Guerra na Síria

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #795 em: Setembro 13, 2015, 07:05:59 pm »
Maioria dos franceses é a favor de enviar tropas para a Síria


A maioria dos franceses é a favor de enviar tropas para combater militantes do Estado Islâmico na Síria, perspectiva que o presidente, François Hollande, descartou categoricamente, mostrou uma pesquisa divulgada este domingo.

Cerca de 56 por cento dos entrevistados era a favor da intervenção como parte de uma coligação internacional, de acordo com a pesquisa Ifop para o jornal Le Journal du Dimanche.

A França deu início a missões de reconhecimento sobre a Síria na semana passada, em preparação para a decisão sobre a possibilidade de lançar ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico.

Até agora, a França tomou apenas uma parte em ataques aéreos contra o grupo no Iraque, com preocupações de que os ataques na Síria poderiam fortalecer o presidente sírio, Bashar al-Assad, que Paris diz que deve deixar o poder.

O presidente francês, na semana passada, descartou qualquer intervenção na Síria, defendendo que os sírios e os Estados regionais deveriam fazer esse trabalho.

A pesquisa foi realizada por telefone nos dias 11 e 12 de Setembro com 1.005 pessoas com mais de 18 anos, com margem de erro de 1,8 por cento.

Diário Digital
 

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #796 em: Setembro 14, 2015, 08:23:11 pm »
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #797 em: Setembro 14, 2015, 08:55:10 pm »
 

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Camuflage

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Re: Guerra na Síria
« Responder #798 em: Setembro 14, 2015, 09:12:36 pm »
É pena que a Rússia não entre já no conflito militarmente e no terreno.
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #799 em: Setembro 14, 2015, 09:57:13 pm »


US to Russia: backing al-Assad "not a winning strategy"

http://edition.cnn.com/2015/09/14/world ... tha-power/

Citar
Russia's military deployment in Syria to back Bashar al-Assad "is not a winning strategy", America's ambassador to the United Nations said Monday.

 "Doubling down on a regime that gases its people, that barrel bombs its people, that torture people who it arrests simply for protesting and for claiming their rights - that's just not going to work", Samantha Power told CNN's Christiane Amanpour.

 US President Barack Obama said Friday that al-Assad "is worried enough that he is inviting Russian advisers in and Russian equipment" and Reuters reported Monday that Russia had begun deploying several tanks to a Syrian airfield. (...)
 

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #800 em: Setembro 15, 2015, 01:03:37 pm »
Potências ocidentais recusaram acordo com Rússia para afastar Assad em 2012


A Rússia propôs em 2012 um acordo de paz para a Síria que envolvia o afastamento de Bashar al-Assad, de acordo com o antigo presidente finlandês Martti Ahtisaarik, que foi negociador neste processo. A notícia é avançada pelo jornal britânico Guardian numa altura em que a guerra na Síria já vai a caminho do quinto ano, custou a vida e quase 200 mil pessoas e originou a saída do país de mais de quatro milhões de pessoas.

Segundo o jornal, Ahtisaari acolheu as negociações com os cinco representantes dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, Rússia, Reino Unido, França e China) em fevereiro de 2012. Nessa altura, o embaixador russo Vitaly Churkin propôs um plano em três passos, que incluia o afastamento de Assad depois do início das negociações entre o regime sírio e a oposição.

Mas segundo Ahtisaari, EUA, Reino Unido e França estavam tão convencidos que o presidente Síria estaria prestes a cair que ignoraram a proposta. "Foi uma oportunidade perdida", disse o Prémio Nobel da Paz de 2008 - uma distinção recebida pelos seus esforços para acabar com vários conflitos internacionais. Entre os quais o do Kosovo.

A Rússia tem sido um dos principais apoios de Bashar al-Assad ao longo dos quatro anos e meio de guerra e sobretudo quando a contestação ao seu regime era imensa, até a nível internacional, e a sua queda parecia iminente. Moscovo terá enviado recentemente aviões de combate e tropas para áreas sob controlo de Damasco, um envolvimento que os EUA consideraram uma porta aberta para escalada do conflito. O interesse russo na zona prende-se sobretudo com o facto de no porto de Tartus, na Síria, ficar a sua única base naval com acesso ao Mar Mediterrâneo.

Contactado pelo Guardian, Vitaly Churkin recusou-se a fazer comentários, dizendo apenas que a conversa que teve com o diplomata finlandês foi do foro privado. Sir John Jenkins, que à altura dos factos era o diretor do departamento de Médio Oriente no Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, comentou a informação nestes termos: "O ponto fraco das afirmações de Ahtisaari é o facto de dizer que Churkin falava com autoridade concedida por Moscovo. Se ele me tivesse contado a mim o que Churkin tinha dito eu teria respondido que queria ouvir isso primeiro da boca [de Vladmir Putin] antes de levar o assunto a sério".


DN
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #801 em: Setembro 15, 2015, 04:28:34 pm »

Vladimir Putin: "Apoiamos o governo sírio porque ele enfrenta uma agressão terrorista".
« Última modificação: Setembro 15, 2015, 09:25:05 pm por olisipo »
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #802 em: Setembro 15, 2015, 10:06:56 pm »

Primeiro-ministro francês exclui intervenção terrestre da França na Síria

Citar
O primeiro-ministro Manuel Valls apresentou nesta terça-feira ao Parlamento o plano do governo para bombardear posições do grupo Estado Islâmico na Síria.

 Valls excluiu o envìo de forças terrestre a Síria,  mas disse que a França poderá apoiar uma coaligação terrestre de países da região, "para liberar a Síria da tirania" dos jihadistas.
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #803 em: Setembro 16, 2015, 08:49:38 am »

Estados Unidos voltam a criticar apoio de Moscovo ao regime de Assad
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #804 em: Setembro 17, 2015, 09:09:48 am »

O dedo acusador de al-Assad ao Ocidente
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #805 em: Setembro 17, 2015, 12:12:22 pm »
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #806 em: Setembro 17, 2015, 01:12:28 pm »
Ataque terrestre "é quase impossível"


Só uma intervenção militar como a dos EUA no Iraque, colocando cerca de 200 mil homens no terreno e para aí ficarem a longo prazo, permitiria uma solução para a Síria. É o que diz um antigo comandante da ONU no Kosovo, a quem isso parece "quase impossível" . "Seria uma situação que nunca mais acabaria", exclama ao DN o major-general Raul Cunha. Até porque, defende o militar, "já é a própria dinâmica da guerra a conduzir o conflito", num teatro de operações onde se enfrentam tropas leais ao regime de Bashar al-Assad, os rebeldes que os combatem, milícias curdas e jihadistas do Estado Islâmico (EI).

Note-se que a França acaba de assumir que "qualquer intervenção [com tropas no terreno] seria irrealista e inconsequente", aprovando agora o seu envolvimento autónomo na campanha de bombardeamentos aéreos em curso contra o EI desde 2014 por uma coligação liderada pelos EUA - onde já está Paris.

Miguel Machado, tenente-coronel paraquedista que integrou a primeira missão militar portuguesa na Bósnia (1996), lembra ao DN que "os EUA entraram no Iraque com uma força poderosíssima e derrotaram Saddam Hussein, mas depois não conseguiram estabilizar o país" porque essa mesma força já "não era suficientemente numerosa". Assim, ou a comunidade internacional "tem uma força muito poderosa e acaba com tudo ou, então, toma partido por uma das fações", diz o autor do site Operacional.pt.

Raul Cunha sustenta que, na Síria e "em termos militares, é quase impossível uma solução" sem que sejam empenhados efetivos terrestres da dimensão que os EUA enviaram para o Iraque em 2003 - mais os da Força Aérea e da Marinha. E é para ficarem, pois, "como o Iraque mostrou, a seguir temos a insurreição armada" dos vencidos. No caso da luta contra os islamitas do EI, "temos de nos lembrar que eles, face ao empenhamento e fanatismo dos seus membros, têm conseguido derrotar forças superiores". Mais, revelam "uma predisposição para o combate que os outros não têm", insiste o general. Miguel Machado sustenta que uma força militar internacional "é a única hipótese" de estabilizar a região que está na origem da onda de refugiados em direção à Europa. "Este é o tema dos exercícios militares feitos nos últimos anos: guerra civil, intervenção limitada, retirada de não combatentes", refere.

No caso sírio, Miguel Machado aponta dois exemplos de intervenção externa. O primeiro remonta à II Guerra Mundial, com o emprego da "força militar brutal que ocupou a Alemanha e foi retirando gradualmente, criando condições para que o Estado se reconstruísse". No outro caso, os Balcãs, distingue a Bósnia e o Kosovo. Neste conflito, "a NATO interveio ao lado de uma fação e derrotou os sérvios", no outro houve acordo prévio entre os beligerantes para a entrada de uma força de paz com 60 mil efetivos - em ambos retirando gradualmente para que as instituições funcionassem.

Raul Cunha estranhou não terem sido empenhadas as unidades militares comuns da UE na fase inicial da crise dos refugiados - na Grécia ou na Itália - perante a sua capacidade para montar e gerir centros de seleção e identificação. "Deviam ter montado esse tipo de estruturas à chegada" das pessoas. "Agora é tarde, estão por todo o lado e vai ser difícil referenciar" quem é refugiado, migrante económico ou terrorista.

Note-se que os alertas sobre o risco de haver jihadistas entre os refugiados que chegam à Europa são desvalorizados por peritos como o ex-diretor da secreta francesa Alain Chouet: "Não faz sentido, de um ponto de vista operacional, uma rede correr esses riscos. [Eles] levariam meses a chegar e com um risco de 50% de se afogarem." Sob anonimato, um responsável dessa secreta adiantou: "Não temos indicação de que haja jihadistas misturados com refugiados."


DN
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #807 em: Setembro 17, 2015, 07:08:25 pm »
Os EUA, a Síria e os “bons rebeldes” desaparecidos


Esta é uma história de fracasso em toda a linha e que fica ainda mais clara com números. Em Maio os Estados Unidos deram início a um programa no valor de mais de 4,4 milhões de euros que visava treinar até 5,400 sírios por ano para combater, no terreno, o autodenominado Estado Islâmico.

O objectivo era ajudar os sírios a travar o grupo terrorista sem colocar forças americanas no terreno e sem auxiliar ou credibilizar de alguma forma as forças leais a Bashar al-Assad. Os EUA já apoiam alguns grupos que combatem o Estado Islâmico, mas são sobretudo grupos de natureza étnica, compostas por curdos, cristãos ou yezidis. Este programa seria para árabes também e incluía treino militar e não apenas o fornecimento de apoio logístico.

Mas não começou da melhor maneira. Em Julho foi para o terreno o primeiro grupo de 54 soldados. Actualmente, estão a receber formação pouco mais de uma centena, ou seja, muito menos do que o objectivo de vários milhares previsto para cada ano.

A história piora. Quando foram enviados para o terreno o pelotão de 54 soldados foi imediatamente atacado por forças leais à Al-Qaeda, que supostamente também estavam a combater os jihadistas. A maioria dos que não foram mortos limitaram-se a fugir.

Actualmente, segundo um general americano, os efectivos no terreno contam-se pelos dedos de uma mão. “Estamos a falar de quatro ou cinco”, disse na quarta-feira o general Lloyd J. Austin III, que testemunhava diante de uma comissão do senado americano.

Questionado por jornalistas sobre o total fracasso do programa, o porta-voz da Casa Branca admitiu que “a administração sabia à partida que esta seria uma tarefa muito difícil, e comprovou ser ainda mais difícil do que pensávamos”. Mas Josh Earnest defendeu o presidente contrapondo que muitos dos que agora criticavam a administração tinham proposto precisamente o treino de rebeldes locais como solução para o problema.

A notícia do fracasso deste programa surge no final de uma semana difícil para as Forças Armadas americanas que começou quando vários analistas que trabalham para os serviços de informação se queixaram que os seus relatórios sobre o Estado Islâmico tinham sido editados e alterados por figuras superiores na hierarquia, de modo a dar a ideia que o grupo estava mais fraco do que está na realidade.

Renascença
 

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olisipo

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Re: Guerra na Síria
« Responder #808 em: Setembro 18, 2015, 04:43:38 pm »
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #809 em: Setembro 19, 2015, 10:19:08 am »

Rússia e Estados Unidos em conversaçôes para evitar ataques acidentais em Síria
« Última modificação: Setembro 19, 2015, 04:45:01 pm por olisipo »