« em: Setembro 03, 2007, 10:02:51 pm »
Guiné-Bissau: Empresário Alpoim Calvão sob termo de identidade e residência em Bissau
Bissau, 03 Set (Lusa) - O empresário Alpoim Calvão foi impedido, sexta-feira, de sair da Guiné-Bissau e está sujeito a termo de identidade e residência por alegado envolvimento no desaparecimento de uma estátua na ilha de Bolama, disse hoje à Lusa a Polícia Judiciária guineense.
A estátua em bronze do antigo presidente norte-americano Ulisses Grant foi erguida em Bolama, no arquipélago dos Bijagós, em memória do papel decisivo que o antigo presidente dos Estados Unidos teve no desfecho do diferendo entre Lisboa e Londres sobre a ilha guineense.
O desaparecimento da estátua da ilha de Bolama foi denunciado em meados de Agosto por um cidadão anónimo, tendo o caso sido entregue à Polícia Judiciária da Guiné-Bissau.
"As investigações ocorreram na sequência de uma denúncia", afirmou um inspector da PJ guineense, acrescentando que a estátua foi encontrada enterrada num buraco.
"Há nacionais e estrangeiros envolvidos, nomeadamente Alpoim Calvão", sublinhou.
Segundo o inspector, o empresário português já foi ouvido e reconheceu que a sua empresa de sucata comprou uma parte da estátua.
"Ficou com termo de identidade e residência até o caso ser esclarecido", afirmou.
Alpoim Calvão, comandante das forças especiais portuguesas na Guerra Colonial na Guiné, está em Bissau desde 2004 com um projecto de investimento no sector de recolha de sucata e transformação de caju, principal produto agrícola do país.
Alpoim Calvão dá emprego a cerca de 1.500 guineenses na ilha de Bolama, de onde desapareceu a estátua do antigo presidente norte-americano.
A Agência Lusa está a tentar o contacto com o empresário português mas, até ao momento, tal ainda não foi possível.