Votação

Regionalização

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Votação encerrada: Novembro 19, 2004, 12:50:04 am

Regionalização

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JoseMFernandes

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« Responder #15 em: Novembro 22, 2004, 09:05:50 am »
a proposito das consideraçoes de Papatango, e as listas abertas, permito-me lembrar o sistema que vigora aqui na Bélgica e no Luxemburgo.Os eleitores sao chamados a votar ou nos partidos(uma cruz no nome do partido implica aceitaçao da ordem pre-estabelecida) ou individualmente nos candidatos, em numero correspondente aos lugares em disputa, e na ordem que o eleitor entender, podendo portanto votar nos suplentes.No  Grao-Ducado do Luxemburgo, o sistema vai mesmo mais longe, pois permite o voto 'panaché', ou seja o eleitor pode votar em candidatos de partidos diferentes(p.ex.  suponhamos que para cinco lugares no Parlamento Europeu, o eleitor pode atribuir  2 votos aos socialistas, l aos Liberais e mais dois aos candidatos que entender dos cristaos-democratas.Presumo que Papatango nao seja tao radical...
Mas o sistema funciona.Como bem disse a escolha dos deputados, e a sua posiçao na lista dependem de jogos internos, da direcçao nacional, das distritais, das regioes autonomas, dos sindicalistas, autarcas e Jotas... dos partidos.O resultado nao me parece feliz e o caso (triste) dos autarcas de Matosinhos, veio apenas por a luz, o que tem sido uma constante da vida partidaria portuguesa.Penso que igualmente seria uma forma mais correcta de abordar o problema(real e importante) da representatividade feminina(ou masculina), pois  havendo uma tendencia a equilibrio paritario  do lado da oferta(chamemos-lhe assim) os eleitores votariam em consciencia nas pessoas pelos meritos que lhe atribuem.
Neste sistema, ha certamente algumas deficiencias, digamos, e uma delas se tornaria evidente para a maneira de pensar dos politicos dos principais partidos, que seria a dificuldade extrema de formar maiorias absolutas, quase uma obsessao do PS e PSD(se os eleitores seguissem maioritariamente o voto pessoal).Mas na verdade mesmo assim é possivel governar, e talvez ate torne mais claro o sentimento dos cidadaos, que por vezes acabam de passar do 8 ao 80, como votos de rejeiçao, quando normalmente e racionalmente tal nao se justificaria.
Como nota final nestes dois paises o voto é obrigatorio(a nao comparencia tem de ser justificada), sinto que muitos portugueses talvez nao estivessem de acordo, e compreendo-os, mas por outro lado também defendo que nao basta criticar e deitar abaixo a politica e os politicos pois o eleitor tem o dever de participar(se  nao se sentir representado, vota branco ou nulo).Curiosamente, e apos a subida espectacular de partidos da extrema direita(o velho problema da imigraçao, especialmente muçulmana, e dos problemas decorrentes, ghettos, etc) , algumas vozes (ainda em surdina) dos velhos partidos advogam o fim da obrigatoriedade de voto, pensando assim poder baixar a representaçao desses partidos.Sao formas de ver...