Tenho acompanhado nesta última semana, quer aqui quer na comunicação social, os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e daquilo que tenho percebido:
- no terreno mantém-se o cenário com o avanço lento dos russos
- os ucranianos, fruto do melhor conhecimento do terreno, prévia preparação para a invasão, material (principalmente portátil) recebido do Ocidente e motivação têm-se defendido como podem e complicado o avanço inimigo
- a Rússia mudou de tática, de forma prevista ou adaptando-se às dificuldades encontradas, e aumentou o "calibre" dos ataques, e com isso, quem está anda mais a sofrer são os civis
- esta nova fase parece acentuar a discrepância dos poderios militares passando os ucranianos a realizarem principalmente operações de guerrilha urbana
- as sanções para já não parecem fazer efeito no terreno
- o muito material já entregue aos ucranianos também parece apenas atrasar o inevitável
- a diplomacia será a única hipótese para terminar o actual conflito
- as pretensões russas a este nível, para além da queda do governo que só apareceu com a invasão, parecem manter-se
- do lado ucraniano, ao mesmo nível, parece haver conformismo quanto a pelo menos a cedência em algumas destas pretensões
- se o conflito se mantiver, para além de todas as perdas de vidas humanas, sofrerão economicamente a Europa, a Rússia e principalmente a Ucrânia que sairá com o país totalmente arrasado. Basta ver os recentes ataques russos a portos e unidades industriais. Imaginemos uma possível contaminação nuclear resultante de ataque ou "acidente" numa das centrais, e os efeitos sobre a agricultura...
- parece haver o abrandamento de algumas vontades ocidentais na pressão sobre os russos. A Alemanha já começa a ser novamente criticada e os outros, excepção feita aos EUA e Reino Unido, apenas "fazem de conta" para não parecer mal
- a NATO mantém-se na expectativa
Moral da história, estamos num impasse com elevados custos em vidas e económicos.
Soluções?
No meu entender as mesmas que poderiam ter evitado esta desgraça.