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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: CruzSilva em Dezembro 09, 2023, 04:49:36 pm

Título: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Dezembro 09, 2023, 04:49:36 pm
Mas se escolherem Mistral podemos ter Mistral AAA, Mistral Ar-Ar em helicópteros e a OGMA a adaptar no Super Tucano e Mistral Naval.
Se a Ukrânia tivesse Super Tucanos com Mistral, estariam agora a proteger cidades de misseis cruzeiro e drones iranianos.

Seria interessante ver como aviões turboprop, com velocidade inferiores a 600km/h, se colocariam em posição de tiro contra mísseis cruise que atingem mais de 800km/h...

Além de nem transportarem radar interno.

Isto é a brincar, certo? Alguém me diga que isto é a brincar. Como é que um heli estacionário, um gajo parado com um Stinger ou um moço com uma AA montada numa Pickup conseguem solução de tiro em aviões supersónicos? Alguém lhes diz de onde vem o avião e posicionam-se em sítios favoráveis para os interceptar.

Como é que um Viggen conseguiu uma solução de tiro a um SR-71? Como é que aviões que atingem Mach 1.4 conseguem abater aviões que atingem 2.25M? Se calhar é por causa da velocidade dos mísseis e não do avião.

Sempre que analisamos estes casos devemos ter em conta a velocidade do alvo e não apenas a capacidade de ser supersónico. Se é supersónico mas está a voar a 600 KM/H então de pouco lhe vale essa capacidade.

Verdade. E podemos discutir também sobre o grau de dificuldade de conseguir uma solução de tiro. Mas o meu ponto mantém-se qual é a admiração de um avião a 600kms/h abater um alvo a 800kms/h? Com mísseis que podem atingir Mach 2.5 e sabendo onde os Cruise vão estar, é assim tão difícil?
É bastante difícil e exige uma rede de defesa anti-aérea que ajude o avião a fazer a intercepção.

Se algum de vocês não sabe a Ucrânia chega a saber com horas, HORAS de antecedência quando são disparados os mísseis de cruzeiro. Especialmente os lançados de forma aérea sobre o Sul da Ucrânia. Não sabem que muitos são lançados do Mar Cáspio a mais de 1000 kms de distância da Ucrânia? Não sabem que os bombardeiros russos quando levantam emitem um sinal rádio que embora codificado pode ser detectado? Não viram notícias de Mig-29 terem abatido Cruise missiles? Os Mig tem radar e por isso são claramente melhores que os ST mas o radar tem uma varredura tão estreita que só estando imediatamente à frente ou atrás do alvo o consegue detectar. O que significa que eles sabem muito bem onde os mísseis estão e conseguem posicionar-se para os abater. Até houve um Ucraniano que abateu um com um Manpad e anda aí o vídeo.

Agora se ataques são a Kharkiv ou a Kyiv (pelo Norte) aí é muito mais difícil de fazer a intercepção porque os tempos de aviso são mais pequenos e as rotas de entrada podem ser mais imprevisíveis.

Devido à conversa/discussão sobre a substituição das VdG (https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12409.3150) estar a fugir do tópico optei para criar este para debatermos a defesa do nosso espaço aéreo.

Vou começar por responder ao Visitante123 (https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?action=profile;u=10342) (que utiliza como base a Guerra Russo-Ucraniana) por partes:

Se algum de vocês não sabe a Ucrânia chega a saber com horas, HORAS de antecedência quando são disparados os mísseis de cruzeiro. Especialmente os lançados de forma aérea sobre o Sul da Ucrânia. Não sabem que muitos são lançados do Mar Cáspio a mais de 1000 kms de distância da Ucrânia? Não sabem que os bombardeiros russos quando levantam emitem um sinal rádio que embora codificado pode ser detectado?

Sei disso tudo mas como os mísseis e os Geran-2 podem ser programados através de pontos de navegação os russos criam rotas imprevisíveis que evitam que estas munições passem no alcance de defesas anti-aéreas, permitindo a penetração no espaço aéreo ucraniano e ataques no seu interior. Portanto a possibilidade de saber horas antes que vão ser feitos ataques aéreos acaba por ser uma vantagem não tão importante. E é aqui que se torna importante ter caças para defesa aérea devido à resposta rápida a este tipo de ameaças.

Não viram notícias de Mig-29 terem abatido Cruise missiles? Os Mig tem radar e por isso são claramente melhores que os ST mas o radar tem uma varredura tão estreita que só estando imediatamente à frente ou atrás do alvo o consegue detectar.

Pois mas os MiG-29 são supersónicos - não só a sua velocidade máxima é muito maior que a do Tucano mas também a sua aceleração permtindo mais rapidamente interceptar um míssil cruzeiro evitando assim que este chegue ao alvo. Os nossos F-16 ainda têm a vantagem de dispararem AMRAAM com muito mais alcance que um Mistral e possibilidade de disparar o míssil, aguardar uns segundos e passar para outro alvo. Aliás esta é uma das razões de os ucraniandos quererem o F-16 (melhor radar e melhores mísseis ar-ar guiados por radar). O Tucano foi desenhado para apoio aéreo próximo e não para defesa de espaço aéreo.

Até houve um Ucraniano que abateu um com um Manpad e anda aí o vídeo.
Sim e foi durante o dia. Se for durante a noite o uso da maioria dos MANPADS não é viável. E esse abate foi feito numa altura em que as rotas dos mísseis russos eram muito mais prevísiveis. Esse tipo de episódios atualmente são uma raridade.

Resumindo: o A-29/Tucano está longe de ser a melhor opção para defesa do espaço aéreo de um qualquer país quando o adversário utiliza munições aéreas de longo alcance capazes de atingir altas velocidades.

O presente tópico tem como objetivo discutir não só equipamento que podemos adquirir para defendermos o nosso espaço aéreo mas também a forma/estratégia de/para o fazer.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Subsea7 em Dezembro 09, 2023, 05:06:55 pm
A minha contribuição:

-F-16V, com AIM-9X + Vulcan 20 mm e AIM-120;
-3 ER continente, 3 ER (Madeira e Açores);
-Sistema C3;
-Link 16;
-Integração com futuros sistemas SAM da FA e futuros sistemas SHORAD E HIMAD do EX;

Cps,
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 09, 2023, 05:15:51 pm
Porque não poupar umas páginas de discussão e avançar já para as vantagens do Super Tucano na vigilância dos fogos rurais e no transporte de órgãos?  :mrgreen: Mesmo para transporte VIP terá os seus predicados. Já viram o ar bad ass de um futuro PR ou PM chegar a uma reunião internacional de Super Tucano?  :G-beer2:
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Icterio em Dezembro 09, 2023, 05:19:00 pm
Usar turboprops para defesa aérea, especialmente contra misséis cruise, é como usar P-51s Mustang para interceptar bombardeiros Arado Ar 234.

De certeza que, de vez em quando, os Mustang vão apanhar um ou outro Arado, mas a maioria vai passar.

A velocidade é um dos elementos fundamentais da intercepção aérea - desde sempre.

(https://i.postimg.cc/zD2W2K3m/arado-ar-234-blitz-reaktivnyi-bombardirovshchik-p-51d-p-51-m.jpg) (https://postimages.org/)
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Dezembro 09, 2023, 05:23:53 pm
Citar
Devido à conversa/discussão sobre a substituição das VdG (https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12409.3150) estar a fugir do tópico optei para criar este para debatermos a defesa do nosso espaço aéreo.

Vou começar por responder ao Visitante123 (https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?action=profile;u=10342) (que utiliza como base a Guerra Russo-Ucraniana) por partes:

Se algum de vocês não sabe a Ucrânia chega a saber com horas, HORAS de antecedência quando são disparados os mísseis de cruzeiro. Especialmente os lançados de forma aérea sobre o Sul da Ucrânia. Não sabem que muitos são lançados do Mar Cáspio a mais de 1000 kms de distância da Ucrânia? Não sabem que os bombardeiros russos quando levantam emitem um sinal rádio que embora codificado pode ser detectado?

Sei disso tudo mas como os mísseis e os Geran-2 podem ser programados através de pontos de navegação os russos criam rotas imprevisíveis que evitam que estas munições passem no alcance de defesas anti-aéreas, permitindo a penetração no espaço aéreo ucraniano e ataques no seu interior. Portanto a possibilidade de saber horas antes que vão ser feitos ataques aéreos acaba por ser uma vantagem não tão importante. E é aqui que se torna importante ter caças para defesa aérea devido à resposta rápida a este tipo de ameaças.

Nunca pus isso em causa.

Não viram notícias de Mig-29 terem abatido Cruise missiles? Os Mig tem radar e por isso são claramente melhores que os ST mas o radar tem uma varredura tão estreita que só estando imediatamente à frente ou atrás do alvo o consegue detectar.

Pois mas os MiG-29 são supersónicos - não só a sua velocidade máxima é muito maior que a do Tucano mas também a sua aceleração permtindo mais rapidamente interceptar um míssil cruzeiro evitando assim que este chegue ao alvo. Os nossos F-16 ainda têm a vantagem de dispararem AMRAAM com muito mais alcance que um Mistral e possibilidade de disparar o míssil, aguardar uns segundos e passar para outro alvo. Aliás esta é uma das razões de os ucraniandos quererem o F-16 (melhor radar e melhores mísseis ar-ar guiados por radar). O Tucano foi desenhado para apoio aéreo próximo e não para defesa de espaço aéreo.

Também nunca pus isso em causa.

Até houve um Ucraniano que abateu um com um Manpad e anda aí o vídeo.

Sim e foi durante o dia. Se for durante a noite o uso da maioria dos MANPADS não é viável. E esse abate foi feito numa altura em que as rotas dos mísseis russos eram muito mais prevísiveis. Esse tipo de episódios atualmente são uma raridade.

Resumindo: o A-29/Tucano está longe de ser a melhor opção para defesa do espaço aéreo de um qualquer país quando o adversário utiliza munições aéreas de longo alcance capazes de atingir altas velocidades.

O presente tópico tem como objetivo discutir não só equipamento que podemos adquirir para defendermos o nosso espaço aéreo mas também a forma/estratégia de/para o fazer.

Nunca será a melhor maneira de defender o espaço aéreo nacional ou ucraniano contra mísseis cruzeiro. Mas pode ser utilizado num desenrasque com mísseis ar-ar de infravermelhos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Dezembro 09, 2023, 05:32:02 pm
Usar turboprops para defesa aérea, especialmente contra misséis cruise, é como usar P-51s Mustang para interceptar bombardeiros Arado Ar 234.

De certeza que, de vez em quando, os Mustang vão apanhar um ou outro Arado, mas a maioria vai passar.

A velocidade é um dos elementos fundamentais da intercepção aérea - desde sempre.

(https://i.postimg.cc/zD2W2K3m/arado-ar-234-blitz-reaktivnyi-bombardirovshchik-p-51d-p-51-m.jpg) (https://postimages.org/)

Sim, a velocidade é fundamental na intercepção de caças ou bombardeiros. Porque a ideia é atingir os alvos antes deles dispararem a munição. A velocidade é aqui imprescindível.

No entanto um míssil de cruzeiro é já uma munição disparada. Aí a intercepção só precisa de ocorrer antes do local do impacto e não antes do local de disparo. Nesse sentido a velocidade não é tão relevante. É desejável mas não imperiosa.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Icterio em Dezembro 09, 2023, 05:56:13 pm
No entanto um míssil de cruzeiro é já uma munição disparada. Aí a intercepção só precisa de ocorrer antes do local do impacto e não antes do local de disparo. Nesse sentido a velocidade não é tão relevante. É desejável mas não imperiosa.

Acho que continuas a voar "em círculos".  È claro que a velocidade é imperiosa.

Para um tucano interceptar um kalibr tem de descolar da base ou ser chamado de uma órbita - pode estar a 50, 100 ou 200km de distância.
A geometria para apanhar um missil que voa 200km/h mais rápido é extremamente complicada - qualquer erro ou atraso e a "janela" torna-se cada vez mais pequena.

Depois, ainda falta os pormenores - onde o Diabo gosta de se esconder.
Vamos imaginar que, com um balde de sorte, o tucano posiciona-me numa rota de colisão com um kalibr.  E agora?  Disparar um AAM IR contra um missil cruise em rota de colisão?  Qual será a taxa de sucesso?  O normal nas intercepções é o interceptor posicionar-se numa curva com "navegação proporcional" atrás do alvo a abater - mas para isso a velocidade precisa de ser muito próxima ou, preferivelmente, superior.

Mas é possivel um tucano abater com kalibr?  È possivel.
Mas acho que é mais fácil explicar a lei do fora-de-jogo a uma mulher...
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Dezembro 09, 2023, 09:50:44 pm
Mesmo sabendo com antecedência do lançamento de mísseis, existem outros meios mais práticos que podem ser posicionados para responder à ameaça, nomeadamente caças a jacto com muito maior payload de mísseis ar-ar, melhor performance (velocidade) e com radar, ao mesmo tempo que se torna possível posicionar defesas aéreas (em várias camadas) entre a ameaça e o alvo. De notar que a eficácia do uso de aeronaves para abater mísseis de cruzeiro, de forma consistente, só ocorre quando é possível ter capacidade de alerta antecipado, como aeronaves AEW.

A isto acresce que, mesmo sabendo que vão ser lançados os mísseis a partir de bombardeiros, não se sabe o ponto de lançamento, além de que os mísseis de cruzeiro podem tomar uma rota não linear, precisamente para evitar as defesas adversárias que estejam entre si e o alvo.

Conclusão, sim, é possível abater um míssil de cruzeiro recorrendo a um turboprop. Mas dado que tal só aconteceria em condições ideais e excepcionais, não pode ser visto como uma solução eficaz. Para abater drones lentos fazia um pouco mais de sentido, mas mesmo assim não é prático, e para isso, até um helicóptero serve.

Com isto, no cenário da Ucrânia e até mesmo para outros países que não tenham orçamento ou pessoal infinito, existem meios muito mais adequados e eficazes.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Pescador em Dezembro 10, 2023, 06:31:09 pm
Não venho aqui há uns dias e já me perdi. Mas não sou o único a achar mau cheiro na conversa de alguém de diz os outros serem uma seita que aqui vêm, só porque defendem o melhor para o País, em vez de negociatas com quem até no passado deu cambalacho e fantasias de almirantes mais políticos que militares, o que é o inverso do que se esperaria deles.

De repente dou assunto com tucanos a  defenderem sei lá o quê.
A maconha já chegou aqui. Deve ter sido trazida por maconheiros importados ou aculturados que se mexem por cá, ou ambos os casos.

Enfim....

Além das fantasias navais passa  haver também fantasias aéreas. Pode ser comparado a um Circo. Até parece que estamos na América do Sul e a Venezuela nos vai invadir

O que vale é ainda haver quem leve isto a sério. A tal "seita"
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Pescador em Dezembro 10, 2023, 06:31:19 pm
Não venho aqui há uns dias e já me perdi. Mas não sou o único a achar mau cheiro na conversa de alguém de diz os outros serem uma seita que aqui vêm, só porque defendem o melhor para o País, em vez de negociatas com quem até no passado deu cambalacho e fantasias de almirantes mais políticos que militares, o que é o inverso do que se esperaria deles.

De repente dou assunto com tucanos a  defenderem sei lá o quê.
A maconha já chegou aqui. Deve ter sido trazida por maconheiros importados ou aculturados que se mexem por cá, ou ambos os casos.

Enfim....

Além das fantasias navais passa  haver também fantasias aéreas. Pode ser comparado a um Circo. Até parece que estamos na América do Sul e a Venezuela nos vai invadir

O que vale é ainda haver quem leve isto a sério. A tal "seita"
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Subsea7 em Dezembro 10, 2023, 06:32:15 pm
Mesmo, eles "andem" aí   
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Dezembro 12, 2023, 11:40:12 pm
Não venho aqui há uns dias e já me perdi. Mas não sou o único a achar mau cheiro na conversa de alguém de diz os outros serem uma seita que aqui vêm, só porque defendem o melhor para o País, em vez de negociatas com quem até no passado deu cambalacho e fantasias de almirantes mais políticos que militares, o que é o inverso do que se esperaria deles.

De repente dou assunto com tucanos a  defenderem sei lá o quê.
A maconha já chegou aqui. Deve ter sido trazida por maconheiros importados ou aculturados que se mexem por cá, ou ambos os casos.

Enfim....

Além das fantasias navais passa  haver também fantasias aéreas. Pode ser comparado a um Circo. Até parece que estamos na América do Sul e a Venezuela nos vai invadir

O que vale é ainda haver quem leve isto a sério. A tal "seita"

Já foi rebatido, com excepção de sabemos quem. A ideia é que o Tucano só seria utilizado para defesa de espaço aéreo em último caso e na ausência de outros meios que o pudessem melhor fazer. Porque achar que a Tucanada se safa na defesa de espaço aéreo é apenas mais uma fantasia de muitas que andam a ser largadas aqui pelo forúm. Mas siguemos para bingo e discutamos outras questões.

Questão: alguém consegue um bom mapa que ilustre todo o nosso espaço aéreo?
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: HSMW em Dezembro 13, 2023, 01:02:32 am

Questão: alguém consegue um bom mapa que ilustre todo o nosso espaço aéreo?

Só se for isto:

(https://external-content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F-QOtKl-TfKCA%2FXS95ntMd_BI%2FAAAAAAAAgB8%2F6g9i6x21W9wJVXtW4-EKA-M6Fh7BFthqACLcBGAs%2Fs1600%2Fespacoportugues.jpg&f=1&nofb=1&ipt=22a29cc2b4eb7914c822ecd94ee7bcd126ad372029faec86928c5379dd5a3b2c&ipo=images)

De resto, este tópico: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=8255.msg280661#msg280661

Reúne alguma informação sobre os radares utilizados e os seus alcances.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Lightning em Dezembro 13, 2023, 04:08:28 am
As FIR não são espaço aéreo de soberania nacional, a parte por cima do mar internacional também é, "ar internacional", não sei o termo correcto, senão os russos não andavam ai com os navios deles e os bombardeiros Bear.
Mas para a NAV este mapa é que conta pois tem responsabilidade de gerir as aeronaves em toda essa área.

En relação a espaço soberano, " já é Portugal", encontrei este, acho que é a linha preta que rodeia Portugal.

(https://i0.wp.com/cavok.pt/wp-content/uploads/2016/07/Carta-de-Portugal-geospatial-pdf-1.png)

Penso que seja o ar por cima do mar territorial, que para todos os efeitos é tão Portugal como a parte terrestre.

(https://3.bp.blogspot.com/-bjY1ukfM6wo/W7Og98h-IRI/AAAAAAAAHM4/EYTn4alZOtAq4a4QNzOD2OG6kyjz0t0nACLcBGAs/s1600/zona_contigua.png)

A ZEE e a FIR não são Portugal, são sim espaços que temos direitos e obrigações, mas é espaço internacional.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: tenente em Dezembro 13, 2023, 08:14:17 am

Questão: alguém consegue um bom mapa que ilustre todo o nosso espaço aéreo?

Só se for isto:

(https://external-content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F-QOtKl-TfKCA%2FXS95ntMd_BI%2FAAAAAAAAgB8%2F6g9i6x21W9wJVXtW4-EKA-M6Fh7BFthqACLcBGAs%2Fs1600%2Fespacoportugues.jpg&f=1&nofb=1&ipt=22a29cc2b4eb7914c822ecd94ee7bcd126ad372029faec86928c5379dd5a3b2c&ipo=images)

De resto, este tópico: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=8255.msg280661#msg280661

Reúne alguma informação sobre os radares utilizados e os seus alcances.

fiquem com as FIR europeias, já agora:

(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq70/924/iSzqlz.jpg) (https://imageshack.com/i/poiSzqlzj)

Abraços
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Dezembro 13, 2023, 07:00:37 pm
Dar cobertura ao espaço aéreo nacional é estupidamente simples.

2 SAMP/T garantem radar  100% do território e proteção a mísseis cruzeiro, drones e aeronaves em 90% do território. E proporcionam tbm defesa balística a Lisboa, Porto, Ovar e ao Arsenal do Alfeite.

Na Madeira um Nasams cobre toda a ilha e proporciona pré -aviso no Porto Santo.os Açores são o único território difícil  de proteger. Aqui a proteção mais eficaz poderia passar por sistemas embarcados e itinerantes em vez de sistemas fixos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Janeiro 13, 2024, 11:59:39 pm
De uma forma generalizada, a resolução de quase todos os problemas/lacunas das FA, é relativamente simples.  :mrgreen:

Duas baterias de longo alcance para o continente seriam o ideal, mas pouco realistas. O nosso problema, é que precisamos de investir em literalmente todas as camadas de defesa aérea: canhões modernos - maior stock de MANPADS e radares leves "portáteis" - sistema SHORAD em veículos - sistema de médio alcance - sistema de longo alcance (e isto sem contar com o investimento necessário nestas capacidades em navios e aeronaves).

Já me dava por contente se chegássemos aos de médio alcance como o NASAMS, com um número de baterias minimamente decente.

Na Madeira um NASAMS não servia de pré-aviso para Porto Santo, se a ameaça viesse da direcção oposta ao Funchal. E dado que a infraestrutura da FAP está no aeroporto de Porto Santo, era capaz de fazer mais sentido ter lá o NASAMS para a defender, e permitir que caças lá destacados consigam descolar e proteger todo o arquipélago. (Isto no papel claro)

Nos Açores, são demasiadas ilhas e demasiado distantes umas das outras, para conseguir meter uma bateria de médio ou longo alcance em cada ilha/cada grupo de ilhas. O mais prático seria ter um grupo central (de ilhas) reforçado com NASAMS ou equivalente (BA das Lajes possivelmente) e depois ter caças a operar a partir daqui para defender todo o arquipélago. Nos grupos externos, a prioridade seria ter forças móveis com SHORAD/MANPADS e radares de aviso antecipado, para detectar ameaças para os F-16.
-Navios seriam uma alternativa, mas era preciso a Marinha ter mais navios com este tipo de capacidade, e não apenas 4 ou 5 fragatas.
-Aeronaves de aviso aéreo antecipado (tripuladas ou não) é que seria ouro sobre azul nos arquipélagos, mas ainda mais impossível que tudo o resto acima falado.

Em qualquer um dos casos, e em qualquer parte do território, parece-me que o mínimo dos mínimos seria garantir a defesa das bases aéreas de onde operariam os caças, e estes depois cobrirem o resto do território. Infelizmente nem isso temos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 14, 2024, 10:43:10 am
Neste momento, bastam perto de 30 mísseis de cruzeiro, para desfazer totalmente o sistema, ora vejamos:

4 para cada estação de radar;
Uns 20 para knock-out de MR, (shelters, QRA, pista, combustível);
6 para Monsanto,

E a capacidade de defesa aérea do país, era 0.

Cps,

Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Janeiro 16, 2024, 10:40:22 pm
Daí que as prioridades deviam ser, no mínimo dos mínimos, ter capacidade de defender MR de uma vaga inicial. Além disso era preciso arranjar radares de reserva, móveis (algo na classe dos Giraffe 4A ou 8A), para substituir os instalados nas estações de radar no caso de sofrerem danos ou serem destruídos.

Seria extremamente difícil, dada a falta de sistemas AA, conseguir colocar alguns a defender as próprias estações.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 31, 2024, 10:58:43 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Janeiro 31, 2024, 11:12:19 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Janeiro 31, 2024, 11:15:17 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.

SAMP/T com Aster 30 é mais do que suficiente para PT. E um salto estratosférico para aquilo que temos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Janeiro 31, 2024, 11:16:45 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.

SAMP/T com Aster 30 é mais do que suficiente para PT. E um salto estratosférico para aquilo que temos.
Olha a novidade. Podes elaborar melhor?
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Janeiro 31, 2024, 11:24:26 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.

SAMP/T com Aster 30 é mais do que suficiente para PT. E um salto estratosférico para aquilo que temos.
Olha a novidade. Podes elaborar melhor?


Já disse mais acima.

Repito:

***2 SAMP/T garantem radar  100% do território e proteção a mísseis cruzeiro, drones e aeronaves em 90% do território. E proporcionam tbm defesa balística a Lisboa, Porto, Ovar e ao Arsenal do Alfeite.***

Se considerarmos a distância entre os launchers, 4 launchers por radar e os Aster 30 o território fica quase todo protegido. Só a proteção balística é limitada. O raio de intercepção é só de 15 Kms, mas com os launchers espalhados consegue-me proteger os alvos mais importantes. Só Monte Real ficaria nos limites da proteção e poderíamos sempre optar por cobrir Monte Real e expor um pouco mais o Sul.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Janeiro 31, 2024, 11:29:53 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.

SAMP/T com Aster 30 é mais do que suficiente para PT. E um salto estratosférico para aquilo que temos.
Olha a novidade. Podes elaborar melhor?


Já disse mais acima.

Repito:

***2 SAMP/T garantem radar  100% do território e proteção a mísseis cruzeiro, drones e aeronaves em 90% do território. E proporcionam tbm defesa balística a Lisboa, Porto, Ovar e ao Arsenal do Alfeite.***

Se considerarmos a distância entre os launchers, 4 launchers por radar e os Aster 30 o território fica quase todo protegido. Só a proteção balística é limitada. O raio de intercepção é só de 15 Kms, mas com os launchers espalhados consegue-me proteger os alvos mais importantes. Só Monte Real ficaria nos limites da proteção e poderíamos sempre optar por cobrir Monte Real e expor um pouco mais o Sul.
Interessante.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Janeiro 31, 2024, 11:53:34 pm
No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...

Por 500 milhões não compras duas baterias.  :mrgreen:
Só se vier sem mísseis, à boa moda tuga!

No Domingo o amigo Rogeiro falou na falta de um sistema de Defesa aérea além dos F-16...Sem dúvida...
Mas para quem manda, gastar 500 milhões em 2 baterias SAMP/T é simplesmente horroroso...
SAMP/T parece ter mísseis de relativamente pouco alcance comparado com o que precisamos.

SAMP/T com Aster 30 é mais do que suficiente para PT. E um salto estratosférico para aquilo que temos.
Olha a novidade. Podes elaborar melhor?

Para nós, ter NASAMS ou IRIS-T SLM com uma maior quantidade de baterias, seria suficiente. Ter uma ou duas baterias SAMP/T seria bom, mas sozinhas seria muito limitado (apenas dois radares por destruir, número limitado de lançadores, custo elevado por cada bateria), ao qual acresce o facto de termos 2 arquipélagos, e ser impossível desdobrar 2 baterias em 3 locais completamente distintos.

Depois temos a questão dos preços. O custo estimado de cada bateria SAMP/T, rondará os 500 milhões, isto há alguns anos atrás. Hoje não se sabe ao certo, pode ser mais ainda. E é aqui que se deve começar o debate: com 500 milhões, ou mesmo 1000 milhões, quantas baterias/sistemas/radares/lançadores/mísseis, de médio ou longo alcance, se consegue comprar?

Se 500 milhões comprarem 3 baterias IRIS-T SLM e apenas uma SAMP/T, será que esta última compensa?
https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/germany-plans-purchase-six-iris-t-air-defence-units-source-2023-06-13/ (https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/germany-plans-purchase-six-iris-t-air-defence-units-source-2023-06-13/)

Se 500 milhões comprarem 2 ou 3 baterias NASAMS, compensa no seu lugar ter só uma SAMP/T?
https://en.defence-ua.com/news/nasams_for_ukraine_first_official_purchase_of_air_defense_system_abroad_raises_price_considerations-6812.html (https://en.defence-ua.com/news/nasams_for_ukraine_first_official_purchase_of_air_defense_system_abroad_raises_price_considerations-6812.html)

De frisar que neste último, não se sabe o conteúdo real de cada bateria mencionada. As que são para a Ucrânia, um país em guerra, poderão contar com um número muito maior de mísseis que um sistema normalmente vendido para um país em tempo de paz, e portanto ficar mais caro.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Fevereiro 01, 2024, 12:45:57 pm
Citar
Para nós, ter NASAMS ou IRIS-T SLM com uma maior quantidade de baterias, seria suficiente. Ter uma ou duas baterias SAMP/T seria bom, mas sozinhas seria muito limitado (apenas dois radares por destruir, número limitado de lançadores, custo elevado por cada bateria), ao qual acresce o facto de termos 2 arquipélagos, e ser impossível desdobrar 2 baterias em 3 locais completamente distintos.

Depois temos a questão dos preços. O custo estimado de cada bateria SAMP/T, rondará os 500 milhões, isto há alguns anos atrás. Hoje não se sabe ao certo, pode ser mais ainda. E é aqui que se deve começar o debate: com 500 milhões, ou mesmo 1000 milhões, quantas baterias/sistemas/radares/lançadores/mísseis, de médio ou longo alcance, se consegue comprar?

Se 500 milhões comprarem 3 baterias IRIS-T SLM e apenas uma SAMP/T, será que esta última compensa?
https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/germany-plans-purchase-six-iris-t-air-defence-units-source-2023-06-13/

Se 500 milhões comprarem 2 ou 3 baterias NASAMS, compensa no seu lugar ter só uma SAMP/T?
https://en.defence-ua.com/news/nasams_for_ukraine_first_official_purchase_of_air_defense_system_abroad_raises_price_considerations-6812.html

De frisar que neste último, não se sabe o conteúdo real de cada bateria mencionada. As que são para a Ucrânia, um país em guerra, poderão contar com um número muito maior de mísseis que um sistema normalmente vendido para um país em tempo de paz, e portanto ficar mais caro.

Acho que é uma posição defensável.  Mas o SAMP/T tem vantagens de alcance e de proteção anti-balistica. Tem até capacidade teórica de atingir hipersónicos (falta a prova dos nove). E estão a desenvolver mísseis com alcances de 300kms que proporcionavam uma cobertura completa e total do território continental.

Do meu ponto de vista seriam sempre precisos Gepards para as bases aéreas e defesas de mais curto/médio alcance como Iris-T ou Nasams.

Deixo aqui um outro nome que acho muito interessante em preço /qualidade que  é o Barak 8.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 02, 2024, 12:55:58 am
O ideal seria sempre um complemento de sistemas. Nenhum sistema substitui por completo o outro.

Mas prevendo que num programa/concurso para sistemas desse género, o orçamento seria sempre limitado (1000 milhões parece-me muito difícil de acontecer, sabendo o que a casa gasta), as contas vão ter que ser feitas na comparação quantidade/qualidade. A prioridade devia ser, ao se abrir um concurso, perceber o que é possível adquirir (nº de baterias e respectivas capacidades) com determinado orçamento.

Se pelo preço de 2 SAMP/T, for possível adquirir 5 ou 6 baterias de médio alcance NASAMS ou IRIS-T SLM, não me parece que a escolha recaísse pelos SAMP/T, já que com 2 arquipélagos, ter capacidade de desdobrar as baterias de médio alcance para um deles ou ambos, sem perder capacidade defensiva no continente, poderá ser um factor decisivo, mesmo que com sistemas de médio alcance se percam algumas capacidades, como BMD.

A família Barak é sem dúvida bastante interessante. Lá está, era abrir um concurso com orçamento X, e ver o que aparecia.

Já uma verdadeira capacidade BMD, só me parece realista se for em conjunto com Espanha. É demasiado caro para sustentarmos sozinhos, mas ter isto como uma capacidade Ibérica, seria bastante interessante.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 02, 2024, 11:47:14 am
 Eu fazia como os Alemães, virava-me para os Israelitas:

 :arrow: https://www.iai.co.il/sites/default/files/2020-05/Arrow%20Brochure_0.pdf

 :arrow: https://www.iai.co.il/p/barak-mx-system

Vai dos 15-20 km de alcance com o BARAK 5 SRAD até aos 150 km de alcance com o BARAK ER (com capacidade de interceptar misseis balísticos).
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Fevereiro 02, 2024, 12:00:20 pm
Eu fazia como os Alemães, virava-me para os Israelitas:

 :arrow: https://www.iai.co.il/sites/default/files/2020-05/Arrow%20Brochure_0.pdf

 :arrow: https://www.iai.co.il/p/barak-mx-system

Vai dos 15-20 km de alcance com o BARAK 5 SRAD até aos 150 km de alcance com o BARAK ER (com capacidade de interceptar misseis balísticos).

Penso ser uma alternativa altamente viável.

Um à parte.

Quando Portugal comprou o sistema RWR para o KC-390 à Elbit Systems de Israel houve pessoal no parlamento a questionar a compra de material israelita. Entre eles estava Ana Catarina Gamboa que é a mulher de....Pedro Nuno Santos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: papatango em Fevereiro 05, 2024, 08:51:33 am
Já agora, e por curiosidade ...

Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?


As armas, são normalmente resultado de uma ameaça potêncial e a sua compra deve obedecer a uma quantidade de pressupostos, de entre os quais se realça a ameaça latente, provável ou possível.

Neste caso, eu diria que a primeira coisa a fazer quando se discutem os sistemas de armas, seria determinar qual é o inimigo ...
Só assim podemos determinar se as soluções se adequam à resolução do problema.


Ainda ontem no programa do Rogeiro, o jornalista questionava se os Patriot dos espanhóis nos defendem de alguma coisa.
Isto dá a impressão de que o jornalista está a pensar num ataque vindo do leste.

Meste momento, pelo que se sabe, a produção dos principais fabricantes está completamente comprometida durante anos. Não só por um aumento dos pedidos e encomendas dos países europeus, mas também com as encomendas de material para entregar aos ucranianos.

Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 05, 2024, 10:05:47 pm
Bem, comprar sistemas anti-aéreos, não é uma questão de se ter uma ameaça na actualidade, é para estar preparado caso esta surja. Em termos de sistemas AA, existe uma necessidade clara de ter algo, tanto de curto, como de médio alcance (estes 2 prioritários) como de longo alcance e eventualmente BMD se fosse possível.

Com a ameaça dos drones, torna-se óbvio que ter capacidade AA é ainda mais importante, tanto em termos de defesa territorial (sobretudo pontos estratégicos, como Monte Real) como para as missões exteriores.
Não havendo dinheiro, pilotos, aeronaves e pessoal de terra suficiente para ter destacamentos de F-16 permanentes nos arquipélagos, será também necessário ter localmente alguma capacidade credível (no mínimo SHORAD).
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Fevereiro 05, 2024, 10:09:04 pm
Parece-me que a ameaça a Portugal enquanto país NATO são os SSG, SSGN e SSBN russos. Ou seja, mísseis de cruzeiro sub e supersónicos.

Portugal não se pode deixar dormir por estar longe. Estar longe pode até ser prejudicial para determinado tipo de ataques.

Fora da NATO Portugal deve de estar capaz de se defender dos seus vizinhos. Espanha, Marrocos, Argélia. Aí a defesa AA seria mais virada para aviões e/ou drones.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 06, 2024, 04:34:58 pm
Até as futuras FNDs poderão precisar de sistemas AA.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 07, 2024, 11:27:50 pm
Já agora, e por curiosidade ...

Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?


As armas, são normalmente resultado de uma ameaça potêncial e a sua compra deve obedecer a uma quantidade de pressupostos, de entre os quais se realça a ameaça latente, provável ou possível.

Neste caso, eu diria que a primeira coisa a fazer quando se discutem os sistemas de armas, seria determinar qual é o inimigo ...
Só assim podemos determinar se as soluções se adequam à resolução do problema.


Ainda ontem no programa do Rogeiro, o jornalista questionava se os Patriot dos espanhóis nos defendem de alguma coisa.
Isto dá a impressão de que o jornalista está a pensar num ataque vindo do leste.

Meste momento, pelo que se sabe, a produção dos principais fabricantes está completamente comprometida durante anos. Não só por um aumento dos pedidos e encomendas dos países europeus, mas também com as encomendas de material para entregar aos ucranianos.

Em último caso, forças armadas para que ?
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 09, 2024, 01:49:37 pm
Pegando no tema de sistemas AA:
https://www.forte.jor.br/2024/02/07/sauditas-fecham-acordo-de-us-32-bilhoes-para-comprar-sistema-de-defesa-antimisseis-da-coreia-do-sul/ (https://www.forte.jor.br/2024/02/07/sauditas-fecham-acordo-de-us-32-bilhoes-para-comprar-sistema-de-defesa-antimisseis-da-coreia-do-sul/)

Isto dará cerca de 320 milhões de dólares por cada bateria de médio alcance (talvez menos, se considerarmos que não compraríamos nem de perto o número de mísseis que os outros países compram). Nada mau para um sistema intermédio entre um NASAMS e um SAMP/T, e que consegue interceptar mísseis balísticos.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: raphael em Fevereiro 09, 2024, 08:41:05 pm
Até as futuras FNDs poderão precisar de sistemas AA.

No dia em que tivermos de projetar uma FND sem apoio de outras nações estamos bem lixados...

Em que cenário?

Mais depressa sistemas anti-drone que propriamente AA...
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 09, 2024, 11:53:31 pm
Sistemas anti-drone podem também ser anti-aéreos. Agora, até em missões tipo RCA, poderá surgir uma ameaça aérea um pouco acima dos pequenos drones Kamikaze (algo tipo Bayraktar made in China/Irão/Rússia), e de repente os sistemas anti-drone "clássicos" (de muito curto alcance) não chegam.

Mesmo do ponto de vista de uma força alocada à NATO, não dá para os outros países terem que ceder os seus sistemas AA de curto, médio e até longo alcance, para dar cobertura às nossas forças. E isto aplica-se tanto às tropas especiais, como os Fuzileiros na Lituânia, como às duas Brigadas maiores, uma delas tem uma força que é suposto estar pronto para ser empregue pela NATO. Ter zero capacidade AA móvel na BrigInt, é criminoso.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Fevereiro 16, 2024, 10:38:21 am
Já agora, e por curiosidade ...

Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?


As armas, são normalmente resultado de uma ameaça potêncial e a sua compra deve obedecer a uma quantidade de pressupostos, de entre os quais se realça a ameaça latente, provável ou possível.

Neste caso, eu diria que a primeira coisa a fazer quando se discutem os sistemas de armas, seria determinar qual é o inimigo ...
Só assim podemos determinar se as soluções se adequam à resolução do problema.


Ainda ontem no programa do Rogeiro, o jornalista questionava se os Patriot dos espanhóis nos defendem de alguma coisa.
Isto dá a impressão de que o jornalista está a pensar num ataque vindo do leste.

Meste momento, pelo que se sabe, a produção dos principais fabricantes está completamente comprometida durante anos. Não só por um aumento dos pedidos e encomendas dos países europeus, mas também com as encomendas de material para entregar aos ucranianos.
A ideia é considerar que a ameaça embora não existindo de momento, poderá eventualmente aparecer. Falando específicamente em sistemas de armas, são os mísseis balísticos e de cruzeiro que se estão a proliferar (para já ainda devagar mas poderão acelerar em breve) que serão claramente a maior ameaça. Assim, uma bateria de defesa antiaérea de longo alcance com capacidade para abater estes dois tipos de mísseis seria o ideal, criando "escola" para este tipo de sistemas. Obviamente tal equipamento é caríssimo, não só a sua compra mas também a sua manutenção, pelo que até ver a sua aquisição não passa de uma miragem.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 16, 2024, 10:33:59 pm
O que me parece é que vamos ser outra vez apanhados com as calças na mão!

Anda tudo a oferecer milhões de euros em subsidios, mas preparar o país nem vê-lo.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Fevereiro 17, 2024, 01:41:18 am
Já agora, e por curiosidade ...

Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?


As armas, são normalmente resultado de uma ameaça potêncial e a sua compra deve obedecer a uma quantidade de pressupostos, de entre os quais se realça a ameaça latente, provável ou possível.

Neste caso, eu diria que a primeira coisa a fazer quando se discutem os sistemas de armas, seria determinar qual é o inimigo ...
Só assim podemos determinar se as soluções se adequam à resolução do problema.


Ainda ontem no programa do Rogeiro, o jornalista questionava se os Patriot dos espanhóis nos defendem de alguma coisa.
Isto dá a impressão de que o jornalista está a pensar num ataque vindo do leste.

Meste momento, pelo que se sabe, a produção dos principais fabricantes está completamente comprometida durante anos. Não só por um aumento dos pedidos e encomendas dos países europeus, mas também com as encomendas de material para entregar aos ucranianos.
A ideia é considerar que a ameaça embora não existindo de momento, poderá eventualmente aparecer. Falando específicamente em sistemas de armas, são os mísseis balísticos e de cruzeiro que se estão a proliferar (para já ainda devagar mas poderão acelerar em breve) que serão claramente a maior ameaça. Assim, uma bateria de defesa antiaérea de longo alcance com capacidade para abater estes dois tipos de mísseis seria o ideal, criando "escola" para este tipo de sistemas. Obviamente tal equipamento é caríssimo, não só a sua compra mas também a sua manutenção, pelo que até ver a sua aquisição não passa de uma miragem.

A ideia é mesmo apercebermo-nos de que estamos num mundo algo incerto, e mais perigoso do que era antes, e onde até grupos rebeldes (como já vimos) podem ter acesso a mísseis balísticos, de cruzeiro, drones, etc. Só esta frase, já devia ser um alerta para a necessidade de uma maior capacidade AA, e uma maior capacidade de combate aéreo generalizado, por terra, mar e ar.

A coisa adensa-se quando a China mantém interesse em ter bases militares no Atlântico, em África.

Eu não consideraria a capacidade BMD como prioritária, pois antes disso temos a ameaça de drones de vários tipos, que é mais provável de se materializar a curto prazo, até numa "simples" missão de manutenção de paz.

Mas a capacidade BMD deve estar em cima da mesa de debate, até porque eu acho que, enquanto aliança, esta capacidade será mais eficaz quantos mais países contribuírem para ela, ao invés de só alguns investirem nisso e os outros irem à boleia (e este raciocínio aplica-se a muitas vertentes). Daí que, para nós podemos ver as coisas de 4 formas:
-capacidade em terra própria
-capacidade em terra partilhada com Espanha
-capacidade BMD no mar a bordo de fragatas
-maior foco na capacidade de mitigação da ameaça (isto é, em vez de investirmos mais de 1000 milhões em baterias topo de gama com capacidade BMD, investir em capacidade de inteligência, busca e destruição da capacidade BMD do adversário antes de ser utilizada, através de armamento stand-off em várias plataformas)

Por mim, acho que a nível BMD, a situação preferencial seria: capacidade em terra em conjunto com Espanha + fragatas com provisões para que possam facilmente receber mísseis com esta capacidade (na compra de fragatas, não teríamos desde logo a preocupação de comprar os mísseis caríssimos para essa função, mas os navios teriam logo capacidade para os receber) + capacidade stand-off credível, nomeadamente a bordo dos F-16/futuro caça e submarinos (e também no futuro substituto do P-3 e em fragatas novas).

De resto, em defesas AA, daria prioridade a curto e médio alcance e capacidade anti-drone, pois estas podem ser aplicadas em vários cenários, desde a defesa de pontos estratégicos, forças terrestres (brigadas), FNDs, arquipélagos, etc.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Fevereiro 20, 2024, 07:31:19 pm
Bom quando falamos de drones de longo alcance ao estilo do Shahed 136 na verdade estamos a falar básicamente de munições semelhantes a mísseis de cruzeiro. A rota é configurada em terra e a munição é lançada. Um drone é diferente pois é possível controlar o mesmo remotamente, mudando-lhe a direção e altitude em tempo real.

A questão das bases militares é relevante mas como a tecnologia militar está novamente a ganhar impulso pelo mundo, os mísseis e outros tipos de munições convencionais vão cada vez ter mais alcance. Se considerarmos os meios navais e aéreos que permitem "dar mais alcance" a estas munições, a necessidade de defesa anti-aérea de longo alcance com mobilidade em terra parece-me que vai cada vez ser mais importante, mas esta capacidade por via naval não deve nada ser descurada, sobretudo para países como o nosso. Devemos também começar a pensar em sistemas de guerra eletrónica que desviam os projéteis dos seus alvos.

Outra questão é que ramo, o EP ou a FAP, deverão operar sistemas de defesa anti-aérea de longo alcance terrestres.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Complexity em Fevereiro 20, 2024, 10:59:12 pm
Bom quando falamos de drones de longo alcance ao estilo do Shahed 136 na verdade estamos a falar básicamente de munições semelhantes a mísseis de cruzeiro. A rota é configurada em terra e a munição é lançada. Um drone é diferente pois é possível controlar o mesmo remotamente, mudando-lhe a direção e altitude em tempo real.

A questão das bases militares é relevante mas como a tecnologia militar está novamente a ganhar impulso pelo mundo, os mísseis e outros tipos de munições convencionais vão cada vez ter mais alcance. Se considerarmos os meios navais e aéreos que permitem "dar mais alcance" a estas munições, a necessidade de defesa anti-aérea de longo alcance com mobilidade em terra parece-me que vai cada vez ser mais importante, mas esta capacidade por via naval não deve nada ser descurada, sobretudo para países como o nosso. Devemos também começar a pensar em sistemas de guerra eletrónica que desviam os projéteis dos seus alvos.

Outra questão é que ramo, o EP ou a FAP, deverão operar sistemas de defesa anti-aérea de longo alcance terrestres.

Este é o meu primeiro post portanto peço desculpa por algum erro de formatação.

Concordo com o que escreveu, no entanto penso que temos de avaliar as nossas prioridades.
A NATO já nos disse que só gastamos 1.48% do nosso PIB em defesa, e segundo os programas dos partidos, quer um governo do (PS,BE,PCP,LIVRE) ou (AD,IL), transmitem a mensagem que iram aumentar a execução orçamental para 2% de modo a atingir a quota da NATO.
Isto significaria um aumento de execução de +/- 500 milhões de euros, e eu pergunto-me se com o aumento previsto da nossa ZEE não seriam melhor gastos neste setor.

Se de facto investisse-mos na compra de defesa antiaérea, como estamos apertados em dinheiro  ;D , aconselharia o sistema VAMPIRE (Vehicle-Agnostic Modular Palletized ISR Rocket Equipment) que é barato e já se provou efetivo contra drones e misseis cruzeiros na frente ucraniana, e para defesa de "médio alcance" teríamos de gastar um bocado mais com a aquisição do sistema IRIS-T SLM.
E a defesa de longo alcance? Para isso temos imensas igrejas onde podemos ir rezar.
Gostava de receber a vossa opinião quanto ao que devemos comprar com o nosso budget.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: papatango em Fevereiro 21, 2024, 09:19:12 am
Citar
Já agora, e por curiosidade ...

Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?


Quando coloco esta questão, refiro-me ao fato de, em inumeras situações, ver propostas de compra disto ou daquilo ou dequeloutro, mas sem uma base objetiva para uma aquisição, sem que se tenha determinado objetivamente qual é a ameaça.

Se vamos comprar armas apenas porque sim, e nem sabemos para quê e contra que potencial inimigo, o que vai acontecer, é o que aconteceu com o rearmamento naval de 1930, que chegado ao fim da década, os oficiais da marinha entenderam que tinham andado a construir barcos que não tinham  capacidade para por - exemplo - proteger as vias de navegação, porque não havia meios anti-submarinos nos navios.

Neste momento, existe uma ameaça russa a toda a Europa, mas Portugal fica no outro extremo e nós não passamos do lugar de sonhos do neonazi russo Soloviov que na televisão russa diz que de Lisboa se pode ver a estátua da liberdade.

Os mísseis russos, não atingem Portugal, nem se forem lançados de Kaliningrad. Só poderemos ser atingidos por mísseis lançados de embarcações, que consigam chegar ao Atlantico depois de enfrentar as mais poderosas marinhas do planeta. E isto, é realmente um feito, quando a marinha russa é humilhada por um país que não tem um único barco de guerra digno do nome.

A ameaça espanhola, não é uma coisa do passado e seria sempre um perigo latente, mas que só poderia ser resultado do colapso do país e do sistema democrático. E ainda assim, estando aqui ao lado, era mais facil rápido e barato os espanhois invadirem com tanques que atacarem com mísseis.

Depois temos o problema da Argelia e de Marrocos.
Neste caso há o problema de um qualquer regime extremista islâmico tomar o poder e ameaçar a peninsula, numa eventual reconquist do Al Andalus.
Nesse caso, o alvo preferencial seria sempre a Espanha. Não só porque é maior, mas porque está mais perto.
Neste caso, o mais provavel tipo de arma seriam sistemas como os Shaeed iranianos, os quais podem ser detidos com meios muito mais  baratos (mas que não possuimos) como artilharia anti-aérea moderna do estilo do alemão Skynex

(https://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2023/02/skynex-768x432.jpg)

Eu diria que esta seria a primeira coisa a fazer. Embora remota, a primeira e mais provavel das ameaças, viria sempre de sistemas de segunda linha, que poderiam de forma eficiente ser contrariados com este tipo de sistema.

Além de que, sistemas deste tipo já deveriam existir há décadas, uma vez que como sabemos, as nossas forças mais pesadas não possuem praticamente qualquer tipo de defesa anti-aérea digna desse nome.

Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Março 17, 2024, 12:52:34 pm
Bom quando falamos de drones de longo alcance ao estilo do Shahed 136 na verdade estamos a falar básicamente de munições semelhantes a mísseis de cruzeiro. A rota é configurada em terra e a munição é lançada. Um drone é diferente pois é possível controlar o mesmo remotamente, mudando-lhe a direção e altitude em tempo real.

A questão das bases militares é relevante mas como a tecnologia militar está novamente a ganhar impulso pelo mundo, os mísseis e outros tipos de munições convencionais vão cada vez ter mais alcance. Se considerarmos os meios navais e aéreos que permitem "dar mais alcance" a estas munições, a necessidade de defesa anti-aérea de longo alcance com mobilidade em terra parece-me que vai cada vez ser mais importante, mas esta capacidade por via naval não deve nada ser descurada, sobretudo para países como o nosso. Devemos também começar a pensar em sistemas de guerra eletrónica que desviam os projéteis dos seus alvos.

Outra questão é que ramo, o EP ou a FAP, deverão operar sistemas de defesa anti-aérea de longo alcance terrestres.

Este é o meu primeiro post portanto peço desculpa por algum erro de formatação.

Concordo com o que escreveu, no entanto penso que temos de avaliar as nossas prioridades.
A NATO já nos disse que só gastamos 1.48% do nosso PIB em defesa, e segundo os programas dos partidos, quer um governo do (PS,BE,PCP,LIVRE) ou (AD,IL), transmitem a mensagem que iram aumentar a execução orçamental para 2% de modo a atingir a quota da NATO.
Isto significaria um aumento de execução de +/- 500 milhões de euros, e eu pergunto-me se com o aumento previsto da nossa ZEE não seriam melhor gastos neste setor.

Se de facto investisse-mos na compra de defesa antiaérea, como estamos apertados em dinheiro  ;D , aconselharia o sistema VAMPIRE (Vehicle-Agnostic Modular Palletized ISR Rocket Equipment) que é barato e já se provou efetivo contra drones e misseis cruzeiros na frente ucraniana, e para defesa de "médio alcance" teríamos de gastar um bocado mais com a aquisição do sistema IRIS-T SLM.
E a defesa de longo alcance? Para isso temos imensas igrejas onde podemos ir rezar.
Gostava de receber a vossa opinião quanto ao que devemos comprar com o nosso budget.
Antes de mais, bem-vindo!

Primeiro devo fazer um aparte: a aquisição de sistemas de defesa anti-aérea de longo alcance não é nem deve ser de momento uma prioridade para Portugal!

Dito isto, se eventualmente o investimento na Defesa Nacional aumentar e conseguirmos os tais 2% do PIB daqui a uns anos penso que deverá ser uma discussão a ter. Em todo o caso o pensamento, a meu ver, deve ser pragmático e não devemos considerar como única ameaça a Portugal a Federação Russa - a OTAN e a UE não vão durar para sempre e os paradigmas geopolíticos da Europa e de África podem mudar depressa. Seria bom não sermos apanhados com as calças na mão.

Os sistemas como os VAMPIRE são baratos mas o seu alcance é limitado e seriam precisas dezenas de unidades para conseguir proteger os pontos importantes do nosso território. Apesar disso, parece-me que o futuro para abater munições baratas terá de necessáriamente de passar por sistemas destes. Mas contra um míssil cruzeiro um VAMPIRE nada pode fazer... Quando vemos os espanhoís a operar HAWK e a fazer a respetiva substituição por PATRIOT sabemos que até os nossos vizinhos que também estão distantes da Rússia sabem da importância de um sistema capaz de abater todo o espectro de alvos aéreos.

Já agora o IRIS-T é um bom sistema mas os mísseis cruzeiro russos a receber contra-medidas para mísseis guiados a calor, é bom que os alemães mantenham os mísseis do sistema devidamente atualizados para fazer face a estas novas contra-medidas.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Março 18, 2024, 01:51:06 am
Podemos resumir as nossas necessidades primárias de defesa aérea em terra com:

-sistema móvel e/ou rebocado de canhões (idealmente ambos, algo tipo Skyranger 30 montado em Pandur pelo menos e algo como as Oerlikon GDF para pontos estratégicos)

-sistema SHORAD móvel (idealmente um sistema de topo em menor número, tipo IRIS-T SLS, e um sistema mais barato e numeroso, tipo Atlas RC para os principais veículos de cada brigada)

-sistema AA de médio alcance (IRIS-T SLM e NASAMS entre os principais candidatos, sendo que o NASAMS consegue cumprir a função do IRIS-T SLS com o AIM-9X, tal como o SPYDER)

-A isto juntar-se-ia claro a necessidade de reforçar os stocks de Stinger, e também adquirir alguns radares leves para complementar os PSTAR.


Eu diria que o Skyranger 30 (ou 35) seria obrigatório, se não fosse adquirido um SHORAD que já inclua um canhão (como o M-SHORAD).
O VAMPIRE seria interessante, por exemplo para uma força como os Fuzileiros, e até mesmo para a BRR.
O HALCON Skyknight também parece interessante, integrado com o Skynex e operado em conjunto com as GDF, para a defesa de pontos estratégicos.

O nosso problema com a defesa aérea é complicado de resolver, não havendo um sistema "faz tudo", que obriga a que se comprem vários modelos distintos.

Algo assim:
Exército
-BRR (+ Fuzileiros) com VAMPIRE e Stinger (e ainda a possibilidade de ter RWS capazes de acoplar mísseis AA)
-BrigInt com Skyranger 30 (canhão + mísseis) (possibilidade de ter RWS com mísseis acoplados)
-BrigMec exactamente igual à BrigInt (apenas montado num veículo de lagartas que substituísse o M-113, ou montado em Ripsaw M5)
-Comando de Defesa Aérea (em conjunto com a FAP) com IRIS-T SLS e SLM (em alternativa NASAMS ou SPYDER com mísseis de curto e médio alcance)(baterias de emprego geral, não dedicadas a uma brigada ou unidade específica, alocadas onde fazem falta, que tanto pode ser uma BA da FAP, ou destacadas num TO no exterior)

Força Aérea
-Skynex com Oerlikon GDF (opção para o Skyknight), ou, se não quisermos ir para canhões fixos/rebocados, podemos sempre considerar a Revolver Gun Mk-3 como na foto postada pelo Papatango montada em camião.

Marinha
-preocupar-se com sistemas em navios, e uniformizar os Fuzileiros com aquilo que for feito para a BRR.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Março 20, 2024, 10:09:11 pm
O Barak MX parece-me cada vez mais interessante quanto mais pesquiso sobre ele. Especialmente numa perspectiva custo/benefício.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 21, 2024, 05:23:13 pm
O Barak MX parece-me cada vez mais interessante quanto mais pesquiso sobre ele. Especialmente numa perspectiva custo/benefício.

Eu vejo muito esse sistema, mas para a nossa Marinha (nos navios).
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: P44 em Março 22, 2024, 07:23:58 am
Mas vocês querem isso para quê?

(https://www.economist.com/sites/default/files/20201107_EUM909_0.png)
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: raphael em Março 22, 2024, 08:20:39 am
Ahhh os russos não têm mobilidade naval...deve ser por isso que esse mapa não mete nada fora das fronteiras maritimas russas...se se colocar é linhas por todo o lado...resumindo a terra é plana e os russos não têm mobilidade é?
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Março 22, 2024, 10:39:28 am
O Barak MX parece-me cada vez mais interessante quanto mais pesquiso sobre ele. Especialmente numa perspectiva custo/benefício.

Eu vejo muito esse sistema, mas para a nossa Marinha (nos navios).

Podiam adquirir em tandem para a Marinha e Exército. A Colômbia comprou 2 baterias por 130€M. Nada caro.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Visitante123 em Março 22, 2024, 10:44:43 am
Mas vocês querem isso para quê?

(https://www.economist.com/sites/default/files/20201107_EUM909_0.png)

Bom, se é para partir do princípio que os navios e subs russos não chegam cá perto então também não precisamos de fragatas. Ou de caças. Ou Helis. Ou de FAs até.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 22, 2024, 11:21:09 am
O Barak MX parece-me cada vez mais interessante quanto mais pesquiso sobre ele. Especialmente numa perspectiva custo/benefício.

Eu vejo muito esse sistema, mas para a nossa Marinha (nos navios).

Podiam adquirir em tandem para a Marinha e Exército. A Colômbia comprou 2 baterias por 130€M. Nada caro.

O material Israelita tem fama de ser bom e relativamente acessível se comparado com o que há no mercado (Norte-Americano e Europeu). Por isso é que acho que devíamos ver muito bem o ATMOS, o Iron Dome, etc.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: PTWolf em Março 22, 2024, 01:07:06 pm
Mas vocês querem isso para quê?

(https://www.economist.com/sites/default/files/20201107_EUM909_0.png)

Bom saber, vou-me mudar para o Algarve e esperar que não sejamos invadidos pelos Marroquinos  :mrgreen:
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Março 22, 2024, 05:53:29 pm
Plot-twist: os russos não fabricaram armas com mais alcance, porque sabiam que apanhavam a Margem Sul. Eles não querem esse "heat".  :mrgreen:

Ahhh os russos não têm mobilidade naval...deve ser por isso que esse mapa não mete nada fora das fronteiras maritimas russas...se se colocar é linhas por todo o lado...resumindo a terra é plana e os russos não têm mobilidade é?

Acrescentar que, a tecnologia de armamento continua a evoluir, e com o tempo irão surgir novos mísseis com alcance superior ao Kh-101.

A isto ainda acresce que a Rússia tem presença e aliados em África, e eles, tal como a China, estão a tentar jogar com a instabilidade da região para aumentar a sua influência. Seria uma questão de tempo até conseguirem ter essas armas de longo alcance a operar a partir de África, sendo que bombardeiros sediados na África central, e com permissão para sobrevoar a Argélia, conseguiam atacar praticamente qualquer alvo no Sul da Europa.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: P44 em Março 22, 2024, 06:05:28 pm
Mas vocês querem isso para quê?

(https://www.economist.com/sites/default/files/20201107_EUM909_0.png)

Bom, se é para partir do princípio que os navios e subs russos não chegam cá perto então também não precisamos de fragatas. Ou de caças. Ou Helis. Ou de FAs até.

Então mas não é essa a linha de pensamento dos governantes e das chefias militares?

"A guerra é lá longe"

Habituem-se!
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Abril 12, 2024, 10:07:50 pm
Ahhh os russos não têm mobilidade naval...deve ser por isso que esse mapa não mete nada fora das fronteiras maritimas russas...se se colocar é linhas por todo o lado...resumindo a terra é plana e os russos não têm mobilidade é?
Exatamente. É preciso considerar sempre que, caso aconteça o pior, os russos poderão ter navios e submarinos espalhados pelo mundo e assim terem a capacidade começar ataques aéreos sob os seus adversários de forma diferente do que está explicado no mapa.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Abril 12, 2024, 11:29:39 pm
Basta os russos terem algum país aliado em África, que lhes dê "abrigo" a navios, submarinos e aeronaves, para complicarem logo aquele "mapa".

Mas a questão da defesa aérea, nem sequer precisa de estar associada aos russos. É uma necessidade que temos a todos os níveis da defesa nacional, inclusiva na protecção de força de unidades destacadas.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: CruzSilva em Abril 16, 2024, 07:48:24 pm
Basta os russos terem algum país aliado em África, que lhes dê "abrigo" a navios, submarinos e aeronaves, para complicarem logo aquele "mapa".

Mas a questão da defesa aérea, nem sequer precisa de estar associada aos russos. É uma necessidade que temos a todos os níveis da defesa nacional, inclusiva na protecção de força de unidades destacadas.
Quando estalou a 2º Guerra Mundial, a Alemanha já tinha submersiveis e couraçados de bolso no Atlântico prontos a entrar em ação. Qualquer conflito com a Rússia terá necessariamente o mesmo início e para além do mais os russos têm um excelente porto no Extremo Oriente.

Já agora quando abri o tópico o objectivo era discutir a defesa do território nacional e não as nossas forças militares destacadas cujo o tipo de defesa anti-aérea é mais específico. Se bem que um tópico dedicado apenas às FND não era mal pensado.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: dc em Abril 17, 2024, 01:34:02 am
Acho que é difícil falar de defesa aérea, e compartimentar entre defesa aérea territorial, das FND, das brigadas, das bases aéreas, etc. Em alguns casos, até podemos observar um certo "overlapping", de um sistema que resulta bem para A, B e C.

Creio ser necessário 2 a 3 modelos de sistemas SHORAD e pelo menos 1 de médio alcance.

VSHORAD e C-UAS:
-algo na classe do Skyranger 30 (canhão + mísseis) para as forças médias/pesadas
-algo mais leve e compacto para a BRR e Fuzos, na classe dos MADIS, MPCV, Mistral RC ou uma RWS com mísseis acoplados
-poderá ser necessário um sistema barato de C-UAS complementar, como o VAMPIRE (com foguetes guiados APKWS e montado numa simples pickup). Imagino a FAP ter algum interesse em algo deste género, simples e barato, para o caso de ter que lidar com intrusos (civis, espiões, sabotadores) a entrar com drones civis dentro das bases para danificar aeronaves e demais equipamento

SHORAD (opcional):
-algo na classe do IRIS-T SLS, Barak SRAD, NASAMS com AIM-9X, SPYDER SR, mais capazes que os VSHORAD, não alocados a uma brigada específica, mas sim servindo para apoio geral (incluindo defesa de locais estratégicos em território nacional ou no TO, FOBs)

HIMAD:
-algo de médio alcance já não era mau, na classe do IRIS-T SLM, Barak MR/LR, NASAMS, SPYDER MR/LR, KM-SAM (defesa territorial e de bases aéreas, destacáveis nos arquipélagos ou em FND caso a ameaça/conflito justifique).

Para sistemas de longo alcance e com capacidade BMD, deixaria para depois, e eventualmente algo em conjunto com Espanha. Caso houvesse interesse e dinheiro para termos os nossos próprios sistemas, existem várias opções além dos habituais Patriot, THAAD e SAMP/T.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: Mentat em Abril 17, 2024, 12:52:04 pm
SHORAD (opcional):
-algo na classe do IRIS-T SLS, Barak SRAD, NASAMS com AIM-9X, SPYDER SR, mais capazes que os VSHORAD, não alocados a uma brigada específica, mas sim servindo para apoio geral (incluindo defesa de locais estratégicos em território nacional ou no TO, FOBs)

HIMAD:
-algo de médio alcance já não era mau, na classe do IRIS-T SLM, Barak MR/LR, NASAMS, SPYDER MR/LR, KM-SAM (defesa territorial e de bases aéreas, destacáveis nos arquipélagos ou em FND caso a ameaça/conflito justifique).

O NASAMS III pode ser equipado com AIM-9X Block II e com AMRAAM-ER.
É o chamado tú ein uane.  c56x1

Edit - Ficaríamos muito bem servidos com o NASAMS III.
Juntando-lhe uns Skynex 30 para termos layered defense em quantidade suficiente, traduzir-se-ia numa capacidade significativa para lidar com ameaças aéreas de baixa/média altitude.
Título: Re: Defesa do espaço aéreo nacional
Enviado por: mafets em Abril 17, 2024, 03:43:04 pm
Os Russos que se metam com a Amadora.  :mrgreen:

(https://scontent.flis11-2.fna.fbcdn.net/v/t1.6435-9/36658012_1338670932903242_5517259312780541952_n.jpg?stp=dst-jpg_p526x296&_nc_cat=103&ccb=1-7&_nc_sid=5f2048&_nc_ohc=l53zD_1FesMAb66lpCU&_nc_ht=scontent.flis11-2.fna&oh=00_AfD39AOGKGjtEOxKk0-nYODjIuG7eam_eL5OVccxHk4JGw&oe=66474E7F)

Saudações  :mrgreen:

P.S. Qualquer estrutura pelo menos militar deve ser protegido por AA. Não existe lógica quando se verifica a quantidade de alvos atacados por exemplo na Guerra da Ucrânia e por cá temos misseis Stinger disparados do ombro, Até porque os F16 em termos de disponibilidade não chegam a uma vintena. Mesmo lá fora, ainda recentemente a Espanha fez isto:

https://militaryleak.com/2023/02/17/spain-to-deploy-nasams-air-defense-system-to-amari-air-base-estonia/#google_vignette (https://militaryleak.com/2023/02/17/spain-to-deploy-nasams-air-defense-system-to-amari-air-base-estonia/#google_vignette)

(https://militaryleak.com/wp-content/uploads/2022/06/spanish-army-deploys-nasams-surface-to-air-missile-defense-system-in-latvia.jpg)