Dia 8 de Janeiro, em Estarreja, dois militares da GNR foram atingidos por tiros disparados de um veículo que tinha sido mandado parar devido a várias infracções. Um dos militares foi atingido na coluna, o outro no braço. Ontem, dia 16, em Sobral de Monte Agraço, um militar da GNR foi baleado com gravidade quando procurava executar um mandado de busca. O atacante barricou-se em casa e segundo dados da TSF entregou-se há pouco tempo às autoridades. O soldado ferido perdeu a vista esquerda.
Não se trata só de falar aqui de agentes policiais mortos em serviço. Quase diariamente, basta ver os jornais, ocorrem incidentes em que presumíveis criminosos alvejam agentes da PSP ou soldados da GNR quando são surpreendidos em flagrante. Disparar contra forças de segurança implica, na minha opinião, o atravessamento de uma linha psicológica. Feito o primeiro disparo, a policia deve responder com força letal. Uma coisa é um ladrão, ao ver-se surpreendido pela policia, fugir ou procurar ludibriar os agentes. Outra bem mais grave é ele reagir a tiro ou procurando ferir os agentes. Há neste segundo caso uma escalada intolerável das acções do delinquente; se é capaz de tentar matar ou ferir um agente da autoridade então é capaz de tudo, deixam de haver constrangimentos de ordem moral.