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A questão da capacidade russa para controlar a Crimeia nunca esteve em causa.
O facto de eles poderem utilizar a base naval de Sebastopol e aeroportos militares, dava já aos russos a capacidade para movimentar tropas em muitas áreas da Crimeia, ao abrigo dos acordos celebrados com a Ucrânia.
Não houve nunca qualquer dúvida de que Putin atacaria a Crimeia e ocuparia a peninsula.
A questão neste momento, é se ele vai atacar a Ucrânia Oriental.
Sabemos que no parlamento russo, onde se encontra o maior partido nazi da Europa, o PLD do Zhirinovsky, votou por unanimidade o envio de tropas para a Crimeia.
Mas quanto ao resto da Ucrânia a coisa é mais complicada.
O governo da Ucrânia emitiu o aviso mais grave que é possível emitir.
Se os russos passarem a fronteira da Ucrânia oriental, o exército ucraniano está em estado de alerta e responderá.
Será a guerra.
Portanto o governo da Ucrânia já disse que considera um ataque à Ucrânia oriental, uma declaração de guerra.
Não se pode ser mais objetivo que isso.
E Putin, pode ser (como é) um prostituto degenerado e um mafioso criminoso, mas sabe que ao enviar tropas para a UCrânia, está a enfrentar uma força inferior, mas ainda assim, mais forte que qualquer coisa que a Russia tenha enfrentado desde a II guerra mundial.
Pior: A Russia está sozinha.
Mas à medida que o conflito prosseguisse, inevitavelmente os países ocidentais começariam a apoiar massivamente a Ucrânia.
Ele até poderia conquistar o sul e leste da UCrânia, mas nunca conseguiria conquistar toda a Ucrânia, e é no centro-oeste que está Kiev, o simbolo do poder.
As unidades do exército ucraniano são constituidas por muitos voluntários e os voluntários são na maioria do oeste, portanto anti-russos.
A informação disponível, afirma que as tropas estão extremamente moralizadas, embora isso da moral possa ser sol de pouca dura.
Os russos por seu lado, não são a URSS. Eles podem entrar pela Ucrânia dentro, mas alguns golpes de mãos e movimentações de tropas, ao melhor estilo da II guerra mundial, podem deixar os russos cercados e longe dos seus abastecimentos.
E depois de tudo isto, há o problema da possibilidade de intervenção de algum país mais próximo da Ucrânia.
Os Polacos são uma possibilidade.
Se a Romémia já tivesse os F-16 que vão de Portugal, seria outro.
MAs mesmo estes países são vistos com alguma desconfiança por muitos ucranianos mesmo dos anti-russos, por causa das questões que existem entre a Polónia e a Ucrânia e entre a Polónia e a Romenia.
Isto é apenas uma demonstração, da podridão que estava por detrás da União Soviética e do Pacto de Varsóvia e explica porque razão aqueles regimes só podiam sobreviver com base na repressão brutal.