Em resposta a vários posts de foristas diferentes:
Barlavento: obrigado pelo insight, mas julgo que se a Espanha acabou de se juntar oficialmente ao projeto, dificilmente a Marinha não as irá receber... e como diz o dc, são para substituir as Descubierta, portanto não há competição com as Bonifaz.
LM: O financiamento da UE, através do programa PESCO, é para subsidiar os custos de desenvolvimento, não de produção... claro que não tendo as empresas que recuperar estes custos, o custo final refletirá apenas os custos de produção, que levarão a valores finais bem mais baixos (cerca de 20-30%) que o normal. Por exemplo, o programa F-110 espanhol vai custar 4600 milhões € para 5 navios, por causa disso mesmo... e as primeiras Constellation vão custar mais de $1100 milhões, com o custo projetados eventualmente a descer para baixo dos $800 milhões.
Pescador: As EPC são chamadas de corvetas por motivo políticos, porque, dependendo da versão, podem ser qualquer coisa entre OPV musculado (versão francesa) e fragata ligeira... o deslocamento, dimensões, autonomia e nível possível de equipamento (radar AESA, VLS Sylver A50, sonar rebocado, etc.) colocam-na claramente como fragata ligeira...
Acho que as EPC não são concorrentes de fragatas de primeira linha atuais, como as ASWF, T31, T26, F-110, Meko A400, IH, FREMM, Constellation, etc., mas sim de fragatas hoje consideradas ligeiras, como a Meko A200 (e talvez as Tamandaré, que eu acho têm muito potencial). Claro que existe o risco de, se Portugal entrar no programa EPC, decidir comprar 4-5 fragatas ligeiras e “prontes”... infelizmente, não me admirava nada.
Percebo
Mas ainda assim pondo aqui um certo ponto de vista se me permitem e, fazendo outras contas:
As corvetas tinham 1400 ton foram substituídas por NPO de 1800.
As Fragatas anteriores tinham 1700 e 2200 respetivamente e foram substituídas por outras com 3200.
Mais tonelada, menos tonelada.
Agora substitui-se as fragatas actuais por EPC de 2800 a 3000 ton. Até porque vindo estas nada mais vem. Com a redução substancial até de velocidade(24 nós?

). Não me canso de sublinhar, mas não faz mal desde que gaste pouco como os Citroen 2 cv. Pior são os mercedes de luxo que abundam e as mordomias. (falando em mordomias e afins, era fazer auditórias por essas instituições todos e ver onde se gasta e com quem).
E o sistema de propulsão das A200, que acham? Gasta muito?
Digo isto porque não acredito que nestas próximas décadas venham outras maiores, na casa das 5000. Então afigura-se esta ideia contida mas ainda assim maior.
Parece só fazer pouco sentido este evoluir, mais ainda no atlântico com todas a exigências de subsuperfície, com autonomia e permanência prolongada e, submarinos cada vez mais rápidos e com maior capacidade de ataque de longo alcance e autonomia de imersão.
E eu nem fui dos que falei a favor dos Burke americanos cheios de misseis vindo oferecidos.
Antes até bastante razoável, dado a importância de Portugal no panorama mundial, que é ...ligeira. Mas tendo em conta as futuras 350 milhas.
Os Espanhóis devem querer as EPC para meter no mediterrânio a fazer patrulhas

. No mediterrânio há navios que nem precisam de sair dos portos para os seus misseis alcançarem o outro lado.
No fim disto, dado o interesse em algo moderno e com bom equipamento mas ... ainda assim limitado e que não parecem ser a natural evolução das actuais, Portugal fará disso o maior dos alardes como se fossemos os maiores, como fez com os Tejo e o NPO. Ficando a condizer também com helicópteros sem Flir, apesar de qualquer helicóptero da policia nos EUA e outros países o ter.
Politicamente, qualquer Nação, a bem dizer, tem Fragatas, mesmo Nações a gosto de certas ideias que só olham um lado. É deixar ladrar.
Se fossemos a Moldavia não era preciso, mas temos um Mar do caraças e, uma responsabilidade estratégica, de soberania e, até histórica, já agora, embora conte mais na história do futebol.
Também temos história em muito lascismo e tretas complexas agora mais ainda. Vamos ver o que vence no futuro.
É ver o que realmente querem fazer os donos da bola, porque para alguns sabemos que a complexidade tem nuances estranhos e para carreira serve.
É só um ponto de vista.
Abraço