Em alto mar é bem mais difícil do que num mar "fechado". Depois o nosso grandioso PNM, seria afundado bem antes de conseguir multiplicar qualquer força. Eu acho que por vezes se esquecem que o dito navio é civil, desarmado e as escoltas que o poderiam defender são limitados em quantidade e qualidade. Também se esquecem que a maioria dos drones que temos são civis.
A chave para ter uma força de drones militares capaz, está nos drones que se obtém, no que lhes é instalado e, claro, na sua quantidade. Existe uma grande diferença entre os drones que nós vemos por cá, e os drones, nomeadamente USV e UAV, que vemos a serem desenvolvidos lá fora.
Só para contextualizar, isto é um USV americano, de 12 metros:

A intenção deste tipo de embarcação, será a colocação de módulos contentorizados para várias missões, que incluem módulos para sensores e armamento diverso.
E aqui mais um, desta feita com VLS contentorizados como exemplo:

Aqui temos o USV grande (LUSV) para a USN (desenho preliminar):

Além do óbvio, que é o imenso tamanho do bicho, notamos ali um número considerável de VLS.
Por fim, os Trific:


Agora, ter sistemas não tripulados é fácil. Difícil é obter ou desenvolver sistemas não tripulados, com capacidade militar. Uma coisa é desenvolver uma embarcação de 12 metros não tripulada, outra é colocar nesta embarcação uma RWS (nem menciono o VLS com Hellfire), num país que há anos que não há meio de adquirir um par de Marlin para os NPOs!
Alguém imagina comprarem VLS/módulos VLS contentorizados, para espetar em USVs de 50 metros, quando nem para as fragatas os compram? E o mesmo para os mísseis, quando hoje os compramos em quantidades insignificantes?
Eu acho que é bom olhar para os sistemas não tripulados para o futuro. Mas também acho que é preciso ser realista, pois este rumo, implica também forte investimento, algo que ninguém vislumbra em Portugal. Não se pode também achar que, de repente, os drones tornam tudo o resto obsoleto, como se fosse uma espécie de arma milagrosa.