Uma corveta decente e uma fragata "multifunções" têm custos muito idênticos, não tendo a corveta a mesma capacidade "oceânica", que o nosso mar necessita - a chapa não é cara, é o resto e isso é igual.
Fragatas "MF", AAW se houvesse "cabedal", NPO... deste últimos 2 tipo "BAM" para irem ao Golfo da Guiné.
A corveta tem lógica para marinhas tipo Israel / mares fechados.
Vai-me desculpar mas há muitas marinhas que utilizam corvetas para patrulha oceanica, Brazil,china,korea do sul,india,indonesia e até a russia operam corvetas. E alem do mais, se não servem esse propósito para que razão as tinhamos antes!? É preferivél NPO´s completamente desarmados e sem capacidade de combate para a mesma função?
O Brasil usa Corvetas e vai em principio começar a construir mais uma classe desse tipo de navios, porque não consegue construir coisas maiores. As Corvetas nesses países servem acima de tudo para fazer número e para ser usado em zonas de mares fechados (basta ver o caso Russo ou Alemão). Não acredito que as Corvetas sejam a solução para a nossa Marinha, porque a mesma ficaria e muito refém de navios com muito menos capacidades e sem qualquer beneficio. Vê como tanto a indonésia como Marrocos compraram em primeiro lugar as Corvetas Sigma e depois foram para as Fragatas. Navios de 1700 toneladas serão sempre muito mais limitativos do que outros de 2365 toneladas.
Não podemos misturar o período da guerra colonial, com a marinha pós colónias. Todas as corvetas de então serviram em África, logo estavam fora das restrições NATO, sendo pagas por Portugal e se arranjar dinheiro para essas, além do embargo de armas já foi complicado, melhor significava mais investimento e na altura, Angola, Moçambique e Guiné eram prioritários.
Mesmo após a Guerra Colonial, e com as Baptista de Andrade feitas de raiz para poderem receber misseis e uma modernização capaz, esta não existiu, quer por falta de dinheiro, por questões doutrinais (os almirantes temiam ficar com uma Marinha de Corvetas"), mas também técnicas, já que colocar mais armas e sensores significava aumento de peso, redução de velocidade (a não ser que se trocassem os motores), num casco que teria sempre limitações, tanto à alteração como no que diz respeito à sobrevivência caso fosse atingido. Teria valido a pena as Baptista de Andrade (SSM e SAM, como as Descubierta), as João Coutinho não me parece (daí terem sido convertidas para OPV).
https://barcoavista.blogspot.pt/2013/04/
Daí, corvetas faz-me sentido no máximo derivadas dos NPO, feitas em Portugal, dinamizando a industria nacional e promovendo o know how nacional, até porque construirmos de raiz, para já não conseguiremos fazer mais nada e com os problemas de falta de verba disponível, vulgo dinheiro, ainda pior (o ideal seriam ser navios modulares, mas parece que é uma doutrina que também faz certo comichão aos almirantes) . Mas é preciso ver que nem um NPO mais musculado está previsto, e para piorar a situação, armas e sensores para os próximos dois, como diz a malta jovem, népia.
http://s412.photobucket.com/user/aguadoce1/media/NPO.jpg.html
Aliás, mesmo fragatas e face às limitações da marinha portuguesa em termos de dinheiro, homens e navios, para substituir as 5 fragatas vinham outras 5 tipo as Dinamarquesas. Com um abastecedor, submarinos, patrulhas e sobretudo bons sensores e UAV's, ficava-se com uma boa armada. Porque Fragatas? São mais capazes, quer em alcance, armas, sensores, paióis, sobrevivência, tempo no mar, futuros upgrades,etc, e embora gostasse do modelo dinamarquês, existem projectos mais baratos da Meko ou da BAE. Penso eu de que.
https://www.thyssenkrupp-marinesystems.com/en/blohmvoss-class-meko(R)-flex.htmlSaudações
P.S. Atenção às vendas das corvetas que restam quando não existe nada para as substituir. Tínhamos 8 e para já estão garantidos 4 NPO.