Agora a questão que se faz, é se faz sentido ter este navio na Marinha, quando se calhar devia estar a cargo de outra entidade.
Mas não se iludam, se os 94 milhões ou lá o que é do PRR não fossem para este navio, a Marinha não recebia um cêntimo, mais depressa se gastava 94 milhões em rotundas.
Um navio como o que este poderia ser, até fará sentido, mas como navio experimental, ou sei lá o quê ...
Enquanto não se alterarem doutrinas, como resultado de uma análise de qualquer demonstração em combate ( e neste caso a guerra na Ucrânia não é exemplo para nada ) uma marinha continua a precisar de meios navais... ou seja ... navios.
Os preços dos meios navais modernos são terrivelmente altos. Os navios de defesa aérea de que já falei, custariam cada um entre 900 e 1100 milhões de euros.
Só os custos de manutenção de um destes navios por ano, custa o mesmo que uma corveta ou pequena fragata dedicada à defesa anti-submarina.
Se Portugal atingisse os 2% do PIB, seria previsível que a marinha tivesse por volta de 1.100 a 1.300 milhões de euros por ano para equipamento, modernização, aquisição e manutenção, além de salários (excluindo pensões).
Ou seja, se esse dinheiro realmente fosse investido em defesa, o dinheiro existiria...
Navios experimentais são sempre interessantes, e testar o que pode haver no futuro é sempre bom. Mas cancelar a marinha (ou o exército, ou a Força Aérea) a pensar em novos tipos de navios que nem sabemos se podem funcionar, é suicidio.