É preciso mesmo responder? Como se já não conhecesses a resposta... 
E atenção que anda por aí a correr o rumor de que o Governo estará mortinho por enviar todos os CCs para a Ucrânia, ficando-se todavia sem perceber se se referem aos que se encontram operacionais ou ao conjunto dos 36/37.
Pois, era bom que as coisas mudassem, mas nem isso.

Nós brincamos com as cedências, mas a nossa safa é ainda não ter havido luz verde para o envio de caças ocidentais, nomeadamente F-16. Não tenho a mínima dúvida que, caso isso acontecesse, o Governo atirava-se logo para cima deles com metade dos nossos F-16, e ainda tínhamos de enfiar o barrete para mais ST.
Ontem esteve o General José Luíz Pinto Ramalho na SIC Notícias. O jornalista (salvo erro Rodrigo Pratas) perguntou-lhe se devíamos ceder os nossos Leopard 2 à Ucrãnia e o General respondeu com um redondo não!
O jornalista perguntou logo porquê se não estamos em guerra 
O Sr General devia ter respondido que sim, desde que viessem novos carros para os substituír (mesmo que viessem mais tarde), mas que se não houvesse a garantia do governo de subsituír os carros de combate então nem pensar em enviar nenhum!
E aproveitava para explicar ao senhor jornalista que o material militar normalmente não existe numa prateleira, normalmente demora anos até fornecer, certificar e ser recebido pelo cliente. E até aproveitava para dizer o estado actual, sem receios.
Quando vêm com aquele argumento do tipo "mas não estamos em guerra", é só apontar o dedo para o que está a acontecer à Ucrânia, que só não perdeu logo no início, porque andou anos a investir na Defesa precisamente para o caso de um dia enfrentar a Rússia.
A Defesa do país assegura-se antes da guerra, não depois desta acontecer.
Também acompanhei a sua intervenção, e está completamente certo.
Poderá haver duas vertentes, ou mais tarde são repostos, ou um acordo a nível europeu para aquisição futura do novo kf51 numa visão da nova segurança europeia.
Eu não acredito em nenhum dos dois, até porque, ao contrário de outros países, que perguntam sempre o que pode ser dado para compensar desfazerem-se do equipamento doado, por aqui doa-se e não se pede nem negoceia nada.
Se ao menos dissessem que a redução do nº de Carros de Combate era temporária, e que íamos entrar no programa dos KF-51, para produzir qualquer coisa cá (e até para realizar testes em Alcochete), ainda vá. Mas ninguém está a ver passarmos de um país que compra sempre CCs em segunda-mão, para um que compra CCs novinhos em folha.
Já era uma sorte esta cedência (parcial ou total) da frota de Leopard, nos trouxesse mais tarde novos CCs para compensar, fossem eles Abrams dos stocks americanos, Leo 2A7 novos...