O NOVO FX BR E O PAK FA
Aqui esta o que Brasil tem que fazer entra no consórcio entre Rússia índia e china na fabricação de um novo caça de 5º geração para o Brasil.
Seja como for, o Brasil não irá a lugar algum apenas pensando em pequenas aquisições condicionadas a uma improvável e fantasiosa transferência de tecnologia. Somente alcançará seus objetivos se abrir os olhos para reais parcerias de desenvolvimento, caminhando aí sim para obter tecnologia própria no futuro.
Nesse espírito, o T-50 PAK FA é o caça de superioridade aérea de 5ª Geração da Sukhoi ideal para o NOVO FX BR. Trata-se do sonho dos pilotos militares de todo o mundo, pois é o sucessor natural da poderosa FAMÍLIA FLANKER.
Em 12 de dezembro de 2007, a revista ASAS publicou matéria afirmando que a Rússia teria oferecido ao Brasil a possibilidade de tornar-se parceiro do Programa PAK-FA.
Recentemente, a Índia assinou um protocolo com a Rússia, tornando-se a primeira parceira internacional do programa. A oferta teria ocorrido durante a visita de uma delegação governamental russa, ligada à indústria de Defesa ao Brasil, ocorrida 2 semanas antes.
Além de equipamentos militares diversos, as conversações teriam também incluído a possibilidade de compra do Sukhoi Su-35-1 e sua produção sob licença no Brasil, com amplos pacotes de transferência de tecnologia. Teria havido reuniões com autoridades civis e militares brasileiras em Brasília.
A torcida do DEFESA BR
é apenas por inteligência
e legitimidade da escolha !
Para esse aumento para 36 caças, existiriam 2 fatores : o Chávez e a desmilitarização do controle aéreo nacional.
O "Fator Chávez" mostrou à sociedade brasileira que ela não conta com Defesa à altura do País há décadas. Já a perda que a FAB teria de R$ 2 bilhões anuais sem o controle aéreo seria compensada com mais investimentos em defesa aérea, aliás, sua obrigação constitucional mais básica de todas.
Esse NOVO FX BR poderia ser bem superior, pois o FX original objetivava a montagem no Brasil sob licença, em uma fase seguinte, de 108 aeronaves de modelo já aperfeiçoado ao inicialmente escolhido, vindo a totalizar 120 aeronaves de interceptação.
Uma aquisição menor que essa não ensejará montagem local nem poderá contar com plena transferência de tecnologia. Mesmo 120 unidades produzidas aqui sob licença não garantirão transferência de tecnologia atualizada, isso é muito improvável de acontecer.
Nos ensina João Verdi que é preciso evitar essas famosas aquisições condicionadas à transferência de tecnologia, pois nenhuma empresa de Defesa do mundo irá transferir tecnologia atualizada e de ponta, para um País dito emergente. Um País que não investe em seu próprio PD&I não vai a lugar algum. Já as parcerias de desenvolvimento são bem vindas.
A OPÇÃO PELOS RUSSOS
A preocupação do DEFESA BR em que a escolha fosse russa refere-se não somente à superioridade de seus meios aéreos de combate, mas ao contínuo oferecimento de transferência de tecnologia, que se trata da maior necessidade do Brasil nesse campo. Mas isso só virá com uma parceria mais profunda.
Entre os caças russos, poder-se-ia pensar no tão falado Su-35 e até mesmo no Su-47 Berkut, aquele de asas invertidas, antes conhecido como S-32 e depois S-37, mas este ficará mesmo na história como mero demonstrador de tecnologia.
Entretanto, no mundo real, o Su-35 deverá ter como sucessor tecnológico de 5ª Geração o PAK FA (2), ou T-50, que deverá entrar em operação na Rússia talvez em 2010. Trata-se do sucessor natural da FAMÍLIA FLANKER (um Berkut sem as asas invertidas).
Já a partir de 2010, o T-50 tornar-se-ia a opção ideal para o NOVO FX BR da FAB, que ainda sequer é oficial, porém já é bastante comentado e discutido.
Concepção artística do T-50 PAK FA.
Sabe-se que o PAK FA (Perspektivnyi Aviatsionnyi Kompleks Frontovoi Aviatsyi - Future Air Complex for Tactical Air Forces - Sistema Aéreo Futuro para Forças Aéreas Táticas - contrapartida do JSF) vem sendo desenvolvido desde 2002 pelo Bureau Sukhoi com estreita participação indiana. Deverá custar US$ 30 milhões a unidade.
O T-50 PAK FA será um puro caça furtivo multimissão de 5ª Geração, que terá um ação de 1.200 km. Como caça médio de 20.000 kg, será capaz de operar em Navios-Aeródromos. Poderá ser superior ao F-35 Lightning II americano, o JSF, e pretende ser tão invisível quanto o F-22, com baixíssima Assinatura Radar, ou RCS.
O futuro caça PAK FA deveria usar 2 turbinas AL-41F, mas parece já contar com outro motor em avançado desenvolvimento, que é turbo jato 117C também da NPO-SATURN. Trata-se de uma modernização do motor AL-31F instalado nas versões anteriores das aeronaves Sukhoi Su-27 e Su-30.
O novo turbo jato combina a experiência com o AL-31F com novas tecnologias obtidas durante anos no desenvolvimento do motor AL-41F. Comparado com o AL-31F (de 12.410 kg de potência), o 117C tem sua potência aumentada em pouco mais de 2 ton para 14.500 kg, e incorpora uma entrada de ar maior, um sistema de vetoração de empuxo e um sistema de controle de vôo digital.
O pesado uso de compostos de carbono na estrutura do PAK FA permitirá que tenha peso reduzido. Espera-se que ele tenha melhor desempenho, com melhor aceleração, maior velocidade de cruzeiro e alcance. Os novos motores permitirão ao T-50 operar em pistas curtas, de 300 a 400 m de extensão.
Com o 117C, o PAK FA não precisará usar o pós-combustor para decolar, acelerar, subir e fazer curva e melhora a capacidade de supercruzeiro. Uma dupla de 117C dará ao T-50 velocidade supersônica de cruzeiro, sem uso de pós-combustão.
Os fabricantes já produziram cinco protótipos, que foram testados com sucesso em caças Su-27LL e Su-30. Baseado nos resultados desses testes, os projetistas melhoraram o fluxo de ar no motor e o sistema de controle. Acredita-se que o Su-35 também contará com os 117C.
Especula-se que possa haver 2 versões do PAK FA, uma pesada e outra média. A primeira teria 2 turbinas e pesaria 30.000 kg, para uso da Rússia, devido às suas elevadas dimensões continentais, mesmo caso de Brasil, China e Índia.
A outra versão contaria com somente 1 turbina e teria somente 20.000 kg, para exportação à maioria dos Países, de reduzidas dimensões geográficas.
O novo caça russo poderá realizar missões tanto táticas quanto estratégicas, percorrendo grandes distâncias a velocidade supersônica, e recebendo múltiplos REVOs em qualquer ponto da Terra. Será automatizado com novos sistemas inteligentes.
Mais um aconcepção artística do T-50 PAK FA.
De acordo com Felipe Salles : "para a indústria aeroespacial brasileira, que, por diversas razões perdeu o trem no caso dos aviões de caça europeus, esta pode ser uma oportunidade rara e muito interessante".
O T-50 ainda se encontra num estágio ainda bastante inicial, com muito trabalho restando ainda pela frente. A tecnologia desenvolvida para ele será no estado da arte, podendo servir como alavanca para nos capacitar nas próximas décadas para mantermos a liderança conquistada pelos eficientes EMB170/190 no mercado comercial civil.
A Embraer tem muitas habilidades técnicas que a distinguem e pavimentam seu caminho de sucesso até o ponto em que ela se encontra hoje. Uma destas, é justamente seu know-how de vendas e de suporte pós-vendas.
Imaginem um caça de 5ª Geração nascendo com encomendas de várias centenas de unidades já garantidas, unindo
a alta tecnologia dos russos;
o baixo custo industrial dos chineses;
o domínio de software indiano; com
a atenção a clientes alinhada com os melhores padrões
de serviço da indústria ocidental, amplamente dominados
pelos brasileiros.
Esta seria uma combinação inédita das melhores características de um grupo notável de Países chamados pelos analistas econômicos internacionais como BRICs (Brasil-Russia-Índia-China). A Índia já se associou ao projeto do T-50 no segundo semestre de 2007.
Eis uma janela única se abrindo à nossa frente, será que teremos habilidade para aproveitar ela? O tempo dirá."
Seria possível que o Brasil viesse a participar um dia no desenvolvimento do PAK FA devido ao acordo com os russos, que também abrange o desenvolvimento aeronáutico e aeroespacial (veja em ALIANÇAS). Com essa parceria, nosso PD&I só teria a ganhar.
O Brasil não irá a lugar algum apenas pensando
em pequenas aquisições condicionadas à uma
improvável e fantasiosa transferência de
tecnologia. Somente alcançará seus objetivos
se abrir os olhos para reais parcerias de
desenvolvimento, caminhando aí sim
para obter tecnologia própria no futuro.
Dados
DEFESNET