A Independência da RODESIA, o apoio de Portugal

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scrupulum

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A Independência da RODESIA, o apoio de Portugal
« em: Dezembro 06, 2012, 11:32:35 am »
Referências :
BARROSO, Luís. O apoio de Salazar a Ian Smith. Relações Internacionais [online]. 2010, n.25, pp. 107-118. ISSN 1645-9199.

Em 1965, o primeiro-ministro rodesiano, Ian Smith, com o apoio e incentivo de Portugal, declarou unilateralmente a sua independência (DUI) da Grã-Bretanha, dando início a uma crise regional que durou cerca de uma década.

Ao decidir apoiar e incentivar Smith, Oliveira Salazar envolve Portugal na crise, pois pretendia que aquele saísse vencedor do diferendo com a Inglaterra. Desse modo, contribuía para que um governo negro nacionalista não chegasse ao poder na Rodésia do Sul e, por conseguinte, limitava apoios para os movimentos de libertação que actuavam em Angola e Moçambique. Todavia, sendo já debilitada a sua posição devido às atitudes britânica e norte-americana quanto à política colonial, o apoio de Portugal a Ian Smith acarretaria também o antagonismo dos países afro-asiáticos, agravando ainda mais a sua posição internacional.
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Numa atitude que «desconjuntou as Nações Unidas», Ian Smith, o primeiro-ministro da Rodésia do Sul, declarou a independência unilateral a 11 de Novembro de 1965. Pela íntima ligação que se supunha existir entre Lisboa e Salisbury, U Thant, então secretário-geral da onu, convocou Franco Nogueira para uma reunião de emergência do Conselho de Segurança a fim de debater a atitude do primeiro-ministro rodesiano. Depois de consultar Salazar, Franco Nogueira recusou comparecer. A atitude do ministro português indiciava um claro sinal da ligação entre ambos os governos. Pelos dados de que dispunham, os governantes portugueses reconheciam que o problema rodesiano se iria manter por muito tempo na sua política externa.

Definido entre Salazar e Smith em Lisboa, em Setembro de 1964, o apoio do Governo português a Salisbury acabou por ser determinante na manutenção de Smith no poder face às pressões britânicas e africanas, e no lançamento de bases políticas para uma mais efectiva cooperação militar nos anos 1970 através dos «Exercícios Alcora».
Os resultados obtidos na investigação efectuada evidenciam o esforço desenvolvido pelo Governo português em conceder apoio político-diplomático, económico e militar à Rodésia, num período em que este país era um Estado pária. Os casos da acreditação de Harry Reedman, representante rodesiano em Lisboa que era «reconhecido» por Lisboa como embaixador, do contorno ao embargo de combustíveis e o aprofundamento das relações militares, nomeadamente ao nível de intelligence, são as evidências empíricas desse esforço, espelhando claramente o empenho do Governo português na sobrevivência e manutenção de Ian Smith no poder.

O envolvimento de Portugal na crise rodesiana deve ser enquadrado no esforço do Governo português em ancorar-se em África, numa clara atitude de resistência à descolonização. A «Guerra Colonial» tinha efectivamente começado em 1961 em Angola e, pela primeira vez, Portugal não dispunha do apoio explícito dos seus tradicionais aliados, os Estados Unidos e a Inglaterra. Por esse motivo, Portugal teve um interesse especial na crise provocada por Ian Smith.
Além do mais, o acto rodesiano constituiu um excelente pretexto para Salazar afrontar, embora de forma indirecta, os ingleses, na sequência da falta de apoio efectivo a Portugal na ocupação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana e da posição do Governo de H. Wilson em relação à política colonial portuguesa.
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De facto, Salazar reconhecia que um «governo de maioria negra» em Salisbury provocaria «o pânico nos brancos e uma crise económica e financeira, de que os restantes países africanos [Tanzânia e Gana]» eram «a demonstração quotidiana», lançando a Rodésia no «massacre e no caos». Por essas razões, para o Governo português, a questão da Rodésia era um «problema vital», enraizando «a convicção [de Salazar] de que tudo em África, a Sul do Zaire e do Rovuma», se poderia salvar para o «ocidente, para a sua política e para a civilização» se não «se perdesse a Rodésia».
Salazar acreditava que uma guerra entre o Ocidente e a URSS era provável e que Portugal, se mantivesse as suas possessões em África, acabaria por ser reconhecido como preponderante na defesa dos valores do Ocidente e como um travão à progressão comunista.

Nestas condições, em finais de Agosto de 1965, tornava-se eminente a DUI e começava a desenhar-se no horizonte um grave incidente entre Portugal e a Grã-Bretanha, que Franco Nogueira definiu em forma de opção política nos seguintes termos:

 «A questão da Rodésia é das mais difíceis que se nos deparou. Que devemos fazer? Encorajar a Rodésia, levá-la à independência, reconhecê-la? Que fará a Inglaterra? Que represálias? A verdade é que da Inglaterra, neste caso, nada temos a esperar. Da Rodésia sempre poderemos, se sobreviver, esperar alguma coisa. Não vejo que a Inglaterra nos queira fazer muita mossa; e de modo nenhum que nos dirija qualquer ultimatum como em 1890. E se a Rodésia desaparece? Então perderemos 250.000 amigos dispostos a bater-se […] e ficamos com os flancos interiores de Angola e Moçambique abertos à infiltração. Se queremos continuar em África, teremos de aguentar, e de nos encostar aos que querem ficar em África.»
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As opções para Oliveira Salazar eram claramente diferenciadas :
- alinhar com a Inglaterra e, de algum modo, amenizar a hostilidade dos países afro-asiáticos representados nas Nações Unidas ;  
- ou apoiar Ian Smith e contar com mais um apoio em África, para além da África do Sul, mesmo sabendo que essa decisão iria desencadear a hostilidade da Inglaterra, e provavelmente dos Estados Unidos, e da comunidade internacional.

Ao decidir apoiar Smith, Salazar eliminou de imediato a opção não compensatória : alinhar com a Inglaterra.
O interesse nacional – «manter-se em África» – enquadrava-se no pilar ideológico do Estado Novo. A Constituição incorporava o Acto Colonial de 1930[38], iniciativa legislativa que centralizava política, administrativa e financeiramente a gestão das colónias, «num todo indivisível com a cabeça na Metrópole», onde residiria «a essência orgânica da Nação Portuguesa». Na ordem política portuguesa do Estado Novo, a primeira realidade era a existência independente da Nação portuguesa com o direito de possuir fora do continente europeu o património marítimo, territorial, político e espiritual abrangido na esfera do seu domínio ou influência. Procurava-se firmar a noção moral e espiritual de um império que representasse de forma muito clara um prolongamento de Portugal: a integridade da «Nação Portuguesa» estava no centro da ideologia política do Estado Novo.
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scrupulum

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Re: A Independência da RODESIA, o apoio de Portugal
« Responder #1 em: Dezembro 06, 2012, 11:44:16 am »
referencias :
"Guerra Colonial 1961-1974"

Guerra da Beira
Triângulo branco: África do Sul, Rodésia, Moçambique


Na sequência da descolonização da Federação das Rodésias e Niassalândia, da qual resultaram a Zâmbia e o Malawi, a minoria branca da Rodésia do Sul declarou, em Novembro de 1965, a independência unilateral, liderada por lan Smith. Este acontecimento influenciou, de forma decisiva, o evoluir da situação em Moçambique, mesmo para além da sua independência, dez anos mais tarde.
A Inglaterra, como potência colonial, reagiu à secessão da colónia com o bloqueio de combustíveis e a ONU decretou pesadas sanções económicas. A armada inglesa posicionou um conjunto de vasos de guerra ao largo da Beira, controlando a entrada do rio Pungué, no que constituiu a acção mais espectacular do bloqueio, a qual deu origem a incidentes com navios que pretendiam descarregar crude, como o Joanna V e o Manuela. Nos primeiros tempos, surgiram notícias de eventuais desembarques de tropas inglesas, o que levou à transferência das companhias de pára-quedistas de Lourenço Marques para a Beira (onde se instalaram no aeroporto), a vinda de um esquadrão de reconhecimento e o alerta das unidades de infantaria e artilharia da guarnição local. Passados os momentos iniciais, o bloqueio entrou na rotina, com os navios de guerra ingleses a trocarem mensagens com os portugueses, que os observavam, e a realizarem operações de controlo e verificação de carga no alto mar, mais para justificar a sua presença do que para impedir o acesso de matérias-primas essenciais à Rodésia. Estas seguiam, aliás, por outra rota, conhecida de todos: de Lourenço Marques para a África do Sul, que não estava sujeita a embargo, e daí para o seu destino final.
Do ponto de vista das operações militares directas, o bloqueio do porto da Beira não teve outro relevo senão o empenhamento de alguns navios oceânicos da Marinha portuguesa e o estacionamento na cidade de algumas unidades militares que poderiam estar noutros locais de guerra activa, muitos quilómetros a norte, no Niassa e em Cabo Delgado. Contudo, a complexa malha de interesses que se criou à volta da independência da Rodésia e a necessidade de os líderes da colónia rebelde assegurarem a sua viabilidade económica através da importação de matérias-primas, especialmente petróleo, e de exportarem as suas produções teve importância decisiva no evoluir da situação de Moçambique, porque transformou este território no terceiro vértice de um triângulo regional que contava com a África do Sul e a Rodésia branca e independente. A sorte de Moçambique ficou amarrada a estes dois parceiros, dos quais um representava o único regime de apartheid racial oficializado e o outro resultava da independência branca à revelia da potência colonial.
A opção de apoiar a independência da Rodésia foi tomada por Salazar, a quem lan Smith pediu apoio em Lisboa. Só depois de obter garantias de que Portugal manteria abertos os seus portos e vias de comunicação é que Smith avançou para a independência, num acto que constituiu bom pretexto para Salazar afrontar, por via indirecta, os ingleses, na sequência da questão dos Açores durante a II Guerra Mundial, da ocupação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana e das posições do Governo inglês em relação ao problema colonial português.
A montagem do esquema para furar o bloqueio ao porto da Beira e as sanções da ONU é reveladora da forma como Salazar agia na cena internacional. Enquanto a África do Sul tratava o assunto por via do seu ministro da defesa, P. W. Botha, e a Rodésia através do seu primeiro-ministro, lan Smith, Salazar evitava afrontar directamente a Inglaterra, utilizando homens de confiança, como Manuel Bulhosa, dono das empresas petrolíferas Sonap, Sonarep e Oil Com, esta última estabelecida no Malawi, e o engenheiro Jorge Jardim para as manobras e encontros na sombra.
Mas independentemente do carácter mais ou menos secreto das iniciativas do engenheiro Jardim e dos negócios de Manuel Bullosa, o apoio de facto à Rodésia transformou Moçambique em base de acções inamistosas de Portugal contra a Inglaterra e contra a ONU, enquanto a aliança com o regime do apartheid, abertamente hostil aos Estados Unidos, dificultou ainda mais as relações com a super-potência ocidental.
Esse apoio aumentou o isolamento internacional de Portugal e teve como consequência fazer com que Moçambique caísse na quase completa dependência estratégica da África do Sul e da Rodésia, tornando-se uma extensão do teatro de operações daqueles seus aliados regionais. Esta dependência surge com particular evidência quando a guerra desceu do longínquo Norte para a zona de Tete, ameaçando os interesses vitais da Rodésia e da África do Sul. Então, já desaparecido Salazar, com quem os líderes sul-africanos e rodesianos haviam estabelecido os acordos iniciais para a sustentação da independência da Rodésia, a condução estratégica da guerra passou para as mãos dos agentes que neles estiveram envolvidos, em boa parte à margem dos circuitos oficiais.
Foi o tempo da Aliança Alcora, projecto de contornos nebulosos onde surgiam aliados Angola, Moçambique, África do Sul e Rodésia. Esta aliança, nunca oficializada, serviu para encobrir a divisão de áreas estratégicas entre a África do Sul e a Rodésia na intervenção nas duas colónias portuguesas, ficando a primeira encarregue de Angola e a segunda de Moçambique. Proporcionou também, à margem dos detentores dos cargos de Governo e de chefia militar, a criação de uma rede de contactos entre serviços de informações e policiais. Foi a época em que os directores dos serviços secretos e das polícias políticas da África do Sul (BOSS), da Rodésia (CIO) e de Portugal (DGS) se reuniam em Salisbúria para coordenar acções e em que o engenheiro Jorge Jardim deu os primeiros passos em direcção à Zâmbia de Keneth Kaunda, com o conhecimento e apoio de rodesianos e sul-africanos.

A independência da Rodésia e o bloqueio do porto da Beira que lhe esteve associado foram, assim, determinantes no evoluir da situação em Moçambique, porque promoveram a criação de uma tríplice aliança, primeiro entre Portugal, Rodésia e África do Sul e, após a morte de Salazar, entre Moçambique e os seus dois parceiros, o que constituiu incentivo à emergência de um novo poder nesta colónia, protagonizado pelos homens de origem europeia que poderiam seguir o exemplo da Rodésia, nomeadamente Jorge Jardim, e desvalorizou os detentores dos poderes delegados pela Metrópole, o governador e o comandante-chefe.
Assim, a partir do momento em que a guerra chega a Tete e a Rodésia começa a duvidar da capacidade dos militares portugueses e do seu comandante, o general Kaúlza de Arriaga, para evitarem a progressão da Frelimo para sul do corredor da Beira, os rodesianos e, em menor grau, os sul-africanos agem em duas direcções: tentam promover uma alternativa política local, incentivando Jorge Jardim, e pressionam o Governo de Lisboa a substituir o general Kaúlza de Arriaga, de cujas concepções tácticas discordam. Desde a data em que as forças rodesianas começaram a actuar de forma regular na zona de Tete, com helicópteros, aviões, pisteiros e unidades de combate, e os aviões C-130 da África do Sul supriram as dificuldades de transporte e estacionamento em Porto Amélia, para daí partirem com reabastecimentos até Mueda, a guerra em Moçambique passou a ser conduzida de vários postos de comando, do qual o menos importante era o Quartel-General de Nampula.
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Carlos Rendel

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Re: A Independência da RODESIA, o apoio de Portugal
« Responder #2 em: Dezembro 09, 2012, 09:25:26 pm »
Embora o leitor imagine que me enganei de secção vou começar esta resposta  não com a Rodésia,mas com o 25 de Abril.Este MFA que inicialmente foi tomado por uma reivindicação de militares tinha afinal raízes bem mais profundas.Tratava-se de um texto que a propósito das exigências dos capitães  comportava   um programa político e um conjunto de alterações drásticas só concebíveis se referendadas pelo povo em eleições livres.Nem António de
Spínola foi  tão longe,defendendo,sim,uma Federação de Estados Democráticos ,espécie de Commonwealth lusitana.Ao dar-se uma luta de credos políticos e respectivos apoios internacionais,sobretudo em 1975,a Europa estava desagradada com o caos à sua porta,e Nixon e Kissinger imaginavam cenários,sem intervenção militar-o Vietname chegáva-lhes.Quanto ao polo africano meridional,os ventos da história sopravam fortes,e o ideal de Salazar de portugueses, rodesianos e sul-africanos em colaboração esboroáva-se  qual castelo de cartas.Isto para concluir que a vaga da autodeterminação
alastrou como um fogo em Africa acabando com o domínio do homem branco´.É bom  compreender que o 25 de Abril ultrapassou em muito as
circunstâncias europeias,fazendo o sul do continente africano dar uma reviravolta de 180 graus.Ainda se necessitam informações,que tarde ou cedo
permitam tirar o retrato completo.Até lá ...


CR
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scrupulum

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Re: A Independência da RODESIA, o apoio de Portugal
« Responder #3 em: Dezembro 10, 2012, 01:50:19 pm »
Carlos Rendel disse :
"...Isto para concluir que a vaga da autodeterminação alastrou como um fogo em Africa acabando com o domínio do homem branco..."´

Na realidade os paises e povos africanos continuam dominados e os seus recursos continuam a ser pilhados e vendidos ao desbarato pelos novos colonizadores com a ajuda dos novos caciques locais e o emprego massivo de askaris e de cipaios com fardas diferentes.
Ja não é so o homem branco, mas tambem a China ou os paises arabes do Golfo que participam na pilhagem desenfreada de Africa. A diferença destes novos colonizadores em relação a Portugal, é que não se envolvem emocionalmente com os povos, como o fazia Portugal.

A independencia da Rodesia foi umas das boas jogadas do antigo regime mas no final, Portugal perdeu o jogo. As consequencias cada vez mais se vão fazer sentir, pois Portugal ja não tem peso para pesar na balança da estratégia mundial.

De cada vez que os africanos se tentam libertar do dominio e da exploração dos novos colonizadores, levam com o chicote dos novos dominadores. Veja-se o que aconteceu à Libia : o coronel Kadafi impulsionou e financiou a construção do primeiro satélite 100% africano. Os africanos viram o custo das suas comunicações baixar consideravelmente e as empresas de telecomunicações ocidentais perdiam 500 milhões de euros por anos com a perda deste mercado : crime de lesa-majestade. O ditador louco da Libia tambem esteve na origem da criação de um banco central africano de investimentos : outro crime de lesa-majestade. O louco queria ainda substituir o dolar pelo ouro nas transações internacionais e neste sentido constituiu enormes reservas do metal precioso e instigou os outros paises africanos (produtores de ouro) a fazerem o mesmo : outro pecado mortal, passivel da pena de morte ! Como castigo, os 200 000 milhões de dolares de reservas Libias tiveram o mesmo destino do ouro dos Incas e o homem morreu de morte horrivel !

Os "25 de abril"  , as "primaveras arabes" e os bons sentimentos não contam para nada, o que conta é o interesse de cada um (Estados ou nomenklaturas).
Portugal deixou de têr a força para fazer valer os seus interesses, mas a independencia da Rodesia foi certamente a ultima grande jogada que Portugal fez na cena internacional.
scrupulum aka legionario