UAVs na FAP

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JohnM

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Re: UAVs na FAP
« Responder #420 em: Junho 19, 2025, 08:59:08 pm »
O Eurodrone já tem versões AEW e MPA planeadas
Faz todo o sentido. A questão é que estando o primeiro vôo da versão base apenas planeado para 2027, quando vão estar disponíveis essas versões? Sendo maior que o MQ-9B (portanto, em principio, passível de levar cargas maiores e com maior autonomia) e europeu faria todo o sentido adquirir este, se as várias versões estiverem prontas em tempo útil e não apenas em 2040…
 

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #421 em: Junho 20, 2025, 04:27:08 pm »
Ouvi que o Luso 222 poderia ter uma versão não tripulada (só uma opinião nada oficial). Poderia ser relevante para esta função?

Se isso é verdade ou não, não sei, mas em termos de relevância, iria depender de custos (de aquisição e operação) e das capacidades reais.

Mas assim por alto, acaba por ter limitações de endurance, enquanto um UAV MALE consegue ficar 24h no ar, um LUS nem metade desse tempo deve durar. Além dos UCAVs que conhecemos hoje, já terem certificação de armamento, e um bom conjunto de sensores, algo que demoraria anos e custaria muito dinheiro a replicar no LUS.
 

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #422 em: Junho 20, 2025, 05:13:06 pm »
O Eurodrone já tem versões AEW e MPA planeadas
Faz todo o sentido. A questão é que estando o primeiro vôo da versão base apenas planeado para 2027, quando vão estar disponíveis essas versões? Sendo maior que o MQ-9B (portanto, em principio, passível de levar cargas maiores e com maior autonomia) e europeu faria todo o sentido adquirir este, se as várias versões estiverem prontas em tempo útil e não apenas em 2040…

Antes de mais, tenho sérias dúvidas que se vá realizar tamanho investimento em UAVs/UCAVs MALE em Portugal, tendo em consideração as notícias recentes de "arranjar formas diferentes de contabilizar os gastos com a Defesa" e os investimentos que têm sido considerados prioritários em Portugal até agora (nem o MQ-9 nem o EuroDrone são da Embraer, não esquecer).

Agora, navegando na maionese.

Primeiro que tudo, além de versões AEW, ASW e MPA, teríamos que incluir variante "ar-solo", ou assegurar que as variantes MPA e ASW podem ser facilmente configuradas para esse fim.

Segundo, temos que perceber qual é o nível de ambição da MGP no que diz respeito ao NAVPOL (se avança ou não, e que tipo de navio). Se a ideia é avançar com um grande navio anfíbio, então temos de olhar seriamente para um LHD, tipo Dokdo ou Juan Carlos.
Se optarmos por um LHD (que obviamente exigiria escoltas à altura), temos que considerar um UAV que seja embarcado, e porque questões logísticas, faria sentido optarmos por MQ-9B e MQ-9B STOL para a FAP e MGP respectivamente.

Com estes 2 pontos em mente, definiam-se as quantidades.

Tendo em conta que o número poderá ultrapassar facilmente as 15 unidades, e havendo um grande mercado para este tipo de meio, a escolha teria que envolver a indústria nacional com uma linha de montagem/produção de componentes.

Tirando naquele caso específico em que a MGP tem um LHD, em que neste caso só o MQ-9 STOL faria sentido, temos 2 hipóteses:
-comprar MQ-9B, nas versões apontadas, criando-se uma unidade de produção do dito;
-entrar no programa EuroDrone, participando directamente no desenvolvimento da aeronave, como na produção, e com a vantagem de ser europeu.

Caso fosse escolhido o EuroDrone, este demoraria bastantes anos até ser entregue. Para mitigar esta limitação, propunha uma solução stop-gap, com a compra de 6-8 MQ-1C Gray Eagle modernizados em segunda-mão.
Estes permitiam à FAP criar uma doutrina em torno de UCAVs, e cumprir parte das missões que se pretende desempenhar com os EuroDrone, até à sua chegada.
 

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JohnM

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Re: UAVs na FAP
« Responder #423 em: Junho 20, 2025, 06:01:53 pm »
Tirando a parte do NAVPOL/LHD, que nunca vai acontecer, concordo plenamente com uma solução transitória ate o EuroMALE estar disponível…
 

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LM

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Re: UAVs na FAP
« Responder #424 em: Junho 20, 2025, 06:08:22 pm »
Nem quero pensar na possibilidade de NAVPOL/LHD,.. e - como sou menos optimista e penso sempre que recursos, muito limitados, investidos num lado são retirados de outro, para além do tempo que demora a estudar, contratar, receber, "aprender" - que olhem já para o Eurodrone AEW / MPA e, entretanto, como outro segmento e "stop-gap", vejam o que a Tekever pode fornecer (a começar pelo AR5).
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #425 em: Hoje às 01:45:16 am »
A questão LHD, é a única forma de se justificar um grande navio anfíbio. Por mim este pode não existir de todo, com o PNM, AORs e eventualmente um par de Crossovers a desenrascar na componente anfíbia.

Infelizmente, nenhum drone português actual é realmente capaz de servir de stop-gap/criar doutrinas, para futuros UCAVs MALE. Podem fazer vigilância marítima, mas não têm as capacidades "agir" contra ameaças, nem desenrascam no ataque ao solo.

Os AR5 e futuro ARX, e também outros mais pequenos, deviam ser adquiridos independentemente dos sistemas MALE.

Também defendo o desenvolvimento de um UCAV nacional na classe do Bayraktar, particularmente para o Exército.

Relativamente ao EuroDrone:
https://www.flightglobal.com/defence/eurodrone-could-gain-new-missions-and-additional-partners-airbus-says/163512.article

Não é novidade nenhuma que procuram novos parceiros para o programa, para o qual fazia todo o sentido entrar o quanto antes, caso não se queira optar pela opção americana.

E saindo ligeiramente do tópico:
https://www.janes.com/osint-insights/defence-news/air/camcopter-s-300-uas-to-demonstrate-anti-submarine-and-seabed-warfare-for-european-requirement

Seria também interessante para a Marinha o Camcopter S-300. Alem de ASW, ao que tudo indica também deverá ter alguma capacidade ASuW, a julgar pelo facto do S-100 mais pequeno já poder transportar mísseis LMM.
 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #426 em: Hoje às 02:27:16 am »
A questão LHD, é a única forma de se justificar um grande navio anfíbio. Por mim este pode não existir de todo, com o PNM, AORs e eventualmente um par de Crossovers a desenrascar na componente anfíbia.

Infelizmente, nenhum drone português actual é realmente capaz de servir de stop-gap/criar doutrinas, para futuros UCAVs MALE. Podem fazer vigilância marítima, mas não têm as capacidades "agir" contra ameaças, nem desenrascam no ataque ao solo.

Os AR5 e futuro ARX, e também outros mais pequenos, deviam ser adquiridos independentemente dos sistemas MALE.

Também defendo o desenvolvimento de um UCAV nacional na classe do Bayraktar, particularmente para o Exército.

Relativamente ao EuroDrone:
https://www.flightglobal.com/defence/eurodrone-could-gain-new-missions-and-additional-partners-airbus-says/163512.article

Não é novidade nenhuma que procuram novos parceiros para o programa, para o qual fazia todo o sentido entrar o quanto antes, caso não se queira optar pela opção americana.

E saindo ligeiramente do tópico:
https://www.janes.com/osint-insights/defence-news/air/camcopter-s-300-uas-to-demonstrate-anti-submarine-and-seabed-warfare-for-european-requirement

Seria também interessante para a Marinha o Camcopter S-300. Alem de ASW, ao que tudo indica também deverá ter alguma capacidade ASuW, a julgar pelo facto do S-100 mais pequeno já poder transportar mísseis LMM.
O grande navio anfíbio anda a ser falado há 20 anos e ainda não vi… e desconfio que não vou ver… mais depressa compram um PNM mais musculado que um grande anfíbio... e faz sentido…

Quanto ao resto, nada a apontar...