Portas cria laboratório anti-terrorista 24-09-2004 00:12 Cláudia Lima da Costa 1ªMÃO: Defesa dá luz verde à criação de laboratório de bioterrorismo. Custo ronda os 500 mil euros e espaço começa a ser montado ainda este ano. Segurança alimentar vai ser reforçada O ministro da Defesa e Assuntos do Mar assinou, esta semana, um despacho que vai permitir a Portugal construir o primeiro laboratório de bioterrorismo. A medida é para arrancar já este ano e pretende reforçar a segurança alimentar além de combater o terrorismo. Fonte próxima do gabinete de Paulo Portas disse ao PortugalDiário que o ministro deu luz verde a uma proposta do Exército. O ministro solicitou ao Chefe do Estado-Maior do Exército, General Valença Pinto, que tome as medidas necessárias para a sua concepção e construção. Os laboratórios de bioterrorismo e bromatologia começam a ser montados ainda este ano e vão ficar situados no sexto piso do edifíco principal do actual Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa. O investimento vai incidir em equipamentos de segurança que custarão ao Estado cerca de 500 mil euros. Paulo Portas insere esta medida como um meio de combate ao terrorismo. Esta que é uma das prioridades da política de Segurança e de Defesa do Estado português, especialmente depois dos sucessivos aumentos da ameaça terrorista. Os futuros laboratórios terão capacidade para dar resposta ao fenómeno do terrorismo e à possibilidade de acidentes nucleares, radiológicos, químicos e, neste caso, sobretudo biológicos. A bromatologia vai despistar a contaminação de alimentos com agentes biológicos. Isto porque, os alimentos contaminados podem constituir um vector de transmissão de agentes biológicos. Possíveis armas de um ataque terrorista planeado. Por outro lado, o combate ao bioterrorismo terá como objectivo estudar, identificar e neutralizar bactérias, estirpes modificadas e microorganismos. Armas que já forem utilizadas em ataques biológios. Os novos espaços terão um rigoroso controlo de acessos e os equipamentos a instalar terão um elevado padrão tecnológico. O projecto de construção do laboratório de bioterrorismo inclui ainda o estabelecimento de uma ligação em rede a outros centros de informação e organismos de países da NATO. O objectivo é a partilha e difusão de informação com vista a uma mais eficaz neutralização. Os novos laboratórios pretendem ainda fazer face às preocupações nacionais e internacionais na segurança alimentar. Para isso serão feitos controlos laboratoriais numa perspectiva de saúde pública e da necessidade de uma monitorização da qualidade alimentar.