Jorge Pereira:
Com o devido respeito, essa sua ideia do 4º submarino deve ter sido tirado de uns posts que eu coloquei aqui, na 1ª fase da minha peresença, em que lutei com todas as forças insistindo que para comprar apenas 2, mais valia não ter nenhum e aplicar o dinheiro em meios de superfície.
De outro modo, congratulo-me por não estar só nesta causa.
É que de acordo com o que disse, e eu assino por baixo, com apenas 2, passamos na realidade a ter apenas um estado de completa operacionalidade, e com três poderiamos em tempos de crise termos pelo menos 2, enquanto o terceiro estaria em manutenção e/ou reabastecimento.
O ideal seriam 4 ou mesmo 5 para o tamanho das nossas águas.
Mas voltando ao tema e pegando no plano atribuído por Nuno Rogeiro à Marinha em 1997, sublinharia o segunte:
Quem planificou uma força de 14 fragatas e apenas um reabastecedor de esquadra, apenas um NPL, deve ter uma noção de Marinha muito desiquilibrado, tendendo a esquecer a capacidade logística que é hoje em dia a 2ª arma mais importante para qualquer estado envolvido em conflitos, cenários de crise humanitária ou em manobras.
A capacidade de transporte de homens, equipamentos, meios aéreos e anfíbios, a capacidade de reabastecimento autónomo em teatros de guerra longínquos é o que torna qualquer força naval notável, como o é a dos EUA, por exemplo.
Por isso insisto na necessidade de menos fragatas (um máximo de 8 fragatas a 10 anos) dois NPL's, ou em alternativa, um, como o que está projectado mais um porta-helicópteros (abandono para já a minha ideia do navio-hospital dedicado) e um segundo reabastecedor de esquadra para juntar ao Bérrio.
No caso de se optar por 6 fragatas ou mesmo 5 em vez das 8, poderia ser iniciado o estudo financeiro e de formação para a aquisição de 2 cruzadores ou destroyeres para juntar à frota de fragatas.
Mas o mais grave disto tudo é que a actual LPM nem sequer prevê o que vai ser das actuais fragatas para daqui a 15 anos.
Terá sido isto um lapso, ou teremos para breve uma surpresa no sapatinho?