O trágico é as pessoas não lerem, dizer que sabem e no final o que escrevem/dizem não dar a bota com a perdigota.
Meu caro, eu dei-me ao trabalho de ler a maior parte das coisas que havia para ler sobre o partido dos seguros de saude.
Não me espantei nunca com o facto de a Iniciativa Liberal, criada com o dinheiro de três ou quatro "messenas" ligados às seguradoras, ter apenas um programa minimamente construido e organizado, o programa de desmontagem do Serviço Nacional de Saúde, para o substituir por um sistema privado, onde os grupos de tubarões corruptores se pretendem imiscuir.
Algumas das principais fortunas deste país, são constituidas por pessoas que têm dor de barriga, só de pensar no dinheiro que o SNS move, sem que eles metam parte do dinheiro ao bolso.
A Iniciativa Liberal, é fruto da ganância repugnante de gente que é muito rica, mas está disposta a ficar mais rica ainda, à custa da maioria dos portugueses. E como o portuga até é facil de enganar, vá de inventar gráficos falsificados, com numeros falsos e estatistica mentirosas, Basta uma leitura transversal dos gráficos, para encontrar ERROS GROSSEIROS como por exemplo o da percentagem do SNS que é financiado com prestações obrigatórias.
A falsidade do funcionamento dos regimes de saúde propostos pela IL, quando comparada à realidade é outra. O sistema de saúde do Partido dos Seguros de Saúde, só é mais eficiente que em Portugal, nos países onde a renda per cápita é duas ou três vezes maior (assim também eu).
Nos países da Europa de leste, mesmo nos que já têm uma renda superior a Portugal, o serviço de saúde deles é LIXO quando comparado com o nosso.
Dou de barato, como já disse anteriormente, que não há números mais atuais e há alterações para pior nos últimos anos. No entanto, essas alterações para pior são transversais e há queixas de mau funcionamento nos serviços de saúde em praticamente todos os países da Europa.
O liberalismo fanático, é o objetivo de pessoas que pretendem LIBERDADE PARA INVESTIR e para ganhar dinheiro, sem regras, sem normas e de preferência SEM IMPOSTOS.
Nos países nordicos, ou protestantes, há uma coisa que não existe nos países católicos do sul e a que eles chamam "moral do trabalho" de influência Calvinista. Coinsidera-se que cada um tem o direito de ficar rico, mas também tem o dever moral de pagar um salário justo.
Essa moral não existe em Portugal, onde o objetivo é maximizar o lucro e se possível não pagar salário. Essa moral não existe só em Portugal, é comum no sul da Europa. Essa moral, ou a falta dela, é a razão de tantos recontros e conflitos e bastava olhar para a miséria dos campos na guerra civil espanhola, para encontrar exemplos.
Estas pessoas querem morder na teta do SNS, destruir o sistema público, ganhar todo o dinheiro que for possível, independentemente de quem morre de Cancro por falta de tratamento.
Quando demasiada gente tiver morrido de Cancro e a Iniciativa Liberal perder a credibilidade, então, volta o Estado para pagar outra vez tudo e até pagar indemnizações aos senhores investidores.
E quando isso acontecer, vão dizer o que dizem sempre...
A ideia é boa, mas não nos deixaram aplica-la (os comunistas basicamente dizem o mesmo)
Esta é a triste sina do liberalismo português.Nas últimas duas décadas do século XIX, Portugal sofreu uma crise económica grave, na sequencia de uma fase de grande crescimento económico, permitida por desregulamentação e liberalização.
O país, modernizou-se e ficou mais rico, mas tinha sido tudo feito com dinheiro emprestado.
O exemplo mais conhecido, foi o enorme desenvolvimento das linhas de caminho de ferro. Era linha até à mais recondita aldeia. Milhares de quilometros de vários tipos de vias.
De um momento para o outro, faliram todas e teve que ser criada a CP, que existe até hoje, e que é um monumento ao falhanço do liberalismo selvagem.
O mais trágico, é que este liberalismo fanático gerou desigualdades, e tensões sociais terríveis.
Essas tensões foram aproveitadas pelos republicanos e em 1908 o próprio rei foi assassinado, por se considerar ser o responsável pelo estado das coisas.
A chatice da História, sempre esta coisa chata chamada História, a mostrar que os países que não olham para o seu passado, vão continuar a cometer os mesmos erros.