« Responder #53 em: Dezembro 14, 2007, 05:40:21 pm »
Galp já pode concorrer como operador de blocos em AngolaA Galp Energia está habilitada a concorrer como responsável por operações petrolíferas (operador) na próxima ronda de licitação de blocos em Angola, a concluir em Março de 2008.
Em Angola, é a primeira vez que a Galp é classificada enquanto operador, mas essa classificação já foi obtida pela empresa em vários blocos no Brasil e em Portugal.
Na lista das empresas pré-qualificadas como operador para o concurso, a que a Lusa teve acesso, a petrolífera portuguesa surge na lista dos 39 operadores autorizados, juntamente com empresas como a BP, Chevron, Eni, Gazprom, Petrobras, Sinopec, Total ou a indiana ONGC Videsh, com a qual a Galp assinou recentemente um acordo de parceria.
A concurso estarão blocos terrestres em Cabinda (Bloco Centro) e Kwanza (KON11 e KON12) e ainda um de águas rasas (Bloco 9).
A concessionária estatal Sonangol recebe até 13 de Março de 2008 propostas também para três blocos de águas profundas (19, 20 e 21) e outros tantos de águas ultra-profundas (46, 47 e 48).
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Galp Energia frisou que Angola é que decidiu que a Galp tinha capacidade para ser operador.
Na quinta-feira receberam ainda estatuto de operador habilitado empresas como a Addax Petroleum, Esso, Gaz de France, Lukoil, Maersk Oil and Gas, Shell e Statoil Hydro.
Como «não-operadoras» constam da lista a que Lusa teve acesso 42 empresas habilitadas, entre elas a Iberdrola, Gema, National Petroleum Corporation of Namibia, Repsol, Roc Oil ou Sonangol Sinopec International.
As propostas deverão ser entregues individualmente até 13 de Março de 2008, e abertas em acto público no dia seguinte.
De acordo com as regras do concurso, estas propostas deverão indicar o interesse da companhia em ser operador ou não-operador, bem como a participação máxima e mínima pretendida nos blocos a que concorre.
Juntamente com as propostas, tem de ser apresentada uma garantia financeira de um banco comercial angolano ou banco estrangeiro de 1ª Classe (ientidades que certificam e garantem créditos documentários internacionais).
O valor desta garantia é o equivalente à participação da empresa candidata no bloco a que concorre, com base o valor do programa de trabalhos proposto.
As empresas vencedoras assinarão um contrato de partilha de produção com a Sonangol, concessionária angolana para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos.
Actualmente, a Galp Energia participa em Angola no Bloco 14, em fase de produção e operado pela norte-americana Chevron.
A produção deste bloco correspondente à participação da Galp Energia rondou os 9 mil barris por dia no final de 2006, quantidade que deverá crescer até 2010 para cerca de 25 mil barris por dia.
Na legislação angolana, o operador petrolífero é a empresa que tem o controlo e administração exclusiva da execução das operações na área do contrato, em nome do grupo empreiteiro a quem é concessionada a exploração e produção.
Habitualmente, é também o maior accionista da sociedade responsável pela exploração, e compete-lhe também a maior fatia do investimento.
Manuel Vicente, presidente da Sonangol, afirmou recentemente à Lusa em Lisboa que a Galp poderia concorrer como operador às próximas concessões petrolíferas, mas apenas no «on-shore» e águas rasas.
«A única exigência [nas regras das licitações petrolíferas] é que [a Galp] tenha capacidade; em águas profundas e ultra-profundas não diria, mas para águas rasas e on-shore não vejo dificuldade», disse então.
«Ao nível de conselho de administração da Galp», onde a Sonangol tem uma participação, Vicente afirmou que encoraja a gestão «a lutar» por aumentar a participação no sector petrolífero angolano.
Diário Digital / Lusa