Em relação à polícia marítima temos dois problemas, um é a duplicação com a UCC da GNR e o outro é o de estar subordinado a um ramo militar e ministério da defesa.
Em relação à primeira situação vou deixar para depois, mas em relação ao segundo problema penso que se poderia solucionar do seguinte modo, tendo como exemplo a GNR e ANEPC que tem generais do exército na sua cúpula, mas o seu comandante não é o CEME, nem dependem do MdN.
Tranferia a AMN para o ministério do mar, já que a AMN trata de mais assuntos a ver com o mar além do policiamento, também trata do socorro a náufragos, instituto hidrográfico, faróis, combate à poluição, seria uma maneira de reforçar a importância desse ministério e da importância do mar para Portugal, por outro lado, não dá poder em demasia ao MAI.
A chefia da AMN podia continuar a ser um almirante (situação igual à GNR e ANEPC), mas não seria o CEMA, teria que ser outra pessoa, sem funções na Marinha, hierarquicamente dependente apenas do ministro.
Do mesmo modo que os oficiais da GNR frequentam o curso na Academia Militar, podia ser criado o curso de oficial de Guarda Costeira, dado na Escola Naval, uma mistura de curso de Marinha e de GNR, em que tivesse a componente marítima e a componente policial.
A Polícia Marítima passava toda a ser Guarda Costeira, a UCC da GNR ou também se juntava toda ou pelo menos passavam os meios sendo o pessoal transferido para outras unidades da Guarda.
A Guarda Costeira poderia ficar às ordens da Marinha em situação de crise, como a GNR com o exército.
A Guarda Costeira ao ser independente da Marinha e da GNR poderia melhorar as relações entre estas instituições e a cooperação, em situações na praia poderiam precisar de apoio da GNR e situações no mar o apoio de navios da Marinha.
A Guarda Costeira teria capacidade própria de fiscalização até às 12 milhas e patrulha nas praias, casos graves de desordem nas praias receberia apoio da GNR, operações na água para lá as 12 milhas em que seja necessário navios de maior capacidade, deveria embarcar uma equipa da GC nos navios da Marinha que estão afectos à patrulha da ZEE e SAR.
A FAP trabalha com a PJ, GNR, sem problemas, a Marinha também poderia ter um comportamento similar, fazendo a parte da navegação e transporte, a parte policial não.
Os oficiais da Marinha podiam continuar e exercer funções na AMN, no ISN, IH, faróis, etc, exepto na GC, aí, conforme os novos oficiais da GC fossem aparecendo, os da Marinha teriam que sair das capitanias.
Os centros de busca e salvamento e de zona marítima, teriam que ter elementos da Marinha e da Guarda Costeira.