Nesta fase do conflito que é totalmente convencional, a diferença não está nas armas mas sim no seu uso combinado. A infantaria Russa não está a mais de 20 [km] da artilharia. É esta a razão do porquê do cenário de Kiev e arredores não se repetir.
O comando Russo adaptou-se à situação e está a seguir uma abordagem estritamente militar e não civil como na suposta primeira fase com objectivos estipulados pelo FSB.
O uso combinado de forças é muito difícil de conseguir e não se consegue com cursos de utilização de material (que é o que está a ser feito).
O cenário em redor de Kiev não se repete, porque agora não se combate estritamente em ambiente urbano, sendo a maior parte do conflito que temos visto em vídeo, em campo aberto. E aí os russos têm clara vantagem.
O uso combinado das armas, é permitido pela elevada concentração de forças numa região relativamente pequena. No início do conflito houve igualmente tentativa de uso combinado, mas as forças estavam demasiado dispersas, com dificuldades logísticas e mal tinham apoio aéreo. Agora é mais fácil, que é como se estivessem a "jogar em casa".
Não me parece que os ucranianos devam tentar combater de igual para igual. Parece-me que existem determinados tipos de armas que os ucranianos podem e devem usar, para contrariar a superioridade numérica russa na linha da frente. UAVs e loitering munition têm sido particularmente eficazes, e são relativamente baratos, sem colocar em risco imediato as próprias forças.
Já os MLRS, posso ter percebido mal, mas o Biden não mencionou (pelo menos na parte da entrevista que vi), especificamente os MLRS. Penso que apenas disse que não iam fornecer armas para atacar solo russo, o que não seria a função do MLRS ou HIMARS, desde que não fossem fornecidos com mísseis ATACMS.