Se o objectivo do projecto é dar lucro, então as empresas que façam bem as continhas e testem primeiro as suas ideias. É assim que se faz (ou fazia) por esse mundo fora, quando é para as empresas darem lucro.
O problema, é que o objectivo não era dar lucro, mas sim realizar uma instalação experimental.
Eu vias notícias sobre este projecto que passaram na BBC e na Sky-News e fiquei com a impressão clara de que se tratava de uma experiência.
E numa experiência, que ráio de contas é que vamos fazer ?
Vamos contratar uma comissão de engenheiros para dar um parecer sobre como a Pólvora funciona, antes de se ter descoberto a Pólvora :shock: :shock: :shock:
Se o país não apoiasse o projecto e ele fosse para outro lugar e eventualmente funcionasse, o que diriam os portugueses se lhes dissessem que a empresa tinha apresentado o projecto a Portugal em primeiro lugar, mas que o recusámos ?
Em qualquer centro de desenvolvimento tecnologico sabe-se de antemão de que apenas 7% a 12% das novas ideias e das experiências resultam em algo novo. É assim em qualquer lugar do Silicon Valley.
Temos a obrigação de saber separar o Trigo do Joio e entender quando o dinheiro é deitado ao lixo sem sentido, e ao contrário quando ele acabou por ir para o lixo, mas por razões completamente diferentes, resultado de uma aposta.
Deveriamos considerar aquela questão como um investimento de Capital de Risco, e como todo o Capital de Risco, ele é isso mesmo, um risco.
Devemos considerar não o facto de haver planos bem feitos (NÃO PODIA HAVER - ERA UMA EXPERIÊNCIA), mas sim se o risco tomado, fazia sentido e fazia parte de algum objectivo. Na minha humilde opinião, fazia todo o sentido, como fará todo o sentido continuar a apostar neste tipo de coisas. O Mar não vai acabar, e continua a ser uma tábua de salvação.
É 1000 vezes mais grave, que o Estado Português financie por exemplo a fundação Mario Soares, com muito mais dinheiro que o que foi utilizado para financiar essa experiência.
Da experiência com as ondas podia resultar qualquer coisa de bom.
Da fundação Mário Soares, já sabemos que o que quer que seja que dali venha, tem uma unica função: fazer peso ao chão da lixeira pública.
Cumprimentos.