Pois, mas dado o nível de operacionalidade (ou falta dela) da Marinha, o mais provável era o navio não estar disponível, mesmo que o tivéssemos. E aí estaríamos todos a dizer "como é possível ter só um navio deste tipo" ou "como é possível que quando acontece o desastre, o navio não está disponível". No fim, 1 não chega, ou mesmo que chegasse e não estivesse disponível, os problemas mantinham-se, ou para assegurar prontidão a todo o momento, o navio nunca saía do Alfeite até ser necessário. No fim, 150 a 300 milhões gastos num navio militar para funções estritamente civis (pois não lhe seria permitido sair das nossas águas, caso acontecesse algum desastre), quando um par de navios civis, como os Makassar ou o Canterburry, muito mais baratos, e operados e guarnecidos por civis, conseguiriam fazer o mesmo.
O grande problema que temos entre mãos, é que o LPD foi visto, desde sempre, como o único meio capaz de fazer aquelas funções todas. Isto levou a que fossem recusadas outras alternativas ao longo dos anos (usados), outros conceitos (como o desenho dos alemães como contrapartida dos submarinos), e até LPDs mais pequenos e mais baratos. Quis-se tanto um LPD grande e pomposo, igual ao dos aliados, que acabou por não se ter nada. Agora, era melhor ter algo que desenrascasse, como umas LST100 pré-localizadas nos arquipélagos, um Makassar desmilitarizado, um RO-RO convertido, o Siroco, do que andar sem nada, e continuar no sonho molhado do "flagship dos pobres".