Terça, 23 de Outubro de 2007
Prospecção em Portugal de petróleo custa até 245 milhões
2007-05-18 13:57 (GMT) A prospecção de petróleo na costa portuguesa, ao largo de Peniche, vai custar entre 170 e 245 milhões de euros, admitiu esta sexta-feira o presidente da Petrobrás, parceira das portuguesas Galp Energia e Partex no investimento.
Sérgio Gabrielli, que falava após a assinatura do acordo com as empresas portuguesas, afirmou que a primeira fase da prospecção deverá implicar um investimento de cerca de 30 milhões de dólares (22,2 milhões de euros), aumentando para entre 200 e 300 milhões de dólares (148 e 222,6 milhões de euros), numa segunda fase.
No total, os trabalhos de prospecção petrolífera na Bacia Lusitaniana, na costa portuguesa, deverão demorar 10 anos e custar entre 230 e 330 milhões de dólares (170 e 245 milhões de euros).
Caso a prospecção prove a existência de petróleo comercializável, será necessário investir numa plataforma petrolífera, que custa entre 2 e 3 mil milhões de dólares, segundo Sérgio Gabrielli.
Para este responsável, a operação tem "um risco controlado", porque "há uma maior probabilidade de encontrar petróleo na costa portuguesa do que noutros locais".
O presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira explicou que "há indícios geológicos de que em Portugal se formou petróleo", mas não existem ainda "indícios se houve condições geológicas para reter esse petróleo".
Ferreira de Oliveira considera que o investimento na fase inicial da prospecção deverá situar-se entre 30 e 50 milhões de dólares.
O contrato de concessão para a exploração de petróleo na Bacia Lusitaniana que Galp Energia, Partex e Petrobras assinaram esta sexta-feira prevê a existência de 4 blocos para exploração e produção de petróleo, com um total de 12.000 metros quadrados.
Os blocos, com profundidades entre 200 e 2.000 metros, foram nomeados como Amêijoa, Camarão, Mexilhão e Ostra.
O contrato prevê 8 anos para exploração, prevendo as empresas investir 30 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de euros) nos primeiros 3 anos, em aquisição e processamento sísmico.
O investimento a fazer posteriormente dependerá dos resultados destes estudos, sendo que, se houver indícios que apontem para a existência de um sistema petrolífero na zona, o consórcio deverá efectuar duas perfurações em cada bloco.
O acordo prevê que eventuais descobertas comerciais serão exploradas pelo consórcio num prazo de 30 anos.
Paralelamente, três universidades contratadas pela Petrobras - Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra, e a brasileira Universidade Federal de Sergipe - estão a desenvolver estudos geológicos em terra.
O projecto Atlantis, que começou em Março e vai durar dois anos, visa estudar a Bacia Lusitaniana, ou Lusitânica, em terra, para servir de "guia" ao que poderá ser encontrado em águas profundas.
O consórcio que vai explorar os quatro blocos petrolíferos a 60 quilómetros da costa, ao largo de Peniche, é constituído pela Petrobras, que detém 50 por cento, a Galp Energia, com uma participação de 30 por cento, e a Partex, com 20 por cento.
TVNET / Lusa Comente esta notícia
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