Votação

Em quem votaria para presidente

ALEGRE, Manuel
9 (20%)
LOUÇÃ, Francisco
3 (6.7%)
PEREIRA, Garcia
0 (0%)
SILVA, Cavaco
31 (68.9%)
SOARES, Mário
1 (2.2%)
SOUSA, Jerónimo
1 (2.2%)

Votos totais: 44

Votação encerrada: Janeiro 22, 2006, 11:55:48 am

Presidenciais 2006 (Nova sondagem)

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papatango

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Presidenciais 2006 (Nova sondagem)
« em: Janeiro 16, 2006, 11:55:48 am »
Este tópico vem na sequência deste:
http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?p=34083#34083

Surgiu-me a ideia de reactivar este tópico, considerando que o anterior estava desvirtuado por ter três meses e os candidatos serem outros.

Além disso, pode ter ocorrido alguma alteração no sentido de voto.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMKAT

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« Responder #1 em: Janeiro 16, 2006, 12:07:54 pm »
Boa ideia papatango.
Além de haver um novo candidato também se poderá analizar a evolução das intenções de voto aqui no fórum... :)
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Pedro Monteiro

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Re: Presidenciais 2006 (Nova sondagem)
« Responder #2 em: Janeiro 16, 2006, 08:35:44 pm »
Independentemente do que propôs (não vamos por aí que Cavaco não tem legitimidade constitucional para o fazer), Cavaco disse uma coisa ("estou a propôr aqui") e horas mais tarde desmentiu, disse que não tinha dito e que tinha falado "em casos de sucesso". Para mim isto é mentir. Num outro país democrático Cavaco teria perdido várias décimas nas sondagens. Os portugueses seguramente gostam destes circos "democráticos".
De Cavaco, sendo alguém que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", esperava ao menos que tivesse tido a humildade de admitir o que dissera.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Citação de: "Normando"
Não percebi o burburinho gerado após Cavaco ter sugerido, em entrevista ao JN, que o Governo atribuísse a um secretário de estado a tutela dos dossiers respeitantes às empresas estrangeiras instaladas em Portugal. Um PS histérico já antevê um "golpe de estado constitucional"; o porta-voz da candidatura de Mário Soares, Severiano Teixeira, já alertou para o perigo de "instabilidade política" se Cavaco Silva ganhar; Manuel Alegre alertou para os "riscos de governamentalização da Presidência da República"; etc, etc, etc...

Se o PR nem uma sugestão pode fazer, então para que serve ele? O Poder Executivo compete ao Governo; o Poder Legislativo está reservado à AR e ao Governo; o Poder Judicial está atribuído ao MP e aos Tribunais. E o PR fica com quê? Poder Decorativo?...
 

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komet

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« Responder #3 em: Janeiro 16, 2006, 08:38:12 pm »
É a democracia de votar no "menos pior"...
"History is always written by who wins the war..."
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #4 em: Janeiro 16, 2006, 09:26:48 pm »
Citação de: "komet"
É a democracia de votar no "menos pior"...


O problema é se não é o menos pior. Eu não acho que seja. Aliás, eu tenho em quem votar por concordar com as suas ideias, com a sua personalidade e projecto. Quem não tem candidato que vote em branco ou conheça os que há.
Há uma desculbalização excessiva dos erros de Cavaco Silva, parece-me. Eu tenho visto uma pessoa que recusa debates (mesmo os que deviam integrar um candidato que não debateu, seja ele bom ou mau, não interessa), discursa lugares comuns e insinua acções que vão para lá dos seus poderes constitucionais. E, no entanto, pouco se faz notar tudo isso. Cavaco até pode ter uma campanha inteligente. É campanha para ganhar. Infelizmente, não me parece uma campanha que mostre se ele merece ganhar. E isso é essencial em democracia. Só assim as escolhas são conscientes.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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papatango

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« Responder #5 em: Janeiro 16, 2006, 09:46:53 pm »
Eu acho que o Cavaco não quer debates, porque ele não tem o mais pequeno jeito para debater o que quer que seja.

Infelizmente concordo com a ideia do mal menor.

Cavaco está muito longe de ser um candidato perfeito.

Lembro-me quando ele era primeiro ministro, de o ter ouvido dizer durante uma manifestação de estudantes, que "nem toda a gente podia ser doutor", a proposito das vagas para medicina, e isto no fim dos anos 80.

Lembro-me que na altura pensei que já devia haver em Portugal bastantes médicos, para o primeiro ministro dizer aquilo, e afinal, agora estamos a importar médicos de Espanha.

No entanto, como os ciclos economicos não coincidem com os ciclos politicos, a realidade é muito diferente daquilo que grande parte dos candidatos nos têm andado a dizer.

Mesmo em termos internacionais, e eu já aqui falei nisso, durante o periodo de Cavaco, Portugal era de facto visto como um bom exemplo. Custe o que custar, por muito desagradável que seja reconhecer, isso era uma realidade.

Portugal, com Cavaco, deixou de ser um país para lá dos pirineus, para se tornar um país europeu.

Mas evidentemente foram cometidos erros, e eu acredito que o principal problema de Cavaco foi não ter tido coragem para corrigir muitos dos erros e distorções da sociedade.

No entanto, quando vemos o periodo Guterres, fica-se com medo.

É Guterres, e não Cavaco quem recebe mais dinheiro da União Europeia, e eu não estou a dizer que muito do que foi feito por Cavaco não estivessse errado, no entanto, especialmente no que respeita aos cursos de formação, durante o periodo Guterres atingiu-se o ridiculo.

Não só pelos escandalos, como pela execrável qualidade dos cursos, especialmente na área da informática e eu sei do que estou a falar, por contacto directo com eles.

Havia formadores sem qualquer capacidade, mas acima de tudo pessoas que íam para os cursos para assinar a folha e ganhar dinheiro.

Este tipo de situações ocorreu com maior frequência no periodo de Guterres, o periodo do facilitismo, onde se não se tem conhecimentos para passar num exame, não há problema.

Portanto, Cavaco, considerados os prós e os contras, tem mais vantagens que desvantagens, e grande parte da propaganda anti-Cavaco que se houve, cai por terra com uma ou duas análises simples.

Acho melhor medir o carácter dos candidatos, ver o que dizem, e como falam.

Dito isto, continuo a ser daqueles que só no dia do voto decide em quem vai votar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #6 em: Janeiro 17, 2006, 09:42:07 am »
Citação de: "papatango"
Portugal, com Cavaco, deixou de ser um país para lá dos pirineus, para se tornar um país europeu.


Cavaco conseguiu o "impossível"? Obviamente que não. É sabido que havendo uma liberalização do mercado este responde numa primeira fase de modo favorável. Primeiro, porque foi no tempo de Cavaco que se começaram as privatizações. Segundo, porque foi no seu tempo que se deram as primeiras deslocalizações de fábricas e pólos indústrias (então, a globalização era uma coisa boa  :roll:) para Portugal vindas da Europa Central. Isto é, deu-se crescimento económico. Num outro ponto a situação financeira melhorou com a vinda dos fundos da CEE e que possibilitaram, assim, a mobilização de verbas para outros campos de investimento. Pode-se pois concluir que os três principais factores do crescimento económico de Portugal no final da década de 80 mais do que a política governamental, dependem da adesão à CEE e da natural pujança económica que isso traz.
Um segundo tópico não menos importante é o modo como o poder local geriu as verbas da CEE: de um modo irracional, mal planeado e até mesmo corrupto. Isto são factos que vieram na imprensa portuguesa e em estudos internacionais. O que tem isso a ver com Cavaco? Ora, o poder central - isto é, o Governo e, portanto, Cavaco Silva - deveria ter controlado essa gestão e, sobretudo, porque tinha uma responsabilidade política sobre este - tal como o poder central, o poder local era social-democrata. Os erros não se desculpam, pagam-se. Estes fundos foram mal administrados e os responsáveis políticos não podem ser desculpabilizados.

Por outro lado, se se construiram estradas e infra-estruturas que nos ligaram à Europa e permitiram um melhor escoamento dos nossos produtos, deve-se notar que, por exemplo, a Irlanda apostou numa formação superior, na modernização da sua agricultura e pesca e numa economia competitiva. Com dinheiros europeus. Portugal usou esses fundos essencialmente para construção de infra-estruturas. Opções? Sim. Porém, o dinheiro da CEE/UE não é infinito e, portanto, deveria ter sido usado (até numa lógica de pacto de regime) na modernização da nossa capacidade técnico-produtiva e que a longo prazo (os vinte anos que completamos agora) iria seguramente produzir por ela própria as verbas necessárias para estradas e infra-estruturas. É o que ocorre, aliás, na Irlanda. E, no entanto, a Irlanda também investiu em infra-estruturas. O nosso erro foi investir só nestas. Mais uma vez os responsáveis políticos não podem ser desculpabilizados. Isto é uma crítica válida para Cavaco e Guterres. Porém, isso não desculpabiliza Cavaco.
Em geral, as infra-estruturas geraram um crescimento económico a curto prazo (através das empresas de construção), porém, não se traduziram num investimento proveitoso a médio prazo. E basta ver que isso não capacitou as empresas de construção para actuarem de forma independente no exterior.
Deste modo, Cavaco não poderia ter do ponto vista económico o meu voto.

Cavaco Silva fala agora que a ocupação de cargos públicos conforme cor partidária foi um erro. Não obstante, não deixa de ser interessante que seguinto esta lógica, Cavaco poderá ser levado a nomear ao invés de militantes socialistas, militantes do PSD e CDS. Isto é, na prática, militantes dos partidos que o apoiaram. Gostaria de ver tal afirmação caso o governo fosse social-democrata. Sendo socialista não me espanta.

Do ponto de vista político podia só destacar o modo como foram tratadas figuras valiosas como Eurico de Melo, Fernando Nogueira e Cadilhe. Cavaco que é incapaz na sua auto-biografia de criticar Santana Lopes e de explicar porque não o elevou a ministro. faz-lhe mesmo elogios, para meses depois lhe chamar de má moeda. É pois uma pessoa cujas opiniões se centram no politicamente correcto. Eu pessoalmente gosto de opiniões frontais (concorde com elas ou não).

Cavaco tem um projecto governativo para Belém. Isso é inconstitucional. E poderá mesmo gerar confrontos com o Governo. Não digo que Cavaco demita o Governo, mas pode desgastá-lo. Eu pessoalmente não acredito que o PSD constitua opção. Infelizmente, também não creio que Cavaco tenha cultura humanista (independentemente de ter ou não cultura livresca) para o diálogo. E isso em Belém é muito importante. Em Belém não se pede um projecto governativo, mas alguém cujo perfil é de uma pessoa sensível e capaz de gerir os imprevistos que surjam de uma forma consensual e imparcial. Para mim essa pessoa (digo-o muito claramente) é Manuel Alegre.
Manuel Alegre que tem mostrado, nos seus discursos, uma preocupação constante pelas Forças Armadas e sua dignificação e modernização. Manuel Alegre que, coerente com os seus princípios, fez a guerra para ter a capacidade moral para a criticar. Manuel Alegre que foi o deputado socialista que mais votou contra o seu próprio partido. Manuel Alegre que se manteve distante e críticos face à lógica do poder - por exemplo, na célebre questão do "queijo limiano". Pensem nestes factos.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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TOMKAT

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« Responder #7 em: Janeiro 17, 2006, 08:38:15 pm »
Mário Soares hoje em visita aos estaleiros de Viana do Castelo declarou-se claramente contra a privatização dos estaleiros.

Mas o dia não passou sem mais uma anedota soarista... causada pela dependência dos estaleiros das encomendas do Ministério da Defesa...
Em declarações ás tv's:
"... devido ao Ministro da Defesa se encontrar na China,...
...mandei-lhe um SOS para entrar em contacto rapidamente com ele..."

Soares a mandar SOS's ao Ministro da Defesa???
Deve estar a ir ao fundo e a necessitar de salvamento... :lol:

Reação de Cavaco ás declarações de Soares...
"...disse que não me devia pronunciar sobre isso para não ser acusado de ingerência em assuntos do Governo..."

Caso para dizer... se fala, mandam-no calar,... se cala, mandam-no falar.

Gerónimo e Louçã manifestaram-se abertamente a favor da intervenção do Presidente da República neste caso para impedir a privatização.

Por onde andam as ingerências agora???
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Pedro Monteiro

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« Responder #8 em: Janeiro 17, 2006, 08:49:34 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Gerónimo e Louçã manifestaram-se abertamente a favor da intervenção do Presidente da República neste caso para impedir a privatização.

Por onde andam as ingerências agora???


Numa coisa simples: os ENVC são empresas estatais. Logo, são propriedade do Estado. Quem representado o Estado é o Governo e o Presidente da República. O mesmo se passa com a GALP. Ora, é óbvio que é um erro privatizar os ENVC apenas para construir o NPL. É uma mais valia fazer-se um investimento adicional para a capacitação técnica do estaleiro e que assegure a independência do mesmo. Afinal, caso o NPO e o LPD sejam navios bem sucedidos, os ENVC tornar-se-ão mais um concorrente neste mercado. Algo que, julgo, nenhum outro estaleiro militar deseja.
Neste ponto, a acção do Presidente da República mais que contra uma acção governativa é, sobretudo, a favor do interesse do Estado português e pela defesa de planos a longo prazo - privatizar os ENVC só pelo LPD é uma decisão a curto prazo e, no mínimo, mal justificada.
E acresce um factor: neste momento os ENVC são essencialmente estaleiros para construção de navios militares (aliás, foi isso que os tirou de uma falência técnica). Logo, sendo o Presidente da República o Comandante Supremo das Forças Armadas tem necessariamente uma palavra a dar em matérias de defesa. E esta (de um modo indirecto) é um desses casos.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Jorge Pereira

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« Responder #9 em: Janeiro 17, 2006, 10:27:50 pm »
Penso que só uma tragédia evitará que Cavaco Silva seja o próximo Presidente da República.

Fazendo uma muito sucinta síntese daquilo que mostraram os candidatos, temos na minha opinião, o seguinte:

Manuel Alegre: Mal preparado, inseguro, desconhecedor da própria constituição, utópico, revanchista em relação ao Mário Soares e ao PS.

Mário Soares: Desactualizado, dá a impressão que parou no tempo há mais de 20 anos, arrogante, passou quase a totalidade do tempo a atacar Cavaco Silva, desconhecedor de matérias fulcrais para o país, o que mais gafes cometeu.

Francisco Louçã: Demagogo (nem ele próprio deve acreditar naquilo que diz), manipulador, arrogante, incendiário.

Jerónimo de Sousa: Utópico, simpático, mal preparado.

Cavaco Silva: Rigoroso, muito bem preparado, sério, tem uma clara visão daquilo que Portugal precisa, postura de homem de estado, pouco à vontade como orador, reagiu mal (sem necessidade) às críticas ressabiadas de Santana Lopes.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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PereiraMarques

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« Responder #10 em: Janeiro 17, 2006, 10:58:28 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Penso que só uma tragédia evitará que Cavaco Silva seja o próximo Presidente da República.

Fazendo uma muito sucinta síntese daquilo que mostraram os candidatos, temos na minha opinião, o seguinte:

Manuel Alegre: Mal preparado, inseguro, desconhecedor da própria constituição, utópico, revanchista em relação ao Mário Soares e ao PS.

Mário Soares: Desactualizado, dá a impressão que parou no tempo há mais de 20 anos, arrogante, passou quase a totalidade do tempo a atacar Cavaco Silva, desconhecedor de matérias fulcrais para o país, o que mais gafes cometeu.

Francisco Louçã: Demagogo (nem ele próprio deve acreditar naquilo que diz), manipulador, arrogante, incendiário.

Jerónimo de Sousa: Utópico, simpático, mal preparado.

Cavaco Silva: Rigoroso, muito bem preparado, sério, tem uma clara visão daquilo que Portugal precisa, postura de homem de estado, pouco à vontade como orador, reagiu mal (sem necessidade) às críticas ressabiadas de Santana Lopes.


Então e o "camarada" Garcia Pereira?  :G-Kill:

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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TOMKAT

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« Responder #11 em: Janeiro 17, 2006, 11:07:32 pm »
Citação de: "Pedro Monteiro"
...
 Ora, é óbvio que é um erro privatizar os ENVC apenas para construir o NPL. É uma mais valia fazer-se um investimento adicional para a capacitação técnica do estaleiro e que assegure a independência do mesmo. Afinal, caso o NPO e o LPD sejam navios bem sucedidos, os ENVC tornar-se-ão mais um concorrente neste mercado. Algo que, julgo, nenhum outro estaleiro militar deseja.

Pedro Monteiro também acho um erro uma hipotética privatização dos estaleiros.
Além de que a haver dinheiro e vontade política, o reequipamento da Marinha Portuguesa vai manter os estaleiros ocupados por vários anos.
A nossa Marinha mais tarde ou mais cedo vai ter que investir em navios de porte maior que os NPO´s, e a existência de estaleiros contolados pelo estado, capacitados na construção de navios militares (a experiência ganha com os NPO´s vai dar frutos) é uma mais valia que não se deve monesprezar.
Depois há a área da manutenção.
A manutençao do futuro LPD terá que ser sempre feita nos ENVC.

Citação de: "Pedro Monteiro"
Neste ponto, a acção do Presidente da República mais que contra uma acção governativa é, sobretudo, a favor do interesse do Estado português e pela defesa de planos a longo prazo - privatizar os ENVC só pelo LPD é uma decisão a curto prazo e, no mínimo, mal justificada.
E acresce um factor: neste momento os ENVC são essencialmente estaleiros para construção de navios militares (aliás, foi isso que os tirou de uma falência técnica). Logo, sendo o Presidente da República o Comandante Supremo das Forças Armadas tem necessariamente uma palavra a dar em matérias de defesa. E esta (de um modo indirecto) é um desses casos.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


Que eu saiba o Presidente da Republica ainda não se manifestou acerca do assunto (se o fez passou-me a informação ao lado).
Apesar de os ENVC estarem muito ligados ao sector da Defesa, são uma empresa pública que se rege pelas mesmas leis como qualquer empresa privada, e a sua tutela diz apenas respeito governo.
Como candidatos, todos podem e devem opinar para que se conheçam as suas ideias.
O curioso desta situação é que sempre que Cavaco opina sobre alguma área tutelada pelo Governo é ingerência.
Quando são outros candidatos a fazê-lo estão a exercer correctamente o seu dever. :?
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Luso

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« Responder #12 em: Janeiro 17, 2006, 11:26:20 pm »
A questão das empresas estratégicas, sobretudo com implicações na Defesa, não é assunto para ser encarado de anímo leve. Vejam o meu "poste" sobre a Boeing.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #13 em: Janeiro 18, 2006, 02:03:33 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Penso que só uma tragédia evitará que Cavaco Silva seja o próximo Presidente da República.

Fazendo uma muito sucinta síntese daquilo que mostraram os candidatos, temos na minha opinião, o seguinte:

Manuel Alegre: Mal preparado, inseguro, desconhecedor da própria constituição, utópico, revanchista em relação ao Mário Soares e ao PS.

Mário Soares: Desactualizado, dá a impressão que parou no tempo há mais de 20 anos, arrogante, passou quase a totalidade do tempo a atacar Cavaco Silva, desconhecedor de matérias fulcrais para o país, o que mais gafes cometeu.

Francisco Louçã: Demagogo (nem ele próprio deve acreditar naquilo que diz), manipulador, arrogante, incendiário.

Jerónimo de Sousa: Utópico, simpático, mal preparado.

Cavaco Silva: Rigoroso, muito bem preparado, sério, tem uma clara visão daquilo que Portugal precisa, postura de homem de estado, pouco à vontade como orador, reagiu mal (sem necessidade) às críticas ressabiadas de Santana Lopes.


Ainda bem que temos Cavaco! Os outros são realmente muito maus. Péssimos. Deve ser de serem "políticos profissionais". Nunca vi tamanha parcialidade...
Gostava de saber onde acha que Manuel Alegre está mal preparado. Por favor, diga-me. Eu achei-o bem preparado no debate contra Soares, por exemplo. Estava bem informado, pelo menos.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Moi

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« Responder #14 em: Janeiro 18, 2006, 05:03:18 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Penso que só uma tragédia evitará que Cavaco Silva seja o próximo Presidente da República.

Fazendo uma muito sucinta síntese daquilo que mostraram os candidatos, temos na minha opinião, o seguinte:

Manuel Alegre: Mal preparado, inseguro, desconhecedor da própria constituição, utópico, revanchista em relação ao Mário Soares e ao PS.

Mário Soares: Desactualizado, dá a impressão que parou no tempo há mais de 20 anos, arrogante, passou quase a totalidade do tempo a atacar Cavaco Silva, desconhecedor de matérias fulcrais para o país, o que mais gafes cometeu.

Francisco Louçã: Demagogo (nem ele próprio deve acreditar naquilo que diz), manipulador, arrogante, incendiário.

Jerónimo de Sousa: Utópico, simpático, mal preparado.

Cavaco Silva: Rigoroso, muito bem preparado, sério, tem uma clara visão daquilo que Portugal precisa, postura de homem de estado, pouco à vontade como orador, reagiu mal (sem necessidade) às críticas ressabiadas de Santana Lopes.



AHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHHAHA

Boa piada Jorge, trocadilhos bem conseguidos....

Todavia reveladores do maniqueísmo reinante na direita, «nós» (os de direita) é que sabemos o que é que o país precisa, negarem a nossa visão sobre os destinos de um país assente numa economia virada para as empresas é negarem a Evolução, negarem as nossas importantes e inatacáveis (e por isso justas) reformas económicas é negarem o Futuro, negarem a nossa visão da história é negarem a História...

É interessante verificar como as utopias e as verdades históricas da direita se cruzam com as utopias e as verdades históricas dos antigos  países do Bloco de Leste.

Os «outros», os de esquerda, os maus, são utópicos (o que é uma condição má sendo-se de direita), demagogos e
arrogantes.

«Nós», os de direita, somos os bons, estamos sempre certos do que falamos, estamos sempre dispostos a por o país na ordem e a andar de novo nos carris (discurso tão antigo como a própria direita), etc... etc...

Um fartote de rir...

Cumprimentos Republicanos