Pandur II

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2835 em: Abril 12, 2024, 05:59:53 pm »
Com a pressão colocada pelas afirmações do Trump, vê-se a necessidade de todos os países europeus membros da NATO investirem nas suas FA, e isto inclui Portugal. Há o risco de ser necessária uma muito maior participação nacional num conflito, do que aconteceu noutros tempos, se a participação americana for mais reduzida (seja por questões políticas, seja porque eles próprios estão focados na China + Venezuala + MO + Coreias + ...).
Por outras palavras, não só os países europeus têm que começar a carregar o seu próprio peso, como vão ter que arranjar forma de compensar o "buraco" deixado pelos EUA na defesa europeia, e este último ponto é extremamente difícil de conseguir fazer.

Com isto, não digo que investir em forças pesadas terrestres seja a prioridade, mas considero necessário ter uma Brigada Mista bem equipada, com blindados de lagartas nas variantes necessárias (CC, IFV, Lança-Pontes e Engenharia sobretudo) apoiados por uma boa frota de blindados 8x8 (e se necessário 6x6), que incluam meios que ainda hoje nos faltam (sendo SHORAD um dos principais exemplos), com o objectivo de ter uma brigada bem preparada para conflitos de baixa, média e alta intensidade no séc.XXI.

Temos sempre. Mas os actos tem consequências.

Bem, se os Açores e/ou Madeira forem atacados, não tens escolha. Provavelmente será igual caso algum destacamento português no Leste da Europa seja atacado, ou caso as forças na RCA sejam chacinadas por uma força pró-russa (num contexto de hostilidade declarada).
 

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raphael

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Re: Pandur II
« Responder #2836 em: Abril 12, 2024, 09:18:08 pm »
dc...calma...na RCA ninguém chacina ninguém....ok tirando os russos contra alguns grupos armados e vice versa e entre grupos armados e população...bom todos se chacinam...menos aos portugueses.
O modelo da RCA é uma QRF numa força MINUSCA (ONU). Obvio que os tugas são a unica força europeia presente, todos os outros paises europeus ocupam posições individuais e nada com a nossa ordem de grandeza.

Mas ninguém vai chachinar os portugueses na RCA, quando a MINUSCA deixar de ser util, bem vinda ou tolerada, esta retrai, e com ela todas as forças associadas onde se incluem os portugueses.
Os ultimos combates a serio foram já ha uns anos e foi mais ao contrario...alvejaram os veiculos tugas e em resposta quem chacinou foi com pandur mesmo sem alinhamento auto de tiro e ST-5 e atiradores designados.

Mas qual hostilidade declarada? Nesse caso retrai toda a força das Nações Unidas do país...não há outra maneira...! Tens o Africa Corps a crescer tens a Wagner a manter-se forte e tens os russos muito ligados ao Governo, mas as coisas não estão assim a descambar a esse nivel. Mas realmente os russo esticam-se um bocado, fazem uns voos baixos de Mi-17 e tal, mas nada de grave para os portugueses.


Já na lituania, pode suceder mais para isso tinha de ir a base toda ao ar, mesmo com os meios de autodefesa da mesma , mais os espanhois e os americanos que lá estão estacionados...e...a bem da verdade antes de chegar a Siauli que fica mais ou menos a meio do país,,,tinham de limpar a capital Vilnius que fica colada à Bielorrussia...
Um abraço
Raphael
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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2837 em: Abril 12, 2024, 10:00:02 pm »
Eu estou calmo, a política externa portuguesa é que pode ter um susto.  :mrgreen: Até porque os russos, se forem espertos, não vão criar apenas uma ou duas frentes no Leste da Europa/Escandinávia, porque aí sabem que as hipóteses de vitória são reduzidíssimas. A chance que eles têm, é arranjar frentes em várias regiões, para obrigar a que o Ocidente se divida. Se não for assim, nem pela Polónia passam, e combater na Escandinávia contra é, no mínimo, complicado.

Quanto à RCA, não precisam de ser os russos a atacar-nos, basta algum aliado seu, com o intuito de desestabilizar a região. No Níger querem a retirada dos EUA da base que lá têm, e temos visto uma aproximação russa de vários países na região.

Na Lituânia, não é preciso a Rússia invadir, basta fazer um ataque de mísseis e entre as baixas ter vários portugueses. Começaria a guerra, mas neste caso tornar-se-ia menos provável Portugal ficar na retaguarda a ver.

E eu apenas estava a dar exemplos de que, a participação portuguesa num conflito poderá não ser "opcional".
 

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Lightning

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Re: Pandur II
« Responder #2838 em: Abril 12, 2024, 10:38:54 pm »
A nossa ida para o cenário da Escandinavia acredito em coisas assim:

https://observador.pt/2024/04/03/submarino-arpao-navega-pela-primeira-vez-debaixo-do-gelo-artico-em-missao-da-nato/

https://diariodistrito.sapo.pt/fragata-corte-real-concluiu-exercicio-a-norte-do-circulo-polar-artico/

https://www.emfa.pt/noticia-368-f16-participam-em-exercicio-nato

Agora enviar CC ou Pandur, etc, para um território onde não temos experiência nenhuma parece-me um absurdo, mais depressa vão as Divisões/Brigadas americanas da US National Guard.

Isto para mim é muito pouco e mostra que não estamos preparados, nem para um exercicio
https://www.publico.pt/2022/03/18/politica/noticia/portugal-enviou-18-militares-veiculo-exercicio-nato-noruega-30-mil-tropas-1999256

E num pior cenário, com os EUA fora da NATO ser preciso todos os meios disponíveis. Ai até acredito que o mais eficaz seria "dar/vender" os nossos Leopard à Noruega ou Suécia, eles tem muitos reservistas, eles sabem usar esses CC e estão habituados ao terreno.
.
O nosso exército para ir para a Noruega ou outros paises Escandinavos teria que treinar e ter equipamento para o clima do artico, para irmos para lá e metade morrer de frio e a outra metade dar trabalho aos aliados, é melhor não irem sem estarem preparados e ficarmos num sitio que estamos habituados.

É uma opinião.
« Última modificação: Abril 12, 2024, 10:41:19 pm por Lightning »
 
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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2839 em: Abril 12, 2024, 11:25:40 pm »
Citar
Existe uma maior probabilidade de serem deslocados para a Noruega/Suécia/Finlândia, para reforçar este flanco, apesar de nós não estarmos preparados para combater naquele ambiente. A situação mais crítica deverá ser para os 3 estados bálticos, mais difíceis de defender, sendo provável que haja um Amphibious Ready Group no Golfo de Bótnia, é possível que fossem colocados lá os Leopard (algo que só seria possível com apoio e protecção da NATO, e se inseridos numa força conjunta com outro país).

Como tinha dito aqui, a acontecer, seria só mesmo num cenário de reforço das unidades existentes, sendo improvável devido à nossa falta de preparação. De resto, não há muitos cenários onde fosse plausível o destacamento em solo europeu da nossa fraca Brigada Mecanizada e dos seus Leopard, seja porque na frente polaca já existirão milhares de CCs da NATO, seja porque nas outras "frentes" a Leste dificilmente os russos chegarão lá por via terrestre com meios que justifiquem uma força mecanizada para os combater.
A outra excepção, seria os estados Bálticos, mas aí estaríamos 100% dependentes ou da ligação terrestre entre a Polónia e Lituânia, ou por via anfíbia, e aí outros países estariam melhor preparados.

Falta só a frente na Ucrânia, que me esqueci da parte que, a partir do momento em que a NATO e a Rússia entram em conflito, forças da NATO iriam para a Ucrânia combater directamente, e poderá ser aí o local mais provável de uma força emprego nacional. Tal como não me surpreendia que fossemos uma força de reserva, seja a pensar noutras possíveis frentes, seja para compensar baixas das forças de primeira linha.

No caso dos nossos Leopard, o mais provável é serem integrados em unidades espanholas, à semelhança do que acontece com os holandeses e alemães. A partir daí, poderão ser enviados para qualquer lado onde possam ser necessários.
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2840 em: Abril 13, 2024, 08:35:35 pm »
Meter 18 homens num exercício dessa dimensão, independentemente de ser clima normal para n´~os intervirmos ou não só patético e revela como as chefias são uma desgraça e os políticos outra.
Não levaram veículos, andaram à boleia como fazem os Comodoros em navios a sério dos outros. Aqueles navios com armas como não gostam cá e até alguns desprezam, alegando que holístico é que é.
E o exercício em que os F16 foram, mas mesmo à última de hora, despois de perguntas embaraçosos de alguns deputados?
É igual

Mas podiam mandar uns secretários que falam de papeis
 

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NVF

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Re: Pandur II
« Responder #2841 em: Abril 14, 2024, 01:09:39 am »
Os 18 que participaram devem ter-se ficado pelos estados-maiores. Mais umas viagenzinhas e prontos.
Talent de ne rien faire
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2842 em: Abril 14, 2024, 10:09:53 am »
Os 18 que participaram devem ter-se ficado pelos estados-maiores. Mais umas viagenzinhas e prontos.

Esses são os estagiários na Nato. Parecem os de São Tomé nas lanchas e patrulhas da Marinha Portuguesa
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2843 em: Abril 14, 2024, 10:11:56 am »
https://www.facebook.com/share/r/tUWEn4EUAkdkJQNd/

Será isto suficiente disruptivo e holístico para ser adquirido para ser usado onde tiver de ser.  Um equipamento que tanto serve em missões como a da Roménia como "em casa" para proteger eventos. Ou colocar em navios, nem que seja em módulos.

Também não há dinheiro ou é o povo que vai reclamar de adquirirem isto?
O que mais não há é frontalidade de resolver, porque para negociatas parece haver
« Última modificação: Abril 14, 2024, 10:17:31 am por Pescador »
 

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nelson38899

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Re: Pandur II
« Responder #2844 em: Abril 14, 2024, 09:42:14 pm »
Os 18 que participaram devem ter-se ficado pelos estados-maiores. Mais umas viagenzinhas e prontos.

Por isso é que Putin, exigiu que só entrava na Nato se Portugal saísse, porque para ele nós éramos um entrave
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Pandur II
« Responder #2845 em: Abril 14, 2024, 10:12:50 pm »
https://www.facebook.com/share/r/tUWEn4EUAkdkJQNd/

Será isto suficiente disruptivo e holístico para ser adquirido para ser usado onde tiver de ser.  Um equipamento que tanto serve em missões como a da Roménia como "em casa" para proteger eventos. Ou colocar em navios, nem que seja em módulos.

Também não há dinheiro ou é o povo que vai reclamar de adquirirem isto?
O que mais não há é frontalidade de resolver, porque para negociatas parece haver


Já foi publicado aqui a lista das empresas que apresentaram propostas ao concurso de AAA.
A que produz isto não é uma delas.


Mas isto era preciso vir no concurso de misseis AA?

 Daqui a nada a GNR compra para segurança a eventos
 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2846 em: Abril 14, 2024, 11:26:05 pm »
O concurso SHORAD é para sistemas... SHORAD. O Madis é maioritariamente um sistema C-UAS, que provavelmente não corresponde a algum ou vários dos requisitos.

O que sair deste concurso, não é garantido que seja o único sistema SHORAD em uso nas FA portuguesas.
 

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raphael

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Re: Pandur II
« Responder #2847 em: Abril 14, 2024, 11:45:05 pm »
Já me perdi...este tópico é de quê? VBTP Pandur II?

Em cada tópico começamos num lado acabamos noutro.

Que tal está o emprego operacional dos Pandur? Estão a corresponder? Ou é só para imagem?
Um abraço
Raphael
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Re: Pandur II
« Responder #2848 em: Abril 14, 2024, 11:59:09 pm »
Tecnicamente, há falta de uma versão SHORAD do Pandur.  :mrgreen:
 
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papatango

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Re: Pandur II
« Responder #2849 em: Abril 15, 2024, 11:49:03 am »
As viaturas Pandur-II foram compradas, e pronto ...
Para muitos eram uma substituição das Chaimites, e pronto ...
Em alguns casos, eram substituitos das Berliet, e pronto ...

Fez-se a mesma coisa que se faria com as Chaimites e Berliets, e pronto ...

As excepções são conhecidas, algumas unidades que aproveitam o fato de uma Pandur ser maior que duas Caimites, mas pouco mais.
O problema parece ser sempre o mesmo.

Quando se substitui um equipamento por outro, fica-se parado no tempo.

As Pandur são por isso, apenas Chaimites grandes, e pouco mais que isso.

A blindagem bnum ambiente de guerra moderna, é fraca, mas mesmo que seja modernizada, não se pode fazer a quadratura do circulo.
Bastaria olhar para a razia das BTR e BRDM na guerra da Ucrânia.

A questão da blindagem também é importante, por causa da capacidade anfíbia. a qual se for aumentada a blindagem, se vai provavelmente perder.

A viatura Pandur, no entanto, sendo muito maior que a Chaimite, é menor que a viatura Boxer, por exemplo, na qual vemos instaladas as torres de morteiro.

A questão que eu colocaria eram:

Nos teatros africanos, a blindagem precisa ser modernizada.
É necessário equipamento de poder de fogo. Não sendo uma torre, faz falta capacidade de apoio de tiro com morteiros auto-transportados.

Para operações noutros cenários, nomeadamente na Europa de leste. Realça-se  as ameaças NBQ e a necessidade de proteção de topo, drones e afins.
Para ter uma viatura como a Pandur, armada com uma metralhadora 12.7mm, seria preferivel utilizar M113 com blindagem adicional (perdendo capacidade anfíbia) que em áreas com planicies onde não é necessária uma viatura anfibia, mas onde as lagartas são uma vantagem tática.

No entanto, a probabilidade d e ocorrer um ataque quimico existe, mas pelo menos para já é reduzida. Por esta razão, o apoio de fogo com morteiros auto-transportados poderia utilizar o mesmo tipo de viatura que seria útil em África.

Viatura de engenharia / reboque / recuperação, sinceramente tenho algumas dúvidas sobre a sua utilidade em zonas humidas. Aparentemente se uma viatura Pandur ficar atascada na lama, não é outra Pandur que a consegue de lá tirar.

No entanto, como é evidente há uma vantagem em ter vários sistemas baseados na mesma plataforma, que é a da logística.
Esta questão no entanto levanta ainda mais problemas, no caso de se projetar um numero elevado de viaturas.
As peças de reposição implicam a necessidade de organizar uma linha de abastecimento própria.

O grande problema para a guerra na Europa, é que cada país europeu quer ter a sua industria, as suas viaturas, pensadas para as suas realidades, e o resultado é que mesmo as Pandur-II portuguesas têm muitas peças que não podem por exemplo ser intercambiadas com as das viaturas Pandur-II da Rep.Checa, por exemplo.

A União Europeia, se quiser começar a pensar com a cabeça, deveria começar por standardizar de uma forma clara, as dimensões dos pneus, eixos, tipos de parafusos, passos de rosca, de forma a que as viaturas possam vir de fábricas diferentes, mas grande parte dos seus componentes possam ser substituidos por componentes de outra viatura.

A NATO só conseguiu fazer isto em parte.
A confusão de armamentos na Ucrânia, é um exemplo e demonstração disso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...