Independentemente do que propôs (não vamos por aí que Cavaco não tem legitimidade constitucional para o fazer), Cavaco disse uma coisa ("estou a propôr aqui") e horas mais tarde desmentiu, disse que não tinha dito e que tinha falado "em casos de sucesso". Para mim isto é mentir. Num outro país democrático Cavaco teria perdido várias décimas nas sondagens. Os portugueses seguramente gostam destes circos "democráticos".
De Cavaco, sendo alguém que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", esperava ao menos que tivesse tido a humildade de admitir o que dissera.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
Cavaco tem destas coisas...
Como está tão seguro de "que nunca se engana" por vezes tem saídas disparatadas como essa.
Mas não consegue bater Soares no "deve e haver" dos disparates...
Ainda no último Sábado no final de um inflamado discurso de campanha,
depois de muita referência ao caso das escutas telefónicas,vindo a público no 24HORAS, disse como remate final do discurso....
"...VAMOS ACABAR COM AS ESCUTAS TELEFÓNICAS!"
esquecendo-se duma palavra importante no final que é "ILEGAIS",
como se a classe política estivesse protegida dessa arma judicial, apenas pelo facto de serem políticos.
Independentemente da legalidade ou não das referidas escutas, que ainda está por apurar pois se um Juíz as autorizou são legais, a acção do Juíz é que poderá ser ou não ilegal, um candidato presidencial não deve utilizar factos ligados apenas ao foro judicial para cativar votos.