Em Portugal, em matéria de Defesa, não há qualquer plano.
Tens um ramo que tem limitações financeiras para manter, operar e armar os seus caças, e quer enveredar por uma avioneta para fazer CAS, e ainda comprar mais um avião de transporte táctico.
Tens outro ramo que tem problemas na manutenção de viaturas, e não consegue ter sequer uma das brigadas completa, mas insiste em ter o modelo de 3 Brigadas, quer os seus próprios hélis e ainda quer ter acesso a um LPD, vá-se lá saber para quê.
E o último ramo, tem problemas de manutenção numa boa parte da frota, tem falta de navios combatentes (e os que tem sofrem de obsolescência), tem falta de pessoal, tem uma força anfíbia reduzida, e mesmo assim, não só se recusa passar algumas das responsabilidades de patrulha para outra entidade (uma GC idealmente), como pretende não 1, não 2, não 3, mas 4 navios com boa capacidade logística.
Alguns destes programas fariam sentido, numas FA que realmente recebem de investimento cerca de 2% (ou até mais) do PIB, e que ambicionam ter boas capacidades em múltiplos domínios. No nosso caso, nem 1% se gasta, nem é garantido que a situação mude tão depressa, por isso não se justifica esta falta de ligação entre os ramos, a falta de um planeamento com pés e cabeça, e este foco desmesurado em determinados tipos de meios, em detrimento de outros.