O que sei é que isto se tornou num "conflito" de apontar o dedo. A culpa é sempre do outro. Então pois claro que a colocação de 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia por parte da Rússia, é culpa da NATO! Foi a NATO que obrigou os russos! Tal como a invasão da Crimeia, foi a NATO/EUA... ou a invasão da Geórgia, também foi orquestrada pela NATO/EUA... Lá está, na Rússia de Putin, é só santos!!!
Então e o que tem se a capital russa está (ou poderia ficar) a 500 km da dita "aliança hostil"? A Rússia é grande, tivessem feito a capital lá para o meio, não tinham esse problema. Agora culpar os outros, pelas suas atitudes (que levam a NATO a ser mais hostil, e os países vizinhos a equacionar juntar-se a esta aliança), e pelo péssimo ordenamento de território, era o que mais faltava.
Mas essa da aliança hostil a 500km de Moscovo mete piada... por várias razões. Então estamos a falar de uma potência nuclear, com receio de ser atacada por uma aliança que, não só tem visto cortes severos na sua Defesa (e que pouco ou nada investe em capacidade ofensiva!), como a maioria dos países membros, não tem acesso a armas nucleares? A sério? Imaginem aqueles países que têm a capital a menos de uma centena de km dos vizinhos potencialmente hostis. Imaginem Taiwan, Japão, Coreia do Sul. Até mesmo Portugal com Espanha, onde há um longo e sangrento historial de conflitos. Ou imaginem a Finlândia ou até mesmo a Suécia, países neutros que estão a apenas uma "perninha" dos russos.
Deixem-se é de vitimizações constantes, que já chateia. Idealmente a Rússia tornava-se um "aliado por conveniência" da Europa/NATO, para fazer frente à China, sem estas tretas de colocação de forças na fronteira de outros países e a tentar mandar nas alianças que estes escolhem. A Ucrânia ficava neutra, mas com garantia que os russos não se iam armar em chico-espertos. O resto da Europa recebia gás da Rússia, mas sem ficar tão dependente deste para evitar situações como a actual. E no fim, tudo ficava feliz.
Uma coisa é certa, os americanos estavam mal vistos com a saído do Afeganistão, e agora à conta da Rússia, voltou-se a ver que ainda mandam alguma coisa. Os profetas do desastre lá diziam que estavam acabados, e afinal, até para decidir o futuro da Europa, são chamados primeiro para a mesa de negociações, bem antes dos próprios europeus.
A guerra não interessa a ninguém na Europa, seja de um lado seja de outro. Mas a "possibilidade" de acontecer, poderia ter um benefício para os europeus, servindo para abrir os olhos para que a paz não está garantida na Europa. Também dependeria dos intervenientes. Se os russos e ucranianos andam à batatada, e um país europeu vende armas aos ucranianos, acaba por estar a lucrar com a guerra. Quem ganharia seria de facto EUA e China, e eventualmente outras potências emergentes.
Os EUA querem vender o gás DELES à Europa, cinco a seis vezes mais caro que o Russo...
Só anjinhos é que ainda vão na conversa do papão russo
O papão russo existe, e mete 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. A não ser que afinal seja tudo photoshop, ou os americanos tenham lá colocado militares seus, com fardamento e equipamento russo.