O bicho é grande...
Também notei isso. As dimensões são colossais para um SSK de propulsão diesel-elétrica (convencional). Válido lembrar que o Classe Scorpène brasileiro (Riachuelo) tem 75 metros de comprimento, ou seja, 8,6 metros a mais do que os outros Scorpène e deslocamento entre 2000 e 2200 toneladas. Isso porque a Marinha do Brasil dispensou o AIP e preferiu um compartimento maior para combustíveis, baterias e pessoal.
Vítor, queria colocar-lhe uma questão com toda a amizade, sem que haja na mesma qualquer crítica implícita ou explícita, somente curiosidade em querer conhecer o ponto de vista de um colega forista brasileiro que me parece (pessoalmente) ter a cabeça bem assente sobre os ombros: face à complicadíssima situação social e política actualmente no Brasil, para que necessitam as Forças Armadas Brasileiras, e neste caso a Marinha Brasileira, de submarinos movidos a propulsão nuclear?
O "Ocean" até entendo, é um navio que tanto pode servir em missões puramente militares como de auxílio civil, e face à grande frota de helicópteros que a MB possui e à lacuna que a retirada de serviço do "São Paulo" deixou, é uma mais valia. Agora para quê o SN-BR?
Espero que não leve a mal a minha questão. 
Obrigado pela pergunta e pelas gentis considerações, Charlie Jaguar.
Na minha opinião, o submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) será a arma definitiva para negar o mar territorial brasileiro contra qualquer provável ameaça. O esforço do Estado Brasileiro, em especial a Marinha do Brasil, em dispor tal arma, precisa ser concretizado em razão das grandes somas em recursos já demandados pelo projeto que remontam a década de 1970. Ademais, coroaria anos de esforço de cientistas e militares brasileiros (o programa nuclear brasileiro é antigo e competia com o da Argentina na América do Sul e com o sul-africano, no Hemisfério Sul).
Se faz necessário considerar que a zona econômica exclusiva (ZEE) do Brasil, cuja área corresponde a aproximadamente 3,6 milhões de quilômetros quadrados (equivalente à superfície da floresta Amazônica) exige dispositivos navais (tanto submarino quanto de meios de superfície) com autonomia especiais.
Noutras palavras: enquanto os SSK Classe Riachuelo (Scorpène modificado) será uma arma tática, o SN-BR será estratégica.
Como brasileiro, acho válido o SN-BR. Mas, continuo achando que a renovação da frota de superfície é mais urgente do que um SSN.