Al-Qaeda do Magreb cancela Dakar 2008

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André

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« Responder #30 em: Janeiro 20, 2008, 07:17:33 pm »
Mauritânia afirma que o Rali Dakar podia ter-se realizado

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Mauritânia criticou hoje a anulação do Lisboa-Dakar, alegando que o Governo mauritano accionou «um dispositivo significativo e considerável» de segurança

«Penso que o rali podia ter-se realizado este ano. As condições estavam reunidas, preparámos muito bem este acontecimento com os organizadores e estava pronto um grande dispositivo para o rali», disse Mohamed Saleck Mohamed Lemine à imprensa, após um encontro, na capital mauritana, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado.

«É claro que o risco zero não existe, mas preparámos um dispositivo significativo e considerável», frisou o chefe da diplomacia da Mauritânia, onde dias antes do início do rali em Lisboa foram assassinados quatro turistas franceses alegadamente por elementos do Braço da Al Qaeda no Magrebe.

Para que o rali Lisboa-Dakar possa realizar-se em 2009, o ministro mauritano defendeu que «todos os governos, e não apenas os desta região (Norte de África), devem tomar medidas».

O evento está ligado a esta região do mundo, lembrou, sublinhando que a Mauritânia «voltará a assumir todas as responsabilidades para que o rali decorra com todas as garantias».

A anulação da edição de 2008 do maior rali do mundo foi anunciada na véspera do dia da partida da prova pelos organizadores franceses, na sequência do assassínio dos turistas franceses na Mauritânia e de ameaças terroristas alegadamente feitas pelo Braço da Al Qaeda no Magrebe.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, disse ter discutido a questão tanto com o seu homólogo, como com o presidente da Mauritânia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi.

«Discutimos o que se passou com o rali e o que pode ser feito para normalizar o mais rapidamente possível essa situação», afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

A visita que Luís Amado realizou hoje à Mauritânia tem por objectivo aprofundar as relações políticas e económicas com aquele país.

O MNE esteve também reunido com representantes dos portugueses que residem na Mauritânia, muitos dos quais são empresários.

«Há mais empresas portuguesas que estão a olhar para este mercado com uma nova atenção e, por isso, Portugal quer reforçar as relações políticas e económicas com a Mauritânia», disse o ministro.

Lusa / SOL

 

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André

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« Responder #31 em: Janeiro 21, 2008, 12:19:26 am »
Governos africanos e europeus vão empenhar-se na realização do rali Dakar em 2009

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Os países europeus e africanos do Mediterrâneo Ocidental decidiram hoje trabalhar em conjunto para que o rali Lisboa-Dakar possa voltar a realizar-se em 2009, disse hoje à Agência Lusa fonte diplomática.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Líbia reuniram-se hoje num jantar de trabalho, em Rabat, para discutir, a pedido do chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, as consequências da anulação do rali devido a ameaças terroristas.

Segundo a mesma fonte, que pediu anonimato, todos os participantes no jantar do chamado Grupo 5+5 manifestaram preocupação com a questão e acordaram trabalhar para "reunir condições para que o rali volte a realizar-se".

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia mauritana, Mohamed Saleck Mohamed Lemine, voltou a sublinhar o grande dispositivo de segurança montado pelo seu governo para a edição deste ano e defendeu que os incidentes na origem da anulação do rali não foram ataques terroristas mas apenas assaltos, cometidos por presumíveis contrabandistas.

A anulação da edição de 2008 do maior rali do mundo foi anunciada na véspera do dia da partida da prova pelos organizadores franceses, na sequência de ameaças terroristas feitas pelo braço da Al Qaeda no Magrebe.

Num comentário à situação, terça-feira em Madrid, Luís Amado considerou "inaceitável" que uma ameaça terrorista determine "o fim do maior rali do mundo", alertou para o risco de a decisão se transformar num precedente para outros eventos desportivos internacionais e responsabilizou os governos pelas acções a empreender para que isso não aconteça.

Outro dos pontos em discussão em Rabat - a criação da União para o Mediterrâneo proposta pela França - foi explicada pelo chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, como estando numa fase em que há ainda "vários modelos" em apreciação e qualquer decisão foi remetida para futuras reuniões.

A ideia de uma União Mediterrânica, avançada em Maio pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, como alternativa aos outros espaços de cooperação mediterrânica, não foi bem acolhida pela maioria dos parceiros europeus, que frisam a necessidade de reforçar esses outros fóruns - designadamente o chamado Processo de Barcelona - e envolver, como eles, as instituições europeias.

Em discussão está nomeadamente uma "proposta conjunta" da França e da Alemanha - um dos países mais críticos quanto a uma duplicação de fóruns de cooperação euro-mediterrânica - que visa, segundo Paris, "associar todos os europeus que o queiram ao projecto".

Os ministros acordaram também adiar, para obter mais tempo de reflexão, uma decisão sobre um alargamento ao Egipto e à Grécia do Grupo 5+5.

Os membros do Grupo 5+5 voltam a reunir-se segunda-feira, em sessão de trabalho, para acordar numa declaração final do encontro.

Lusa