Portugal Laico ?

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Tuga

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(sem assunto)
« Responder #30 em: Setembro 08, 2007, 12:44:52 pm »
Citação de: "CyruS"
Citação de: "Tuga"
Citação de: "Lightning"
Eu admito que sou um bocado inculto em relação a isso das religiões, é o que me lembro das aulas de moral da preparatoria ;)


Há quem se refira a esta 'religião' que está a resurgir na Europa como Wicca. Vide em http://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca


Os Wicca são os Druidas do Paganismo Celta (só têm é outro nome).

No Paganismo existem várias sub-religiões, tal como expliquei em um outro post deste tópico.


Religião Paganismo

Sub-religiões:

Celta -> Natureza

Lusitana -> Deuses

Grega -> Deuses

Romana -> Deuses

;)
 

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HJERONIMO

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boa Luso , gostei da tua interveção
« Responder #31 em: Setembro 14, 2007, 10:33:59 pm »
Pessoalmente acho que este é um assunto subjectivo e só serve para levantar duvidas , incertezas e desagregação entre os portugueses.

Se o estado é Laico o cidadão pode não o ser , e no caso de Portugal mais de 80% da população confessa-se católica embora muitos não praticantes.

Por essa razão não vejo um inconveniente tão grande em haver capelões nas FA . As outras religiões têm liberdade de culto e também isenções fiscais e apoios do estado mas convenhamos , a Igreja católica tem um enorme trabalho realizado em POrtugal e muito dele não conhecido , creches , escolas , centro de apoio a crianças abandonadas , apoio a idosos , hospitais , etc ...  Existem organizações laicas que (a meu ver) fanáticamente combatem a intervenção da Igreja católica no seio da vida portuguesa mas acho que esta é uma interveção histérica e hipócrita porque , pelo que vi e li , as intervenções são sempre contra o catolicismo e não contra outras religiões .

TalvEZ não saibam mas localmente já foram convidadas outras entidades de outros credos religiosos nomeadamente da comunidade muçulmana e judaica para participar em algumas actividades oficiais das FA .

Resta-me dizer que como católico , se tivesse de correr o risco de morrer ou arriscar a vida pelo meu Pais , gostava de ter um padre por perto não vá "o diabo tecê-las" como diz o nosso povo . :D

De qq modo concordo q num estado laico a representação deve ser equilibrada mas também não podemos cair em extremismos q tanto condenamos e devemos ter presente a realidade histórica e cultural pq afinal é isso que nos torna um Pais , se não fosse a nossa história não eramos diferentes de um espanhol ou de um francês .

De sublinhar que os estados totalmente laicos que baniram oficialmente todas as religiões (USSR , China , e mais alguns)trocaram esta figura pelos comissários que supervisionavam a doutrinação dos soldados , não acho uma ideia melhor.

Mas mais uma x , não me levem a mal, é só a minha opinião.
etc
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #32 em: Setembro 15, 2007, 10:37:15 am »
Caro Tuga, em primeiro lugar seja bem vindo ao fórum.

Quando ingressei nós fomos acompanhados de perto por um paroco militar e por isso posso falar por experiência própria. Como já foi dito a função destes parocos são de apoio psicológico, moral e religioso. Nessa função são excelentes, já que muitos soldados são de um norte ainda bastante religioso. Para mim não me afectava em nada, quer dizer, afectou positivamente. Houve pelo menos duas situações em que a presença desse paroco militar salvou-me a mim e aos meus camaradas de umas situações muito más. Ainda me lembro na semana de campo da recruta em que houve uma pausa para a missa...foi uma hora de reza e cantoria que foi muito bem vinda.

Em relação às outras religiões...ninguém era obrigado a ir ou a converter-se, como tal respeita-se a liberdade religiosa. Achas mesmo que há uma unidade com militares de outras religiões que justifique a presença em permanência de uma rabino ou de um imã?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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« Responder #33 em: Setembro 21, 2007, 06:44:50 pm »
Uma achega interessante, ainda para mais vinda de quem a enunciou e que inevitavelmente nos diz respeito e à defesa do que somos:

A crença cristã – seguindo Jesus – negou a idéia da teocracia política. Ela produziu – para dizê-lo em termos modernos – o secularismo dos estados, nos quais os cristãos convivem pacificamente com aqueles que aderiram a outras convicções. Assim se distingue a crença cristã de que o Reino de Deus não existe como realidade política, e não pode existir desta maneira, antes sendo atingido através da fé, da esperança e da caridade, efetuando a partir do interior a transformação do mundo. Mas sob as condições da temporalidade, o Reino de Deus não é um império terreno, mas sim um chamado à liberdade da humanidade e um apoio para que a razão possa cumprir a missão que lhe é própria. Em última instância, as tentações de Jesus trataram desta distinção, da rejeição da teocracia política, da relatividade dos estados e da lei da razão, e também da liberdade de escolha, a que toda pessoa tem direito. Neste sentido, o estado secular advém de uma decisão cristã fundamental, ainda que seja necessária uma longa luta para que entendamos isto em todas as suas conseqüências.

Bento XVI


http://www.oindividuo.com/2005/07/07/to ... stianismo/

Seria interessante não confundirmos aquilo que é o aparelho da Igreja católica com a ideia cristã. Eu próprio cai por diversas vezes nesse erro.
E também não é difícil.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...