vez mais precisos.
Nesta guerra passou a ser normal ouvir dizer que a artilharia anti-aérea destruiu a maior parte dos mísseis, mas em guerras anteriores a defesa contra mísseis era praticamente inexistente.
Em terra, os mísseis anti-carro parecem ter feito qualquer coisa parecida e não são apenas os ucranianos que os possuem.
A inferioridade técnica dos meios russos, é gritante (e os próprios russos sabiam disso antes da guerra), o problema é que são necessários números para organizar ofensivas com pés e cabeça.
No máximo, e na melhor das hipóteses, talvez a Ucrânia conseguisse organizar duas ou três brigadas blindadas ou seu equivalente (dependendo da configuração/organização por que optassem) e isto não me parece suficiente para fazer grandes operações ofensivas contra território controlado pelos russos.
As forças fascistas de Putin têm que ser desgastadas. O tempo não funciona a favor de Putin. Os mortos não falam e por isso (ao contrário do que muita gente pensa) não é o numero de mortos que vai afetar a moral russa.
O que vai afetar a moral russa, é quando os manetas, pernetas, as pessoas feridas e os estropiados sairem dos hospitais e começaram a ir para as ruas.
Ninguém vai ter coragem para os calar. Nem o mais fanático nazi russo, tem coragem para criticar um homem ferido na guerra que ele próprio defende.
A Ucrania, sabe que está em guerra. Na Ucrânia isto também acontece, também há estropiados, mas os ucranianos sabem e têm consciência de que se pararem de lutar, o pais morre.
A Ucrânia luta pela sobrevivência do seu país, a Russia luta pela sobrevivência fisica do ditador fascista Putin.Mas no mundo do dia a dia, os russos - a maioria da população amorfa e estupidificada pela propaganda fascista - ainda vivem na ilusão de que não há uma guerra, há apenas uma operação militar que está a demorar um pouco mais.
A força titânica da censura e a gigantesca fábrica russa de criação de mentiras (de que vemos profusa prova neste fórum), vão continuar a aguentar a situação por algum tempo...
. . . depois, não sabemos.
Os nazistas na Alemanha diziam à população que toda a gente seria violada torturada e morta pelos aliados. Grande parte da Alemanha continuou a lutar por causa da propaganda de Goebbels.
A propaganda da Russia fascista, segue mais ou menos o mesmo caminho, ao dizer que todos os russos vão para o tribunal internacional, responder por crimes de guerra.
Também na Alemanha nazi, havia uma espécie de exército privado, o exército das SS de Himmler.
A Wermacht detestava as SS e as Waffen SS, e no fim, no estertor final, o chefe das SS, traiu Hitler e apresentou-se como negociador.
Putin sabe perfeitamente que está a calçar os mesmos sapatos de Hitler.
E sabe quais são as consequências de dar demasiado poder a alguns intervenientes.
A conclusão, é a de que não parece, em face das capacidades de cada lado, que a Russia ou a Ucrânia tenham capacidade para grandes avanços.
Capacidades existem sempre. O problema é que os meios do outro lado são suficientes para, direta ou indiretamente amortecerem as consequências de uma qualquer ofensiva de qualquer dos lados.