As viaturas Pandur-II foram compradas, e pronto ...
Para muitos eram uma substituição das Chaimites, e pronto ...
Em alguns casos, eram substituitos das Berliet, e pronto ...
Fez-se a mesma coisa que se faria com as Chaimites e Berliets, e pronto ...
As excepções são conhecidas, algumas unidades que aproveitam o fato de uma Pandur ser maior que duas Caimites, mas pouco mais.
O problema parece ser sempre o mesmo.
Quando se substitui um equipamento por outro, fica-se parado no tempo.
As Pandur são por isso, apenas Chaimites grandes, e pouco mais que isso.
A blindagem bnum ambiente de guerra moderna, é fraca, mas mesmo que seja modernizada, não se pode fazer a quadratura do circulo.
Bastaria olhar para a razia das BTR e BRDM na guerra da Ucrânia.
A questão da blindagem também é importante, por causa da capacidade anfíbia. a qual se for aumentada a blindagem, se vai provavelmente perder.
A viatura Pandur, no entanto, sendo muito maior que a Chaimite, é menor que a viatura Boxer, por exemplo, na qual vemos instaladas as torres de morteiro.
A questão que eu colocaria eram:
Nos teatros africanos, a blindagem precisa ser modernizada.
É necessário equipamento de poder de fogo. Não sendo uma torre, faz falta capacidade de apoio de tiro com morteiros auto-transportados.
Para operações noutros cenários, nomeadamente na Europa de leste. Realça-se as ameaças NBQ e a necessidade de proteção de topo, drones e afins.
Para ter uma viatura como a Pandur, armada com uma metralhadora 12.7mm, seria preferivel utilizar M113 com blindagem adicional (perdendo capacidade anfíbia) que em áreas com planicies onde não é necessária uma viatura anfibia, mas onde as lagartas são uma vantagem tática.
No entanto, a probabilidade d e ocorrer um ataque quimico existe, mas pelo menos para já é reduzida. Por esta razão, o apoio de fogo com morteiros auto-transportados poderia utilizar o mesmo tipo de viatura que seria útil em África.
Viatura de engenharia / reboque / recuperação, sinceramente tenho algumas dúvidas sobre a sua utilidade em zonas humidas. Aparentemente se uma viatura Pandur ficar atascada na lama, não é outra Pandur que a consegue de lá tirar.
No entanto, como é evidente há uma vantagem em ter vários sistemas baseados na mesma plataforma, que é a da logística.
Esta questão no entanto levanta ainda mais problemas, no caso de se projetar um numero elevado de viaturas.
As peças de reposição implicam a necessidade de organizar uma linha de abastecimento própria.
O grande problema para a guerra na Europa, é que cada país europeu quer ter a sua industria, as suas viaturas, pensadas para as suas realidades, e o resultado é que mesmo as Pandur-II portuguesas têm muitas peças que não podem por exemplo ser intercambiadas com as das viaturas Pandur-II da Rep.Checa, por exemplo.
A União Europeia, se quiser começar a pensar com a cabeça, deveria começar por standardizar de uma forma clara, as dimensões dos pneus, eixos, tipos de parafusos, passos de rosca, de forma a que as viaturas possam vir de fábricas diferentes, mas grande parte dos seus componentes possam ser substituidos por componentes de outra viatura.
A NATO só conseguiu fazer isto em parte.
A confusão de armamentos na Ucrânia, é um exemplo e demonstração disso.