Vou deixar aqui uma questão, para reflexão não dos fanboys russos mas dos restantes membros.
Mariupol, principal porto de Azov e cidade estratégica entre a Crimeia e o Donbass,, polo industrial e com quase meio milhão de habitantes.
Uma cidade com grande parte da população russa ou russofona.
Aparentemente as unidades la colocadas eram paramilitares, nomeadamente do batalhão Azov e afins.
Alvo óbvio numa possível ofensiva russa, portanto.
Início da invasão, a região não é reforçada pelo exército ucraniano.
Não há evacuação de civis numa fase inicial.
Depois do cerco, os únicos civis evacuados (possivelmente deportados, não é concreto) vão para o lado russo.
Cerco dura 2 meses e não há evacuação de civis ucranianos, inclusive parece que essa evacuação é bloqueada algumas vezes pelos paramilitares ( info não verificada).
Só agora, a ONU parece tentar estabelecer algum tipo de acordo para que os civis possam sair.
Cidade reduzida a escombros e resistência reduzida ao reduto industrial onde permanecem civis à data de hoje.
Alguém tem algum comentário a fazer a está evolução dos acontecimentos?
Assim por alto, tenho ideia que no início do conflito, se tentou estabelecer corredores humanitários, mas sem sucesso, ou com sucesso muito limitado, não tendo sido possível evacuar civis.
É também possível que quando se abriram corredores humanitários com ligação para a Rússia, os cidadãos ucranianos, pura e simplesmente não quisessem ir para lá.
É preciso também ver a localização no mapa de Mariupol, tendo ficado quase imediatamente encurralada desde os primeiros dias do conflito. Não ter havido reforço desta cidade, parece-me ser algo que se passou um pouco por todo o lado. O país é grande, devem ter reforçado como podiam, sem grandes exageros, sabendo que ali, com aquela proximidade com a Rússia, as forças locais apenas teriam hipóteses combatendo uma guerra de guerrilha. A realidade é que, a bem ou a mal, lá se aguentaram dentro dos possíveis, mesmo estando em total inferioridade numérica e tecnológica, e ainda completamente rodeados pelo inimigo.
Entretanto...
A narrativa de ter civis para serem usados como "escudo humano" em Azovstal, não faz muito sentido, quando os russos praticamente atacam civis indiscriminadamente. Não seria uma táctica viável.
Mudando de tema, o fornecimento dos Gepard, quer-me antevê uma futura contra-ofensiva às zonas ocupadas. Um sistemas SPAAG capaz de acompanhar carros de combate, será certamente uma mais valia caso os ucranianos evoluam de operações defensivas, para ofensivas. Usando o mesmo chassi do Leopard 1, se estes também forem entregues, facilita em termos logísticos.
Seguindo a deixa dos veículos com canhão de 105mm, surpreende-me a França não fornecer (que eu saiba) AMX-10 RC, bem mais adequados para operação em áreas urbanas comparativamente aos CCs.