1- A marinha não tentou convencer ninguém de nada.
Quem definiu as características da PNM fez-o mantendo-se dentro dos parametros do PRR e ao mesmo tempo criando algo que serve de protótipo para o "navio combatente do futuro" que o G&M definiu no seu tratado sobre a Marinheca (gostam?) do futuro.
Quém diria que a CE ia aprovar?
2- Quanto a Camcopters com mini-mísseis...
Eu diria antes TEKEVERs "grandes" a fazer loiter a 100 km da PNM, equipados com radares SAR a dirigirem mísseis lançados de drones de superfície que estão a 50km da Platafor... desculpem... futura fragata.
Cumps.
Tentou, e não é caso único por cá. Temos o caso dos NPO com complexidade de fragata, do campo de golfe servir para treinar uma nova modalidade, as BD modernizadas serem fragatas de alta intensidade... até na FAP, o KC-390 ser uma aeronave de transporte estratégico, ou numa perspectiva mais generalizada, Portugal estar preparado para um eventual conflito. O que não faltam são tentativas de convencer as pessoas, seja terceiros, seja os próprios.
Quando à aprovação do projecto, foi aprovado pura e simplesmente na medida em que é um navio civil, que responde a determinados parâmetros. O resto é resto, e até qualquer derrape financeiro, devemos ser nós a pagar.
Já o navio ser um protótipo do futuro navio combatente, não faz qualquer sentido. O desafio para se fazer um navio porta-drones, não é o navio, são os drones mesmo e a capacidade de coordenar a sua operação. Navios com essa capacidade já existem, um qualquer LHD (como o Anadolu turco) já apresentam as características necessárias para tal. O nosso "protótipo" apenas tentará reinventar a roda, sem razão nenhuma.
Acho que ganhavam muito mais em aceitar o navio como uma plataforma hidrográfica e que potencia o teste/uso de drones, e a operação de helicópteros (nomeadamente para abastecimento no mar), e deixar a parte da "guerra", para aquilo que já está testado e comprovado. Se o futuro (e presente) da guerra se faz com drones, não tenho a mínima dúvida, mas certamente não será com meios civis (tanto o navio em questão, como os UAVs que possuímos/planeamos ter).
Querem UAVs militares, baratos, armados e VTOL? Camcopter S100, que pode ser usado em praticamente qualquer navio com um convés de voo, multiplicando o número de "navios porta-drones" na Marinha. Esqueçam os actuais drones, que são meramente civis e desarmados, esqueçam o "Tekever grande", que uma coisa é a Tekever fazer um UAV de 1 tonelada, outra é esse UAV estar desde logo armado e em simultâneo poder operar a partir de um navio (volto a lembrar, os turcos vão usar um navio de 200 metros como porta-drones.)
Quando a esta ideia:
2- Quanto a Camcopters com mini-mísseis...
Eu diria antes TEKEVERs "grandes" a fazer loiter a 100 km da PNM, equipados com radares SAR a dirigirem mísseis lançados de drones de superfície que estão a 50km da Platafor... desculpem... futura fragata.
Isso tudo, para atacar o quê ao certo? Uma pequena lancha? Um navio de guerra? Alvos em terra?
Em qualquer dos casos, existem melhores respostas para todas essas ameaças, que não necessitam de um UAV desarmado a fazer loitering numa determinada área, completamente à mercê de aeronaves/baterias AA inimigas, e que não dependem de um USV armado com mísseis (que tipo de mísseis?), que a 30 nós, demorava quase 1 hora a colocar-se em posição (a 50km do navio mãe). Essa kill chain tem demasiadas falhas para ser eficaz.
Depois da GNR ter dado o exemplo ao usar verbas comunitárias para comprar uma fragata, agora é a vez da Marinha.
Uma fragata? Falta de noção mesmo.
